quinta-feira, 20 de setembro de 2018

As Conspirações contra a URSS nos Anos 20


The Conspiracies against the USSR in the 1920s

Introdução
O Papel dos Russos Brancos Emigrados
Espiões e Terroristas
O Julgamento de Savinkov
Conspirações Urdidas nos EUA
Novas Conspirações
Milionários e Sabotadores
Três Julgamentos
Introduction
The Role of the Émigré White Russians
Spies and Terrorists
The Trial of Savinkov
Conspiracies Made in the USA
New Conspiracies
Millionaires and Saboteurs
Three Trials


Introdução

Uma vez vencida a guerra civil e esmagada a intervenção imperialista o PCR(b), CCP, CEC e sovietes da RSFSR empenharam-se na reconstrução económica e social. Os êxitos dessa reconstrução foram enormes: em poucos anos a RSFSR – URSS depois de 28 de Dezembro de 1922 -- deu um grande salto económico tornando-se uma grande potência. Registou também enormes progressos nas questões sociais: fim do flagelo do desemprego, democracia participativa dos trabalhadores, liquidação do analfabetismo, educação e saúde gratuitas, enorme desenvolvimento cultural das repúblicas autónomas da Ásia, etc., etc.

Os enormes progressos da URSS de 1922 a 1939 (17 anos) permanecem até hoje um caso único da História. Só puderam e só poderiam ser alcançados no quadro do socialismo, com a economia planificada e a democracia popular. Com a ciência e tecnologia ao serviço do povo e uma nova moral humanista. Pela primeira vez na História fora feita a demonstração de que era possível aquilo que a burguesia sempre afirmara ser impossível: um estado dos trabalhadores. E não só era possível como representava um progresso sem precedentes.

Em resultado de tudo isto a construção socialista da URSS teria necessariamente de ter um forte poder atractivo sobre os trabalhadores de outros países. E, de facto, teve-o, conforme entre outras coisas atesta o grande crescimento do movimento comunista internacional nos anos 20. A burguesia internacional rapidamente se apercebeu disso e desenvolveu os maiores esforços para combater essa atracção. Fê-lo através de campanhas sistemáticas de propaganda anti-soviética e anticomunistas pelos meios de comunicação social e dos púlpitos das igrejas. Fê-lo ainda não reconhecendo e ostracizando o governo soviético, impedindo e boicotando trocas comerciais e participação de cidadãos soviéticos em eventos internacionais, rodeando a RSFSR por um cordon sanitaire de estados hostis fantoches. Nos anos 20 a burguesia internacional impôs que oficialmente o governo soviético de 1/6 da Terra não existisse. O cordon sanitaire de invenção francesa serviu de modelo à «cortina de ferro» da autoria de Churchill depois da 2.ªGM. Não foi a RSFSR e mais tarde a URSS que desejaram o isolamento; foram os imperialistas que impuseram esse isolamento receosos do «contágio» comunista.

A burguesia internacional não se limitou â propaganda e «contenção». Os seus líderes imperialistas desenvolveram todos os esforços para sabotar o desenvolvimento da USSR, criando quintas colunas que a pudessem destruir, planeando novas intervenções, e recorrendo a todos os meios possíveis, incluindo o terrorismo. É isso que iremos expor resumidamente socorrendo-nos de citações da Parte II do livro de M. Sayers e A.E. Kahn que já utilizámos nos artigos sobre a guerra civil [1]. Sayers e Kahn usaram um grande número de fontes confiáveis que referem no livro. Incluiremos essas referências que atestam a confiabilidade do livro, assente em factos documentados. Obras de outros autores, incluindo historiadores burgueses, que consultámos, não só não desmentem Sayers e Kahn como não trazem contribuições de vulto.
Introduction

Having won the civil war and crushed the imperialist intervention the CPR(B), CPC, CEC and soviets of the RSFSR engaged themselves onto the economic and social reconstruction. The successes of this reconstruction were enormous: in a few years the RSFSR -- USSR after 28 December 1922 -- made a great economic leap and became a great power. Huge progresses were also registered in social issues: ending of the scourge of unemployment, participatory democracy of the workers, liquidation of illiteracy, free education and health care, huge cultural development of the autonomous republics of Asia, etc., etc.


The enormous progresses of the USSR from 1922 to 1939 (17 years) remain to this day a unique case in the History. They were achieved and could only have been achieved within the framework of socialism, with the planned economy and people’s democracy. With science and technology at the service of the people and with a new humanist moral. For the first time in history a demonstration had been made of being possible what the bourgeoisie had always claimed to be impossible: a workers' state. And it was demonstrated not only to be possible but to represent unprecedented progress.


As a result of all this the socialist construction of the USSR would necessarily have a strong attractive impact over the workers of other countries. And, in fact, it did, as testified among other things by the great growth of the international communist movement in the 1920s. The international bourgeoisie quickly realized this and made every effort to counter this attraction. It did so through systematic campaigns of anti-Soviet and anticommunist propaganda by the mass media and from the pulpits of the churches. It did too by not recognizing and ostracizing the Soviet government, by impeding and boycotting commercial relations and participation of Soviet citizens in international events, and surrounding the USSR by a cordon sanitaire of hostile puppet states. In the 1920s the international bourgeoisie imposed that the Soviet government of 1/6 of the Earth did not officially exist. The cordon sanitaire of French invention served as a model for the “iron curtain” authored by Churchill after WWII. It was not the RSFSR and later the USSR who wanted to be isolated; it was the imperialists who imposed this isolation, afraid of the communist “contagion”.

The international bourgeoisie did not limit itself to propaganda and “containment”. Their imperialist leaders made every effort to sabotage the development of the USSR, by creating fifth columns that could destroy it, planning new interventions, and resorting to all possible means, including terrorism. This is what we will briefly outline by referring to quotations from Part II of the book by M. Sayers and A.E. Kahn, which we have already used in the articles about the civil war [1]. Sayers and Kahn used a large number of reliable sources which they refer to in the book. We will include these references attesting the reliability of the book, based on documented facts. Works by other authors, including bourgeois historians, which we have consulted, not only do not deny Sayers and Kahn but bring no significant contributions.

O Papel dos Russos Brancos Emigrados [2]

-- Com o fim da Guerra civil «Os aventureiros implacáveis, os aristocratas decadentes, os terroristas profissionais, a tropa de bandidos, a temida polícia secreta e todas as forças feudais e antidemocráticas que haviam constituído a Contra-Revolução Branca espalharam-se da Rússia […] através da Europa e do Extremo Leste, na América do Norte e do Sul […] levando consigo o sadismo dos generais da Guarda Branca, as doutrinas pogromistas dos Cem-Negros, o forte desprezo do czarismo pela democracia, os ódios obscuros, preconceitos e neuroses da velha Rússia Imperial.»

-- Em 1923 havia 500 mil russos brancos na Alemanha, mais de 400 mil em França e 90 mil na Polónia. Os russos brancos contribuíram para fertilizar o fascismo nesses países. Um dos russos brancos que foi para a Alemanha foi o estoniano Alfred Rosenberg que tinha estudado arquitectura em Moscovo. Em 1921 organizou uma Conferência Internacional Anti-Soviética e reuniu um grupo de amigos de que fazia parte o mais brutal comandante da Guarda Branca no báltico, o general alemão Rüdiger von der Goltz de que já falámos. Como se sabe, Rosenberg veio a ser o grande ideólogo do partido nazi, contribuindo inicialmente para o seu financiamento. No seu livro O Mito do Século Vinte pregou uma cruzada da Alemanha contra a Rússia, para o que era necessário um novo estado alemão que devia «formar uma associação de homens segundo as linhas da Ordem Teutónica».

-- O livro Os Protocolos dos Sábios do Sião -- uma falsificação usada pela Okrana e os Cem-Negros para fomentar e justificar o anti-semitismo --, com a sua alegação de «uma conspiração internacional dos judeus», expandiu-se pelas mãos dos russos brancos em traduções pela Europa e pelas Américas. Lembremo-nos que a contra-revolução e os fascistas defendiam a tese do marxismo como criação dos judeus [3]. Rosenberg repetia constantemente «No fundo, todo o judeu é um bolchevique».

-- Sob a supervisão de uma União Militar Russa, com sede em Paris – onde se encontravam Wrangel, Denikin e Petliura --, unidades armadas de russos brancos foram estabelecidas em toda a Europa, no Extremo Oriente e na América. Anunciaram abertamente que estavam a preparar-se para uma nova invasão da Rússia Soviética.

-- O governo francês fundou uma escola de treino naval para os russos brancos em Bizerta (Tunísia), onde estacionavam trinta navios da frota czarista com 6.000 homens. Grandes destacamentos do Exército do Barão Wrangel foram transferidos intactos para os Balcãs. Para a Jugoslávia foram 18.000 cossacos e o governo estabeleceu academias especiais para treino de ex-oficiais do Exército do Czar e seus filhos. 17.000 soldados russos brancos foram para a Bulgária. Outros milhares foram para a Grécia e a Hungria.

-- Os russos da Guarda Branca entrararam em massa nos serviços secretos de vários estados imperialistas. Nos estados bálticos e balcânicos, onde grassava uma feroz perseguição anti-comunista, vieram também a ocupar postos chave do governo.

-- O sádico ataman Semyonov fugiu com os restos dos seus exércitos para o Japão. As suas tropas foram reorganizadas num exército especial sob a supervisão do Alto Comando Japonês.

-- O general Krasnov e o ataman Skoropadsky foram para Berlim ingressando na Inteligência Militar alemã. Assinalemos que na Alemanha a Reichswehr era um dos principais esteios dos grupos fascistas que se constituíram nos anos 20, fornecendo quadros e armamento aos «corpos francos» que combatiam o operariado revolucionário.

-- Em 1920, um pequeno grupo de imigrantes russos imensamente ricos fundaram em Paris o Torgprom (Comité de Comércio, Financeiro e Industrial da Rússia), organização que teria um papel importante nas futuras conspirações contra a URSS. Aos ex-banqueiros, industriais e empresários czaristas da Torgprom estavam associados interesses britânicos, franceses e alemães. Uma declaração ofcial do Torgprom dizia: «O Comité de Comércio e Indústria continuará a sua luta incessante contra o governo soviético, continuará a esclarecer a opinião pública dos países cultos quanto ao verdadeiro significado dos eventos que estão a ocorrer na Rússia e a preparar a futura revolta em nome da liberdade e da verdade.»

-- Toda esta escória russa branca juntou-se na Europa aos líderes intervencionistas. O general Gayda da legião checa participou num golpe fascista na Checoslováquia em 1926 e continuou envolvido noutras conspirações. Outro general da legião checa, Sirovy foi o principal traidor do exército checo que abriu em 1938 as portas aos exércitos nazis. O general britânico Knox do corpo intervencionista no nordeste russo tornou-se um violento anti-soviético, admirador de Franco e fundador dos Amigos da Espanha Nacionalista. Foch, Pétain, Weygand, Mannerheim, Tanaka, Hoffmann e outros generais tornaram-se líderes de organizações anti-soviéticas e fascistas. O General Hoffmann, que já referimos nos artigos sobe a paz de Brest-Litovsk, gizou um novo plano de invasão da Rússia envolvendo vários estados europeus O plano era apoiado por von Papen (o fascista que convenceu Hindenburgo a nomear Hitler chanceler), Mannerheim, Horthy, Foch, Pétain, e o almirante Sir Barry Dornvile, chefe da Inteligência Naval britânica.
The Role of the Émigré White Russians [2]

-- With the end of the Civil War "The ruthless adventurers, the decadent aristocrats, the professional terrorists, the bandit soldiery, the dreaded secret police and all the other feudal and anti-democratic forces that had constituted the White Counterrevolution now spilled out of Russia […] through Europe and the Far East, into North and South America   […] bringing with it the sadism of the White Guard generals, the pogromist doctrines of the Black Hundreds, the fierce contempt of Czarism for democracy, the dark hatreds, prejudices and neuroses of old Imperial Russia."


-- In 1923 there were 500,000 White Russians in Germany, over 400,000 in France and 90,000 in Poland. The White Russians contributed to fertilize fascism in these countries. One of the White Russians who went to Germany was the Estonian Alfred Rosenberg who had studied architecture in Moscow. In 1921 he organized an International Anti-Soviet Conference and assembled a group of friends including the most brutal commander of the White Guard in the Baltic, the German general Rüdiger von der Goltz of whom we have already spoken. As is known, Rosenberg came to be the great ideologue of the Nazi party, contributing initially to financing it. In his book The Myth of the Twentieth Century he preached a crusade of Germany against Russia, which demanded a new German state in order "to form an association of men along the lines of the Teutonic Order".


-- The book The Protocols of the Wise Men of Zion -- a forgery used by the Okrana and the Black-Hundred to foment and justify anti-Semitism -- with its claim of "an international plot of the Jews" was translated and expands its circulation throughout Europe and the Americas thanks to the services of the White Russians. Let us recall that the counter-revolution and the fascists defended the thesis of Marxism as a creation of the Jews [3]. Rosenberg kept repeating, "At bottom every Jew is a Bolshevik!"

-- Under the supervision of a Russian Military Union hosted in Paris -- where Wrangel, Denikin and Petliura were residing -- armed units of White Russians were established throughout Europe, the Far East and America. They openly announced that they were preparing for a new invasion of Soviet Russia.


-- The French government founded a naval training school for White Russians in Bizerte (Tunisia), where thirty ships of the Tsarist fleet with 6,000 men were stationed. Large detachments of the Baron Wrangel Army were transferred intact to the Balkans. To Yugoslavia went 18,000 Cossacks and the government established special training academies for former officers of the Tsar's Army and their sons. 17,000 white Russian soldiers went to Bulgaria. Thousands more went to Greece and Hungary.

-- Russians of the White Guard entered massively in the secret services of various imperialist states. In the Baltic and Balkan states, where there was a fierce anti-communist persecution, they also occupied key government posts.

-- The sadistic Ataman Semyonov fled with the remains of his armies to Japan. His troops were reorganized into a special army under the supervision of the Japanese High Command.

-- General Krasnov and the Ataman Skoropadsky went to Berlin where they entered the German Military Intelligence. It should be noted that in Germany the Reichswehr was one of the main pillars of the fascist groups formed in the 1920s, supplying cadres and armament to the "frank corps" that fought the revolutionary working class.

-- In 1920, a small group of immensely wealthy Russian immigrants founded in Paris the Torgprom (the Russian Trade, Finance and Industry Committee), an organization that would play a major role in future conspiracies against the USSR. Torgprom's former Tsarist bankers, industrialists and businessmen were associated with British, French, and German interests. An official statement from Torgprom read: “The Trade and Industrial Committee will continue its unremitting struggle against the Soviet Government, will continue to enlighten the public opinion of cultured countries as to the true significance of the events taking place in Russia and to prepare for the future revolt in the name of freedom and truth.”

-- All this White Russian scum joined the interventionist leaders in Europe. General Gayda of the Czech legion participated in a fascist coup in Czechoslovakia in 1926 and remained involved in other conspiracies. Another general of the Czech legion, Sirovy, was the main traitor of the Czech army opening in 1938 the frontiers to the Nazi armies. The British general Knox of the interventionist detachment in the Russian northeast became a violent anti-Soviet, an admirer of Franco and the founder of the Friends of Nationalist Spain. Foch, Pétain, Weygand, Mannerheim, Tanaka, Hoffmann and other generals became leaders of anti-Soviet and fascist organizations. General Hoffmann, who we have already mentioned in the articles on the peace of Brest-Litovsk, developed a new plan to invade Russia which would involve a number of European states. The plan was endorsed by von Papen (the fascist who persuaded Hindenburg to name Hitler chancellor), Mannerheim, Horthy, Foch, Pétain, and Admiral Sir Barry Dornvile, head of the British Naval Intelligence.

Espiões e Terroristas [4]

-- O espião britânico Sidney Reilly (ver primeiro artigo sobre a Guerra Civil) foi um dos que ajudou a lançar o Torgprom. No início dos anos 20 Reilly tinha posições directivas em várias firmas ligadas aos emigrados russos e relações de amizade com Churchill e Hoffmann. Tinha também relações com grupos clandestinos anti-soviéticos que actuavam no território russo.

-- O membro do partido SR, terrorista e assassino profissional Boris Savinkov (ver artigos sobre a Guerra Civil), estava «[…] em 1924 a ser seriamente considerado pelos círculos internos fazedores de política de Downing Street e do Quai d’Orsay como futuro Ditador da Rússia». Savinkov era altamente apreciado por Churchill; sobre ele disse assim no seu livro Great Contemporaries (Grandes Contemporâneos): «[mostrava] a sabedoria de um estadista, as qualidades de um comandante, a coragem de um herói e a resistência de um mártir». Toda a vida de Savinkov, acrescenta Churchill, «foi dedicada à conspiração».

-- Depois de ter servido Pilsudski em 1920 Savinkov foi para Praga. Aí, «trabalhando em estreita colaboração com o general fascista checo Gayda, Savinkov criou uma organização conhecida como Guarda Verde, composta em grande parte por antigos oficiais czaristas e terroristas contra-revolucionários. Os Guardas Verdes lançaram uma série de ataques às fronteiras soviéticas, roubando, saqueando, incendiando quintas, massacrando trabalhadores e camponeses e assassinando funcionários soviéticos locais. Para esta actividade Savinkov obteve a cooperação estreita de várias agências de serviços secretos europeus.»

-- Ligado a Savinkov actuava o grupo de Fomitchov, outro terrorista SR. O grupo de Fomitchov, com a ajuda da Inteligência polaca, formou células secretas no território soviético para efectuar acções de espionagem e ajudar grupos terroristas enviados da Polónia, equipados com armas, dinheiro e documentos forjados pelas autoridades polacas.
«Mais tarde, numa carta ao Izvestia de 17 de Setembro de 1924, Fomitchov descreveu as operações realizadas pelo seu grupo: “Quando esses espiões e destacamentos voltavam dos assassinatos que haviam sido enviados a perpetrar, eu era o intermediário entre eles e as autoridades polacas, pois era eu que lhes entregava os documentos e material de espionagem roubados. Foi assim que os destacamentos de Sergei Pavlovsky, Trubnikov, Monitch, Daniel, Ivanov e outros destacamentos menores, assim como espiões e terroristas individuais, foram enviados à Rússia soviética. Lembro-me, entre outras coisas, de como o coronel Svezhevsky foi enviado à Rússia em 1922 com a missão de matar Lenine.”»

-- Em 1922 Reilly apresentou Savinkov a Churchill. Este decidiu apresentá-lo ao PM britânico Lloyd George, sendo organizada uma conferência secreta na casa de campo do PM. Lloyd George, porém, não apoiou o trio Sidney-Savinkov-Churchill já que, segundo ele, não existia uma «ameaça mundial comunista».

-- Reilly viajou pela Europa procurando convencer serviços secretos e estados-maiores a apoiar Savinkov. Veio a obter o apoio de H. Deterding que dirigia a Royal Dutch Shell (tinha os campos de petróleo do Azerbaijão). Deterding veio a tornar-se um grande financiador da causa anti-soviética e a associar-se à Torgprom. Mais tarde apoiou o partido nazi. (A Royal Dutch Shell, pelas mãos do Príncipe Bernard da Holanda, foi uma das fundadoras e é ainda hoje um esteio importante dessa Internacional Imperialista chamada Clube Bilderberg de que já falámos .)

-- Reilly submeteu um plano de ataque à URSS a membros dos estados-maiores europeus que era uma variante do plano Hoffman. Envolvia acções contra-revolucionárias seguidas de invasões militares das tropas brancas a partir da Jugoslávia, Roménia e Polónia. A Finlândia bloquearia Leninegrado e o menchevique Noi Jordania [5] conduziria uma revolta no Cáucaso declarando um estado «independente» sob tutela anglo-francesa. Savinkov tornar-se-ia ditador da Rússia. O plano foi aprovado por líderes dos estados-maiores da França, Polónia, Finlândia e Roménia. Savinkov foi convidado a encontrar-se com Mussolini em Roma. Mussolini ofereceu-lhe vários tipos de assistência.

-- Savinkov foi para a Rússia com passaporte italiano em 10 de Agosto de 1924, acompanhado de oficiais dos Guardas Verdes. Em 28 de Agosto eclodiu a revolta planeada para o Cáucaso. Ao amanhecer, um destacamento armado de homens de Noi Jordania atacou a cidade de Tschiatury, na Geórgia, assassinou os funcionários soviéticos locais e tomou a cidade. Actos de terror, assassinatos e atentados ocorreram em todo o Cáucaso. Foram feitas tentativas para capturar os campos de petróleo. Mas, entretanto, Savinkov tinha sido preso na fronteira soviética conforme relatado pelo Izvestia a 29 de Agosto. A insurreição no Cáucaso foi rapidamente esmagada pelos montanheses e trabalhadores dos campos de petróleo. O New York Times relatou em 13 de Setembro de 1924, que a revolta caucasiana estava «a ser financiada e dirigida de Paris» por «financeiros poderosos» e «ex-proprietários dos poços de petróleo de Baku». Alguns dias depois, os restos do exército contra-revolucionário da Jordania foram cercados e capturados pelas tropas soviéticas.
Spies and Terrorists [4]

-- The British spy Sidney Reilly (see our first article on the Civil War) was one of those who helped launching the Torgprom. In the early 1920s, Reilly held leadership positions in various firms linked to Russian émigrés and friendly relations with Churchill and Hoffmann. He also had relations with clandestine anti-Soviet groups acting in the Russian territory.


-- The member of the SR party, terrorist and professional assassin Boris Savinkov (see our articles on the Civil War), was "[...] by 1924 being seriously considered in the inner politics-making circles at Downing Street and the Quai d'Orsay as the future Dictator of Russia”. Savinkov was highly appreciated by Churchill who wrote about him in his book Great Contemporaries: "[displaying] the wisdom of a statesman, the qualities of a commander, the courage of a hero, and the endurance of a martyr." Savinkov's whole life, adds Churchill, "had been spent in conspiracy."


-- Having served Pilsudski in 1920 Savinkov moved to Prague. There, “working closely with the Czech fascist General Gayda, Savinkov created an organization known as the Green Guards, composed largely of former Tsarist officers and counter-revolutionary terrorists. The Green Guards launched a series of raids across the Soviet borders, robbing, pillaging, burning farms, massacring workers and peasants, and murdering the local Soviet officials. In this activity Savinkov had the close co-operation of various European secret service agencies.”

-- Another group headed by the SR terrorist Fomitchov acted in concert with Savinkov. Fomitchov’s, group, with the aid of the Polish Intelligence, began forming secret cells on Soviet territory to carry on espionage work and to assist terrorist groups sent in from Poland, equipped with arms, money and forged documents by the Polish authorities.
“Later, in a letter to Izvestia on September 17, 1924, Fomitchov gave this description of the operations carried on by his group: ‘When these spies and detachments returned after the murders which they had been sent to perpetrate, I was the intermediary between them and the Polish authorities, for it was I who handed over to the latter the stolen documents and espionage material. This is how the detachments of Sergei Pavlovsky, Trubnikov, Monitch, Daniel, Ivanov, and other smaller detachments, as well as single spies and terrorists were sent to Soviet Russia. Among other things, I remember how Colonel Svezhevsky was sent to Russia in 1922 with the injunction to kill Lenin’.”

-- In 1922 Reilly introduced Savinkov to Churchill. This one decided to introduce him to the British PM Lloyd George. For that effect a secret conference in the country house of the PM was organized. Lloyd George, however, did not endorse the trio Sidney-Savinkov-Churchill since, according to him, there was no "world Communist menace".

-- Reilly traveled across Europe seeking out to persuade secret services and military staffs to give assistance to Savinkov. He succeeded in getting the support of H. Deterding who directed the Royal Dutch Shell (he owned the oil fields of Azerbaijan). Deterding became a major supporter of the anti-Soviet cause and an associate of Torgprom. He later gave his support to the Nazi party. (The Royal Dutch Shell, through the good care of Prince Bernard of the Netherlands, was one of the founders of the Imperialist International called Bilderberg Club, of which we have already talked about. It is still today a major upholder of the Club.)


-- Reilly submitted a plan for the attack of the USSR to members of European military general staffs. The plan was a variant of Hoffman’s plan. It involved counter-revolutionary actions followed by military invasions of White troops from Yugoslavia, Romania and Poland. Finland would block Leningrad and the Menshevik Noi Jordania [5] would launch a revolt in the Caucasus declaring an "independent" state under Anglo-French tutelage. Savinkov would become dictator of Russia. The plan was approved by leaders of general staffs of France, Poland, Finland and Romania. Savinkov was invited to meet Mussolini in Rome. Mussolini offered him various kinds of assistance.

-- On 10 August 1924 Savinkov went to Russia with an Italian passport, accompanied by officers of the Green Guards. On August 28 the planned uprising in the Caucasus broke out. At dawn, an armed detachment of Noi Jordania's men attacked the town of Tschiatury in Georgia, murdered the local Soviet officials and seiezed the town. Acts of terror, killings and bombings took place throughout the Caucasus. Attempts were made to seize the oil fields. But, in the meantime, Savinkov had been arrested at the Soviet border as reported by the Izvestia on 29 August. The insurrection in the Caucasus was quickly crushed by the mountaineers and workers of the oil fields. The New York Times reported on September 13, 1924, that the Caucasian uprising was "being financed and directed from Paris" by "powerful financiers" and "former proprietors of the Baku oil wells." A few days later the remnants of Jordania's counterrevolutionary army were rounded up and captured by the Soviet troops.





O Julgamento de Savinkov [6]

-- O julgamento de Savinkov foi público. No julgamento forneceu de moto próprio muitos detalhes desconhecidos da conspiração (vale a pena ler no livro de Sayers e Kahn). De facto, Savinkov no julgamento procurou mostrar-se como «um patriota russo honesto, mas mal orientado, que aos poucos se desiludira sobre o carácter e objectivos doa seus associados». Acabou por ser condenado a 10 anos de prisão, onde foi bem tratado [7].

-- O julgamento de Savinkov mostrou pela primeira vez o tipo de mentiras que meios de comunicação, líderes ocidentais e outras figuras reservariam a julgamentos públicos de traidores da URSS. Reilly, p. ex., declarou a um jornal que «Savinkov foi morto quando tentava atravessar a fronteira russa, e um julgamento farsa, com um dos seus próprios agentes como actor principal, foi encenado pela Tcheka em Moscovo a portas fechadas».
Comentam assim Sayers e Kahn «Esta foi a primeira de muitas "explicações" extravagantes dadas por inimigos da União Soviética durante os anos que se seguiram à Revolução, numa tentativa de desacreditar as admissões feitas por conspiradores estrangeiros e traidores russos nos tribunais soviéticos. Estas “explicações” atingiram o seu pico durante os chamados julgamentos de Moscovo.»
Mais tarde Reilly foi obrigado a admitir que Savinkov tinha sido julgado publicamente, mas como insinuava Churchill em carta a Reilly o «patriota anti-bolchevique Savinkov» só tinha quebrado por ter sido sujeito a terrível provação [8].

-- Veio então a retaliação britânica. Em Outubro de 1924, o Daily Mail anunciou que a Scotland Yard havia descoberto uma sinistra conspiração soviética contra a Grã-Bretanha: uma suposta «”Carta Zinoviev”, com pretensas instruções enviadas por Grigori Zinoviev, o líder russo do Comintern, aos comunistas britânicos sobre como combater os Tories nas próximas eleições.»
«Vários anos depois, Sir Wyndham Childs, da Scotland Yard, declarou que nunca houve realmente nenhuma carta de Zinoviev. O documento era uma falsificação. Emanou originalmente do escritório de Berlim do coronel Walther Nicolai, ex-chefe da Inteligência Militar Alemã Imperial, que agora trabalhava de perto com o Partido Nazi. Sob supervisão de Nicolai, um Guarda Branco do Báltico, chamada Baron Uexkuell, que mais tarde lideraria um serviço de imprensa nazi, estabeleceu na capital alemã um departamento especial de confecção de documentos anti-soviéticos.» H. Deterding esteve envolvido na introdução da carta forjada no Ministério das Relações Externas britânico.
The Trial of Savinkov [6]

-- Savinkov's trial was open to the public. At the trial Savinkov provided of his own accord many unknown details of the conspiracy (they are worth reading in Sayers and Kahn's book). In fact, Savinkov tried to portray himself at the trial as “an honest but misguided Russian patriot who had been gradually disillusioned in the character and aims of his associates». He ended up being sentenced to 10 years in prison where he was well treated [7].


-- Savinkov's trial showed for the first time the kind of lies that the media, the Western leaders and other figures would reserve to public trials of traitors to the USSR. Reilly, for instance, told in a newspaper that “Savinkov was killed while attempting to cross the Russian frontier, and a mock trial, with one of their own agents as chief actor, was staged by the Cheka in Moscow behind closed doors”.
Sayers and Kahn comment as follows: “This was the first of many extravagant ‘explanations’ given by enemies of the Soviet Union during the years following the Revolution in an attempt to discredit the admissions made by foreign conspirators and Russian traitors in Soviet courts of law. These ‘explanations’ reached their peak during the so-called Moscow Trials.”
Later, Reilly was forced to admit that Savinkov had been tried publicly, but as Churchill insinuated in a letter to Reilly “the anti-Bolshevik patriot” Savinkov had broken only by being subject to a terrible ordeal [8].

-- Then came the British retaliation. In October, 1924, the Daily Mail announced that the Scotland Yard had uncovered a sinister Soviet plot against Britain: an alleged “’Zinoviev Letter’ purporting to be instructions sent by Grigori Zinoviev, the Russian Comintern leader, to the British Communists on how to combat the Tories in the coming election.
“Several years later, Sir Wyndham Childs of Scotland Yard stated that there had never really been any letter by Zinoviev. The document was a forgery. It had originally emanated from the Berlin office of Colonel Walther Nicolai, former head of the Imperial German Military Intelligence, who was now working closely with the Nazi Party. Under Nicolai’s supervision, a Baltic White Guard named Baron Uexkuell, who was later to head a Nazi press service, had established in the German capital a special bureau for forging anti-Soviet documents.”
H. Deterding had been involved in the actual introduction of the forged Zinoviev Letter to the British Foreign Office.

Conspirações Urdidas nos EUA [9]

-- Reilly foi para os EUA no Outono de 1924 organizando aí, conjuntamente com russos brancos, grupos de apoio à sua Liga Internacional Anti-Bolchevique. «Vastas quantidades de propaganda anti-soviética logo saíram do escritório de Reilly sendo enviadas por todos os Estados Unidos para editores influentes, colunistas, educadores, políticos e empresários. Reilly fez uma tournée de palestras pelo país para informar o público sobre “a ameaça do bolchevismo e seu perigo para a civilização e comércio mundial”. Manteve várias “conversações confidenciais” com pequenos grupos selectos de gente de Wall Street e ricos industriais em várias cidades americanas». A propaganda tinha uma componente anti-semita com grande divulgação dos Protocolos do Sião.

-- Um dos grandes apoiantes de Reilly, financiador do anti-semitismo e da cruzada anti-bolchevique, foi o conhecido magnata da indústria automóvel Henri Ford. Ford fundou um jornal, o Dearborn Independent, e estabeleceu na Ford Motor Company uma organização específica para espalhar o anti-semitismo e alertar todo o país contra a ameaça comunista. A organização investigava e colocava em listas negras todos que não eram do seu agrado, incluindo o ex-presidente Woodrow Wilson.

-- Mais tarde H. Ford abraçou o fascismo e foi um grande apoiante e financiador do partido nazi e admirador de Hitler [10].

-- A carreira de Reilly terminou quando tentou entrar clandestinamente na URSS pela fronteira finlandesa a fim de se juntar a grupos contra-revolucionários em Leninegrado. O Izvestia noticiou: «Na noite de 28-29 de Setembro [1925], quatro contrabandistas tentaram passar a fronteira finlandesa do que resultou que dois foram mortos, um soldado finlandês foi feito prisioneiro e o quarto ficou tão gravemente ferido que morreu ...»
Só alguns dias depois as autoridades soviéticas identificaram o «contrabandista» que tinham matado. Quando o fizeram, anunciaram formalmente a morte de Sidney Reilly do Serviço Secreto Britânico.
Conspiracies Made in the USA [9]

-- In the autumn of 1924 Reilly went to the United States where he jointly organized with white Russians support groups for his International Anti-Bolshevik League. «Vast quantities of anti-Soviet propaganda were soon emanating from Reilly’s office and being mailed throughout the United States to influential editors, columnists, educators, politicians and businessmen. Reilly undertook a cross-country lecture tour to inform the public of the “menace of Bolshevism and its threat to civilization and world trade.” He held a number of “confidential talks” with small, select groups of Wall Street men and wealthy industrialists in a number of American cities." The propaganda had an anti-Semitic component with the great dissemination of the Protocols of Zion.

-- One of Reilly's great supporters, financier of anti-Semitism and of the anti-Bolshevik crusade, was the well-known automotive tycoon Henri Ford. Ford founded a newspaper, the Dearborn Independent, and established at Ford Motor Company a specific organization to spread anti-Semitism and alert the whole country against the communist threat. The organization blacklisted all those who were considered a liability, including former President Woodrow Wilson.


-- Later H. Ford embraced fascism and was a great supporter and financier of the Nazi party and an admirer of Hitler [10].


-- Reilly's career ended when he tried to clandestinely enter the USSR across the Finnish border in order to join counterrevolutionary groups in Leningrad. Izvestia published: “The night of September 28-29, four contrabandists tried to pass the Finnish frontier with the result that two were killed, one, a Finnish soldier, taken prisoner and the fourth so badly wounded that he died....”

Not until several days later did the Soviet authorities identify the “contrabandist” they had killed. When they had done so, they formally announced the death of Sidney Reilly of the British Secret Intelligence Service.

Novas Conspirações [11]

-- Como era de esperar, o fim de Reilly e Savinkov não puseram fim aos ataques contra a URSS. De facto, o esmagamento da URSS era vital para os imperialistas. Tal como ainda é hoje considerado vital pelos imperialistas o esmagamento de todo e qualquer socialismo e toda e qualquer afirmação de soberania contrária aos interesses imperialistas. Nos finais dos anos 20 as forças anti-soviéticas começaram a adquirir um tom abertamente fascista, que se aprofunda nos anos 30 e subjaz a toda a política imperialista da França, GBR e EUA para «apaziguar» Hitler. Para, efectivamente, açular a Alemanha nazi contra a URSS.

-- De 1924 a 1926 prosseguem os contactos a nível governamental para renovar planos de atacar a URSS. Esses planos são defendidos pelo presidente francês, Poincaré, por Hoffman, que realiza uma série de conferências para generais e empresários próximos dos nazis, e por membros conservadores do parlamente inglês e militares britânicos.

-- Em Maio se 1927 a polícia e serviços secretos britânicos invadiram e vandalizaram a organização de comércio soviético em Londres com o pretexto de se apoderarem de «documentos incriminadores». Nenhuns foram encontrados. Apesar disso, o governo conservador britânico quebrou todas as relações com a URSS. Noutras capitais ocorreram ataques a representações soviéticas. O embaixador soviético em Varsóvia foi assassinado. Em Leninegrado foram lançadas bombas a uma reunião do PCR(b). Por «coincidência» (?) durante 1927 o movimento oposicionista de Trotsky dentro da URSS preparava-se para derrubar o governo soviético. Um putsch trotskista foi tentado em 7 de Novembro de 1927. Vários seguidores de Trotsky foram presos. Trotsky foi exilado.

-- Por esta altura o marechal Foch enviou uma carta a Arnold Rechberg, um dos principais promotores do movimento nazi na Alemanha, dizendo: «Eu não sou tolo o suficiente para acreditar que se pode deixar um punhado de tiranos criminosos governar mais de metade do continente e vastos territórios asiáticos, mas nada pode ser feito enquanto a França e a Alemanha não estiverem unidas. Peço-lhe que transmita as minhas saudações ao general Hoffmann, o grande protagonista da aliança militar anti-bolchevique». Weygand e Pétain comungavam destes «ideais» de Foch. Não admira por isso que viessem a trair os trabalhadores franceses e a colaborar com os Nazis.
New Conspiracies [11]

-- As expected, the end of Reilly and Savinkov did not put an end to the attacks against the USSR. In fact, the crushing of the USSR was vital to the imperialists. As is still today considered vital by the imperialists, the crushing of any and all socialism of any and all stance of sovereignty countering imperialist interests. In the late 1920s the anti-Soviet forces began to take on an openly fascist tone, which deepened all along the 1930s and underlies the whole imperialist policy of France, GBR and the US to "appease" Hitler. To, effectively, incite Nazi Germany against the USSR.


-- From 1924 to 1926 contacts at government level progressed having in view to renew plans of attacking the USSR. These plans were defended by French President Poincaré, by Hoffman who held a series of conferences for generals and businessmen close to the Nazis, and by the conservative members of the English Parliament and British military.


-- In May 1927 the British police and secret services invaded and vandalized the Soviet trade organization in London under the pretext of seizing "incriminating documents". None were found. Despite this, the British conservative government broke all relations with the USSR. In other capitals attacks on Soviet representations took place. The Soviet emissary in Warsaw was murdered. In Leningrad bombs were thrown at a meeting of the RCP(B). By "coincidence" (?) during 1927 Trotsky's opposition movement within Soviet Russia was preparing to overthrow the Soviet Government. An attempted Trotskyite Putsch took place on November 7, 1927. A number of Trotsky's followers were arrested and Trotsky himself was exiled.


-- By this time Marshal Foch sent a letter to Arnold Rechberg, one of the main promoters of the Nazi movement in Germany, saying: "I am not foolish enough to believe that one can leave a handful of criminal tyrants to rule over more than half the continent and over vast Asiatic territories. But nothing can be done so long as France and Germany are not united. I beg you to convey my greetings to General Hoffmann, the great protagonist of the anti-Bolshevist military alliance." Weygand and Petain shared these "ideals" of Foch. No wonder they came to betray the French workers and collaborate with the Nazis.



Milionários e Sabotadores [12]

-- No Outono de 1928 teve lugar em Paris uma reunião secreta de importantes milionários russos do Torgprom com dois russos que dirigiam uma organização secreta de espionagem-sabotagem: o professor Leonid Ramzin, um notável cientista russo, director do Instituto Termo-Técnico de Moscovo e membro do Supremo Conselho Económico Soviético, e Victor Laritchev, presidente da Secção de Combustíveis da Comissão de Planeamento Estatal da URSS.

-- A organização liderada por Ramzin e Laritchev chamava-se Partido Industrial. «Composto principalmente por elementos da antiga intelectualidade técnica russa que compreendia uma pequena classe privilegiada sob o Czar, o Partido Industrial reclamava ter aproximadamente dois mil membros secretos. A maioria deles possuía importantes cargos técnicos do estado soviético. Financiados e dirigidos pelo Torgprom, os membros do Partido Industrial desenvolviam actividades de danificação e espionagem da indústria soviética». As acções de sabotagem abrangiam várias indústrias e envolviam vários métodos: retardamento da produção; criação de desproporções produtivas entre ramos e secções; congelamento de investimentos em sectores chave que levavam a baixar o nível de vida semeando descontentamento na população.

-- Na Conferência foi anunciado um ataque à URSS [13] a ter lugar no verão de 1929 ou de 1930. A Conferência discutiu as possibilidades de Ramzin e Laritchev organizarem apoio militar ao ataque imperialista.

-- De Paris Ramzin deslocou-se a Londres para se encontrar com representantes da Royal Dutch Shell e da Metro-Vickers, um grande fabricante inglês de equipamento eléctrico. Ramzin foi informado de que a Inglaterra daria apoio financeiro e diplomático, bem como apoio naval durante o ataque. Entretanto, dinheiro da Torgprom foi enviado da França para agentes em Moscovo.

-- Um milionário russo emigrado, Riabutchinsky, membro do Torgprom, estava exultante com a perspectiva do ataque, enumerando num jornal da emigração russa «os muitos benefícios “de negócio” que resultariam da invasão da Rússia. Uma economia russa próspera controlada por homens como ele, afirmou, resultaria “no afluxo anual para o sistema económico europeu de tal riqueza, na forma de uma procura de vários tipos de produtos,” que o resultado poderia muito bem ser a “eliminação do exército de cinco milhões de desempregados da Áustria, Alemanha e Grã-Bretanha”». Sobre os custos do ataque comentava: «Ao gastar mil milhões de rublos a humanidade receberá um retorno não inferior a cinco mil milhões, ou seja, quinhentos por cento ao ano, com a perspectiva de um novo aumento na taxa de lucro a cada ano de outros cem ou duzentos por cento. Onde se poderia fazer melhor negócio?»

-- O planeado ataque à URSS só não veio a ter lugar porque havia dissensões no campo imperialista sobre esferas de influência e porque em 1929 rebentou uma das maiores crises do capitalismo.
Millionaires and Saboteurs [12]

-- In the autumn of 1928 a secret meeting took place in Paris attended by important Russian millionaires of Torgprom and two Russians who ran a secret epionage-sabotage organization: Professor Leonid Ramzin, an outstanding Russian scientist, Director of the Moscow Thermo-Technical Institute, and a member of the Soviet Supreme Economic Council, and Victor Laritchev, Chairman of the Fuel Section of the State Planning Commission of the USSR.


-- The organization led by Ramzin and Laritchev was called Industrial Party “Composed mainly of elements of the old Rus-sian technical intelligentsia who had comprised a small privileged class under the Czar, the Industrial Party claimed approximately two thousand secret members. Most of them held important Soviet technical posts. Financed and directed by the Torgprom, these Industrial Party members were carrying on wrecking and spying activities in Soviet industry.” The sabotage actions covered several industries and involved several methods: delayed production; creation of productive disproportions between branches and between sections; freezing investments in key sectors which lowered the standard of living and sowed discontent among the population.


-- At the Conference an attack on the USSR to take place during the summer of 1929 or 1930 was announced [13]. The Conference discussed the possibilities for Ramzin and Laritchev to organize military support for the imperialist attack.

-- De Paris Ramzin traveled to London to meet with representatives of the Royal Dutch Shell and Metro-Vickers, a major British manufacturer of electrical equipment. Ramzin was informed that Britain would provide financial and diplomatic support as well as naval support during the attack. In the meantime Torgprom money was sent from France to agents in Moscow.


-- An émigré Russian millionaire, Riabuchinsky, was overjoyed at the prospect of the attack by listing in a Russian émigré newspaper "the many ‘business’ benefits that would result from the invasion of Russia. A thriving Russian economy controlled by men like himself, he asserted, would result in ‘the annual influx into the European economic system of such wealth, in the form of a demand for various types of goods,’ that the result might well be ‘the wiping out of the five-million strong army of unemployed of Austria, Germany and Great Britain.’" On the costs of the attack he commented: "By spending one billion rubles mankind will receive a return of not less than five billions, i.e., five hundred per cent per annum, with the prospect of a further increase in the rate of profit every year by another hundred or two hundred per cent. Where could you do better business?

-- The only reasons why the planned attack on the USSR didn’t take place were the dissensions in the imperialist camp about spheres of influence and because in 1929 one of the biggest crises of capitalism broke out.

Três Julgamentos [14]

-- Em Outubro de 1930 Ramzin e outros sabotadores do Partido Industrial foram presos. O julgamento de oito acusados do Partido Industrial teve lugar no Supremo Tribunal Soviético em Moscovo em 25 de Dezembro de 1930. Confrontados com as provas apresentadas os acusados não tiveram outro remédio senão reconhecer a sua culpa dando detalhes e implicando Henri Deterding, o Coronel Joinville, Raymond Poincaré e outros eminentes europeus, militares, estadistas e homens de negócios que tinham apoiado o Partido Industrial e o Torgprom.
Cinco dos acusados incluindo Ramzim e Laritchev foram condenados à morte por traição; os outros três a 10 anos de prisão. Tendo os cinco condenados à morte pedido um indulto, foi-lhes concedido. Ramzin veio a reabilitar-se [15].

-- Note-se que nesta altura Estaline era Secretário-Geral do PCTU(b) (o novo nome do PCR(b)) eleito pelo CC no 13.º Congresso.

-- Em Março de 1931 teve lugar no Supremo Tribunal Soviético o chamado Julgamento dos Mencheviques. Tratava-se de 14 mencheviques acusados de vários crimes de sabotagem em colaboração com o Partido Industrial. Um deles, Groman, «tinha alcançado uma alta posição na agência de planeamento industrial soviética (Gosplan) e tentado sabotar etapas do primeiro Plano Quinquenal, elaborando estimativas incorrectas e reduzindo as metas de produção em indústrias vitais».
Entre 1928 e 1930, o "Bureau de Toda a União", que era o Comité Central da organização secreta dos mencheviques, recebeu um total de aproximadamente 500.000 rublos de fontes estrangeiras. O maior contribuinte foi a Torgprom, mas outros grupos anti-soviéticos também fizeram doações consideráveis aos conspiradores e mantiveram contacto próximo com eles. De acordo com os réus, a principal ligação entre os círculos anti-soviéticos estrangeiros foi o ex-líder menchevique russo Raphael Abromovitch, que havia fugido para a Alemanha». Foram condenados a sentenças entre 1 e 10 anos de prisão.
A Segunda Internacional denunciou o julgamento dos mencheviques como «perseguição política» pela «ditadura burocrática» de Estaline. Abromovitch emitiu uma declaração negando que tivesse viajado pela União Soviética e participado aí em conferências secretas. Admitiu, no entanto, que «existia uma organização ilegal activa do nosso Partido, cujos representantes ou membros individuais estão em comunicação por carta e do ponto de vista da organização com a nossa delegação estrangeira em Berlim».

-- Em 11 de Março de 1933 o governo soviético desferiu o golpe final contra a Torgprom, prendendo seis britânicos e dez russos, funcionários da agência moscovita da Metro-Vickers que vendia à URSS turbinas e equipamento eléctrico. Eram acusados ​​de espionagem e sabotagem em nome do Serviço Britânico de Inteligência. O chefe da Vickers em Moscovo, C. S. Richards, saíra apressadamente para a Inglaterra pouco antes das prisões. Era um agente britânico desde a operação Arcangel em 1917. Entre os presos estava Allan Monkhouse, lugar-tenente de Richards.

-- No julgamento (12 a 18 de Abril) Monkhouse declarou-se inocente das acusações em causa mas admitiu que tinha sido associado de Richards na operação Arcangel. Outros presos britânicos, L. Thornton e W. MacDonald, reconheceram a espionagem e sabotagem e forneceram detalhes. Dos seis presos britânicos, um foi ilibado por evidência insuficiente, Monkhouse e outros dois foram deportados, Thornton e MacDonald, condenados respectivamente a 2 e 3 anos de prisão, foram pouco depois enviados para Inglaterra. Dos cúmplices russos, um foi ilibado e os outros tiveram penas de 3 a 10 anos de prisão.

-- Os presos britânicos declararam depois que tinham sido bem tratados, sem sofrer qualquer coerção do OGPU (serviços secretos soviéticos). Monkhouse, p. ex., declarou a um jornal londrino: «Foram extraordinariamente gentis comigo e extremamente razoáveis nos seus interrogatórios. Os meus examinadores pareciam homens de primeira linha que conheciam a sua profissão. A prisão OGPU é a última palavra em eficiência, inteiramente limpa, ordeira e bem organizada. Esta é a primeira vez que sou preso, mas já visitei prisões inglesas e posso atestar que os quartos da OGPU são muito superiores [...] Os funcionários da OGPU [...] demonstraram toda a preocupação com o meu conforto».

-- O procurador-geral Vyshinsky procurou claramente apurar a verdade. Por exemplo, a dada altura Thornton retratou-se da sua confissão assinada de culpa, dizendo em tribunal que os factos que tinha escrito eram substancialmente correctos mas que a palavra «espião» era incorrecta e escrita por estar excitado. Tendo admitido em tribunal que o que tinha escrito era «por vontade própria» e «sem qualquer pressão ou coerção» seguiu-se então o seguinte diálogo no tribunal:
VYSHINSKY: Nada foi distorcido?
THORNTON: Não, o senhor não distorceu nada.
VYSHINSKY: Mas talvez Roginsky [o Assistente do Procurador] tenha feito?
THORNTON: Não.
VYSHINSKY: Talvez a OGPU tenha distorcido?
THORNTON: Não, eu assinei isso por minha própria mão.
VYSHINSKY: E com a sua cabeça? Quando estava a escrever estava a avaliar e a pensar?
THORNTON: (Não responde.)
VYSHINSKY: E que cabeça está a pensar por si agora?
THORNTON: Agora sinto diferente.

-- Apesar da correcção do julgamento público da Metro-Vickers, tal como já acontecera aquando dos julgamentos de Savinkov, do Partido Industrial e dos mencheviques, os media e líderes políticos ocidentais não pouparam palavras para difamar os julgamentos. «O London Times falava de “um tribunal lotado, subserviente aos seus perseguidores”. O Observer de 16 de Abril descreveu o julgamento como "Uma provação conduzida em nome da justiça, mas sem qualquer semelhança com qualquer processo judicial que a civilização conheça". O Daily Express de 18 de Abril descreveu assim o promotor soviético Vyshinsky: "O russo de cabelo cor de cenoura e cara vermelha cuspiu insultos ... martelava na mesa”. O Evening Standard naquela mesma semana descreveu o Conselheiro de Defesa Soviético Braude como "o tipo de judeu que se poderia encontrar em qualquer noite na Shaftsbury Avenue". Foi dado a entender ao público britânico que nenhum julgamento genuíno dos acusados estava a decorrer, e que os engenheiros britânicos estavam a ser submetidos às mais terríveis torturas para extrair deles admissões de culpa. O Daily Express de 20 de Março noticiou: “Os nossos compatriotas estão a sofrer os horrores de uma prisão russa!” O Times, de 17 de Abril, declarou: “Sente-se grande ansiedade sobre o que está a acontecer na prisão ao Sr. MacDonald nos intervalos das sessões do tribunal. Os que há muito conhecem os métodos tchekistas acreditam que a sua vida está em perigo.” O Daily Mail de Lord Rothermere, que em poucos meses se tornaria órgão semi-oficial do Partido Fascista Britânico de Sir Oswald Mosley, contou aos seus leitores sobre uma estranha “droga tibetana” que estava a ser usada pela OGPU para minar a força de vontade das suas "vítimas".»

-- Vemos, portanto, que muitas das mentiras e difamações lançadas mais tarde sobre os julgamentos de Moscovo de 1936-38 já tinham sido inventadas desde os primeiros julgamentos públicos dos sabotadores, conspiradores e traidores em 1930-33, incluindo a misteriosa droga oriental que tinha o poder de extrair confissões dos acusados.

*   *   *

Nos anos 30 e sob o efeito da grande crise capitalista os ataques imperialistas contra a URSS seriam conduzidos por meios mais sinistros, já com a clara marca da agressão nazi-fascista que desembocaria na 2.ªGM.
Three Trials [14]

-- In October 1930 Ramzin and other saboteurs of the Industrial Party were arrested. The trial of eight indicted members of the Industrial Party took place at the Soviet Supreme Court in Moscow on December 25, 1930. Faced with the evidence presented the indicted had no choice but to acknowledge their guilt supplying details and implying Henri Deterding, Colonel Joinville, Raymond Poincaré and other eminent European soldiers, statesmen and businessmen who had backed the Industrial Party and the Torgprom.

Five of the accused including Ramzim and Laritchev were sentenced to death for treason; the other three to 10 years in prison. The five men condemned to death asked for a pardon, and it was granted them. Ramzin came to rehabilitate himself [15].

-- Note that at this time Stalin was General Secretary of the AUCP(B) (the new name of the RCP(B)) elected by the CC at the 13th Congress.

-- In March 1931 the so-called Menshevik Trial took place in the Soviet Supreme Court. These were 14 Menshevik charged of various sabotage crimes in collaboration with the Industrial Party. One of them, Groman, “had secured a high position in the Soviet industrial planning bureau (Gosplan), and had tried to sabotage phases of the first Five-Year Plan by drawing up incorrect estimates and lowering production goals in vital industries.”

Between 1928 and 1930 the “All-Union Bureau,” which was the Central Committee of the secret Menshevik organization, received a total of approximately 500,000 rubles from foreign sources. The largest contributor was the Torgprom, but other anti-Soviet groups also made sizable donations to the conspirators and maintained close contact with them. According to the defendants, their chief liaison with the foreign anti-Soviet circles had been the former Russian Menshevik leader Raphael Abromovitch, who had fled to Germany. They were sentenced to between 1 and 10 years in prison.
The Second International denounced the trial of the Mensheviks as “political persecution” by Stalin’s “bureaucratic dictatorship.” Abromovitch issued a statement denying that he had travelled to the Soviet Union and participated in secret conferences there. He admitted, however, that “there has been an illegally active organization of our Party there, whose representatives or individual members are in communication by letter and from the point of view of organization with our foreign delegation in Berlin.”

-- On March 11, 1933, the Soviet government struck the final blow against Torgprom, arresting six British and ten Russians, employees of the Moscow agency of Metro-Vickers which sold turbines and electrical equipment to the USSR. They were accused of espionage and sabotage on behalf of the British Intelligence Service. The Vickers chief in Moscow, C. S. Richards, had hurriedly left for England shortly before the arrests. He was a British agent since the Archangel operation in 1917. Among the prisoners was Allan Monkhouse, an aide of Richards.

-- At the trial (April 12-18), Monkhouse pleaded not guilty to the charges but admitted that he had been an associate of Richards in the Archangel operation. Other British prisoners, L. Thornton and W. MacDonald, recognized the espionage and sabotage and provided details. Of the six British prisoners, one was cleared on grounds of insufficient evidence, Monkhouse and two others were deported, Thornton and MacDonald received sentences respectively of 2 and 3 years imprisonment, but were soon sent to England. Of the Russian accomplices, one was cleared and the others were sentenced to 3 to 10 years in prison.


-- The British prisoners later stated that they had been treated well without being coerced by the OGPU (Soviet secret services). Monkhouse, for instance, told a London newspaper: “They were extraordinarily nice to me and exceedingly reasonable in their questioning. My examiners seemed first-rate men who knew their job. The OGPU prison is the last word in efficiency, entirely clean, orderly and well organized. This is the first time that I have ever been arrested, but I have visited English prisons and can attest that the OGPU quarters are much superior [...] OGPU officials [...] showed every concern for my comfort.”

-- The Attorney General Vyshinsky has clearly sought to ascertain the truth. For example, at one point Thornton recanted his signed guilty plea, saying in court that the facts he had written were substantially correct, but that the word "spy" was incorrect and written because he was excited. Having admitted in court that what he had written was “of his own free will' and “without any pressure or coercion” the following dialogue then followed in court:
VYSHINSKY: Nothing was distorted?
THORNTON: No, you did not change anything.
VYSHINSKY: But perhaps [Assistant Prosecutor] Roginsky did?
THORNTON: No.
VYSHINSKY: Perhaps the OGPU distorted it?
THORNTON: No, I signed it with my own hand.
VYSHINSKY: And with your head? When you were writing did you consider and think?
THORNTON: (Does not reply.)
VYSHINSKY: And whose head is thinking for you now?
THORNTON: At present I feel different.

-- In spite of the correctness of the Metro-Vickers's public trial, and as had happened with the trials of Savinkov, Industrial Party and Mensheviks, the Western media and political leaders spared no words to slander the trials. "The London Times spoke of ‘a crowded court, subservient to its persecutors’; the Observer of April 16 described the trial as ‘an ordeal conducted in the name of justice, but without any resemblance to any judicial process known to civilization.’ The Daily Express on April 18 described the Soviet prosecutor Vyshinsky as ‘The Russian with carrot-colored hair and red face spat insults ... hammered on the table.’ The Evening Standard of that same week described the Soviet Defense Adviser Braude as ‘the type of a Jew who could be found any night on Shaftsbury Avenue.’ The British public was given to understand that no genuine trial of the accused was taking place, and that the British engineers were being subjected to the most terrible tortures to demand of them the admission of their guilt. The Daily Express of March 20 stated: ‘Our compatriots are suffering the horrors of a Russian prison!’ The Times, on April 17, stated: ‘Great anxiety is felt about what is happening to Mr. MacDonald in the prison between the sittings of the Court. Those long acquainted with the Chekist methods think his life is in danger.’ Lord Rothermere's Daily Mail, who in a few months would become the semi-official organ of the British Fascist Party of Sir Oswald Mosley, told his readers about a strange ‘Tibetan drug’ which was being used by the OGPU to sap the will power of their ‘victims’."

-- We thus see that many of the lies and slanders later cast upon the Moscow trials of 1936-38 had already been invented since the first public trials of saboteurs, conspirators and traitors in 1930-33, including the mysterious Oriental drug that had the power to force confessions out of the accused.

* * *


In the 1930s and under the effect of the great capitalist crisis the imperialist attacks against the USSR would be conducted by more sinister means, with the clear mark of the Nazi-fascist aggression that would lead to WWII.



Notas | Notes

1. Michael Sayers and Albert E. Kahn, The Great Conspiracy Against Russia, Boni & Gaer Inc., Publishers, N.Y., 1946. O livro pode obter-se do Internet Archive.
Sobre os autores e sua fiabilidade ver a nota 1 do nosso primeiro artigo sobre a guerra civil da Rússia.
Michael Sayers and Albert E. Kahn, The Great Conspiracy Against Russia, Boni & Gaer Inc., Publishers, N.Y., 1946. The book can be downloaded from the Internet Archive.
About the authors and their reliability see note 1 of our first article on the civil war of Russia.


2. De Sayers e Kahn: «Os materiais sobre a história pouco conhecida e extraordinária do grande êxodo dos derrotados exércitos Brancos da Rússia Soviética podem encontrar-se em The White Armies of Russia de George Stewart (N.Y., The Macmillan Company, 1933) e nas memórias escritas por alguns dos envolvidos, Wrangel, Denikin, Krasnov, etc. Um relato completo do estabelecimento, carácter e composição do Torgprom pode ser encontrado em Wreckers on Trial, A Record of the Trial of the Industrial Party, held in Moscow, November–December, 1930 (N.Y., Workers Library Publishers, 1931). O relato mais interessante e completo do desenvolvimento inicial da ideologia nazi e do papel de Alfred Rosenberg e seus associados da Rússia Branca está contido em Der Fuehrer, de Konrad Heiden (Boston, Houghton Mifflin Company, 1944). Os autores também devem a Heiden A History of National Socialism (N.Y., Alfred A, Knopf, 1935) e National Socialism, um documento publicado pelo Departamento de Estado dos EUA (Washington, Government Printing Office, 1943).
O papel desempenhado pelo general Max Hoffmann nas conspirações imperialistas russas brancas e alemãs que precederam e conduziram ao triunfo do nazismo é brilhantemente exposto em Hitler Over Russia? de Ernst Henri (N.Y., Simon e Schuster, 1936). Os autores também consultaram The War of Lost Opportunities (N.Y., International Publishers, 1925) e War Diaries and other Papers (London, M. Lecker, 1929) e o famoso diário diplomático do Embaixador Britânico Lord D'Abernon, The Diary of an Ambassador: Versailles to Rapallo, 1920–1922, 1920-1922 (N.Y., Doubleday, Doran and Company, 1929).
Material adicional valioso sobre a colaboração do nazismo inicial com os emigrados russos brancos pode ser encontrado em The Brown Network (N.Y., Knight Publications, Inc., 1936).»
From Sayers and Kahn: “Material on the little-known and extraordinary story of the great exodus of the defeated White armies from Soviet Russia may be found in George Stewart’s The White Armies of Russia (New York, The Macmillan Company, 1933) and in the memoirs written by some of the persons involved, Wrangel, Denikin, Krasnov, etc.
A full account of the establishment, character and composition of the Torgprom may be found in Wreckers on Trial, A Record of the Trial of the Industrial Party, held in Moscow, November–December, 1930 (New York, Workers Library Publishers, 1931).
The most interesting and complete account of the early development of Nazi ideology and the role of Alfred Rosenberg and his White Russian associates is contained in Konrad Heiden’s Der Fuehrer (Boston, Houghton Mifflin Company, 1944). The authors are also indebted to Heiden’s A History of National Socialism (New York, Alfred A, Knopf, 1935) and National Socialism, a document published by the U. S. State Department (Washington, Government Printing Office, 1943).
The part played by General Max Hoffmann in the White Russian and German imperialist conspiracies which preceded and led up to the triumph of Nazism is brilliantly expounded in Ernst Henri’s Hitler Over Russia? (New York, Simon and Schuster, 1936). The authors have also consulted Hoffmann’s The War of Lost Opportunities (New York, International Publishers, 1925) and War Diaries and other Papers (London, M. Lecker, 1929) and the famous diplomatic diary of the British Ambassador Lord D’Abernon, The Diary of an Ambassador: Versailles to Rapallo, 1920–1922 (New York, Doubleday, Doran and Company, 1929).
Additional valuable material on the collaboration of early Nazism with the White Russian émigrés may be found in The Brown Network (New York, Knight Publications, Inc., 1936).

3. Ver a este propósito a nota 103 do nosso quarto artigo sobe a guerra civil da Rússia.
See in this regard note 103 of our fourth article on the civil war of Russia.

4. De Sayers e Kahn: «O material sobre as actividades do capitão Sidney Reilly e sua esposa, incluindo o diálogo e as cartas citadas neste capítulo, foi tirado das memórias da Sra. Reilly […]
Para a nossa descrição da personalidade e carreira de Boris Savinkov, baseámo-nos nas Memoirs of a Terrorist de Savinkov (N.Y., A. C. Boni, 1931); Aseff, the Spy de Boris Nikolajewsky N.Y., Doubleday, Doran e C.a, 1934); e no vívido e sincero esboço biográfico de Savinkov escrito por Winston Churchill em Great Contemporaries (N.Y., G. P. Putnam’s Sons, 1937) […].
A descrição do ajudante de Savinkov, Fomitchov, sobre a organização de células terroristas anti-soviéticas financiadas e armadas pelo Serviço de Inteligência polaco provém da carta de Fomitchov de 17 de Setembro de 1924 ao Izvestia, conforme reimpresso na edição de 2 de Outubro de 1924 da International Press Correspondence (Edição Inglesa, Vol. 4, No. 70, Viena).
Para um relato completo e esclarecedor da guerra secreta travada neste período pelos interesses internacionais do petróleo contra o governo soviético, ver The Most Powerful Man in the World de Glyn Roberts (N.Y., Covici-Friede, 1938). O livro de Roberts, uma biografia de Sir Henri Deterding, dedica considerável atenção à cruzada de Deterding contra a Rússia Soviética; e traça a influência de Deterding através de notórios incidentes anti-soviéticos na política britânica como o Arcos Raid, Zinoviev Letter, etc.
Material adicional sobre a atitude dos interesses petrolíferos em relação à Rússia soviética pode ser encontrado em Francis Delaisi Oil: Its Influence on Politics (Londres, Editora do Trabalho, 1922) e The Politics of Oil, de R. Page Arnot (Londres, Editora de Trabalho, 1924). Há também numerosas referências ao assunto nos relatórios do Times de Londres, Morning Post, Daily Mail e New York Times sobre as negociações nas conferências económicas de Génova e Haia do período 1922-1924. Uma imagem interna das intrigas e dos interesses do petróleo durante este período pode ser encontrada em Dreaded Hour de George Hill (London, Cassell & Company, Ltd., 1936).
Um relato detalhado da insurreição de Noi Jordania no Cáucaso, incluindo citações de comunicações secretas entre os conspiradores que foram apreendidas pelas autoridades soviéticas, pode ser encontrado na edição de 9 de Outubro de 1924 da International Press Correspondence (Vol. 4, No, 72).

From Sayers and Kahn: “The material concerning the activities of Captain Sidney Reilly and his wife, including the dialogue and letters quoted in this chapter, is drawn from Mrs. Reilly’s memoirs […]
For our account of the personality and career of Boris Savinkov we have drawn on Savinkov’s Memoirs of a Terrorist (New York, A. C. Boni, 1931); Boris Nikolajewsky’s Aseff, the Spy (New York, Doubleday, Doran and Company, 1934); and on the vivid and candid biographical sketch of Savinkov written by Winston Churchill in Great Contemporaries (New York, G. P. Putnam’s Sons, 1937).
The description by Savinkov’s aide, Fomitchov, of the organization of anti-Soviet terrorist cells financed and armed by the Polish Intelligence Service is quoted from Fomitchov’s letter of September 17, 1924, to Izvestia, as reprinted in the October 2, 1924, issue of International Press Correspondence (English Edition, Vol. 4, No. 70, Vienna).
For a full and enlightening account of the secret war waged at this period by international oil interests against the Soviet Government see Glyn Roberts’s The Most Powerful Man in the World (New York, Covici-Friede, 1938). Roberts’s book, a biography of Sir Henri Deterding, devotes considerable attention to Deterding’s crusade against Soviet Russia; and traces the influence of Deterding through such notorious anti-Soviet incidents in British politics as the Arcos Raid, Zinoviev Letter, etc.
Additional material concerning the attitude of the oil interests toward Soviet Russia may be found in Francis Delaisi’s Oil: Its Influence on Politics (London, Labour Publishing Company, 1922) and R. Page Arnot’s The Politics of Oil (London, Labour Publishing Company, 1924). There are also numerous references to the subject in reports in the London Times, Morning Post, Daily Mail and the New York Times concerning the negotiations at the Genoa and the Hague economic conferences of the period 19221924. An inside picture of the intrigues of the oil interests during this period is to be found in George Hill’s Dreaded Hour (London, Cassell & Company, Ltd., 1936).
A detailed account of the Noi Jordania uprising in the Caucasus, including quotations from secret communications between the conspirators which were seized by the Soviet authorities, may be found in the October 9, 1924, issue of International Press Correspondence (Vol. 4, No, 72).”

5. De Sayers e Kahn: «Noi Jordania tinha liderado em 1918 um regime fantoche alemão no Cáucaso. Em 1919, os britânicos expulsaram os alemães, e Jordania tornou-se chefe de uma Federação Transcaucasiana controlada pelos britânicos. Em 1924 estabeleceu a sua sede em Paris. O governo francês colocou à sua disposição um subsídio de 4.000.000 de francos.»
From Sayers and Kahn: “In 1918, Noi Jordania had headed a German puppet regime in the Caucasus. In 1919, the British drove out the Germans, and Jordania became head of a British-controlled Transcaucasian Federation. In 1924, his headquarters were in Paris. The French Government had placed at his disposal a subsidy of 4,000,000 franc.”

6. De Sayers e Kahn: «Um relato interessante do julgamento de Boris Savinkov e do seu sensacional depoimento ao tribunal pode ser encontrado na edição de 11 de Setembro de 1924 da International Press Correspondence (Vol. 4, No. 65).»
From Sayers and Kahn: “An interesting report of the trial of Boris Savinkov and his sensational testimony to the court can be found in the September 11, 1924, issue of International Press Correspondence (Vol. 4, No. 65).”

7. De Sayers e Kahn: «Savinkov foi tratado com consideração notável pelas autoridades soviéticas enquanto esteve na prisão. Permitiram-lhe privilégios especiais, foram-lhe dados todos os livros que desejava e concedidas facilidades para escrever. Mas ele ansiava pela liberdade. Em 7 de Maio de 1925 escreveu um longo apelo a Felix Djerjinsky, o chefe da Tcheka. "Ou fuzilem-me ou dêem-me uma oportunidade de trabalhar", disse Savinkov. “Eu estava contra vós; agora estou convosco. Não suporto a meia existência de não ser nem a favor nem contra vós, meramente sentado na prisão e tornando-me um dos seus habitantes”. Implorou perdão e ofereceu-se para fazer qualquer coisa que o governo exigisse dele. O pedido foi rejeitado. Logo depois, Savinkov cometeu suicídio atirando-se de uma janela do quarto andar da prisão».
From Sayers and Kahn: “Savinkov was treated with remarkable consideration by the Soviet authorities while he was in prison. He was allowed special privileges, given all the books he desired, and granted facilities for writing. But he pined for liberty. On May 7, 1925, he wrote a long appeal to Felix Dzerzhinsky, the head of the Cheka. ‘Either shoot me or give me a chance to work,’ said Savinkov. ‘I was against you; now I am for you. I cannot endure the half and half existence of being neither for nor against you, merely sitting in prison and becoming one of its inhabitants.’ He pleaded for pardon and offered to do anything the Government would require of him. His plea was rejected. Soon after, Savinkov committed suicide by throwing himself from a four-story window in the prison.”

8. Churchill: «Não creio que deva julgar Savinkov com demasiada severidade. Ele foi colocado numa posição terrível; e somente aqueles que sofreram plenamente uma tal provação têm pleno direito de pronunciar uma censura. De qualquer forma, vou esperar para ouvir o final da história antes de mudar a minha opinião sobre Savinkov.»
Churchill: «I do not think you should judge Savinkov too harshly. He was placed in a terrible position; and only those who have sustained successfully such an ordeal have a full right to pronounce censure. At any rate I shall wait to hear the end of the story before changing my view about Savinkov»

9. De Sayers e Kahn: «Os factos sobre as operações anti-soviéticas do capitão Sidney Reilly nos Estados Unidos e a sua última missão secreta na Rússia Soviética foram tirados do Britain’s Master Spy, Sidney Reilly’s Narrative written by Himself, edited and compiled by His Wife.
O material sobre as actividades anti-semitas e anti-democráticas de Henry Ford no início da década de 1920 é extraído em grande parte da série sensacional de artigos de Norman Hapgood, que apareceu sob o título The Inside Story of Henry Ford’s Jew Mania em Junho-Novembro. 1922, edições da Hearst's International.
Os arquivos do Dearborn Independent de Henry Ford estão repletos de propaganda anti-semita e anti-democrática.
[…]
Um relato interessante da origem e do registo de Os Protocolos dos Sábios do Sião, que Brazol distribuiu nos Estados Unidos, aparece em Der Fuehrer, de Konrad Heiden (Nova York, Lexington Press, 1944)».

From Sayers and Kahn: “The facts regarding Captain Sidney Reilly’s anti-Soviet operations in the United States and his last secret mission in Soviet Russia are taken from Britain’s Master Spy, Sidney Reilly’s Narrative written by Himself, edited and compiled by His Wife.
The material on Henry Ford’s anti-Semitic and anti-democratic activities in the early 1920’s is drawn largely from the sensational series of articles by Norman Hapgood which appeared under the title “The Inside Story of Henry Ford’s Jew Mania” in the June–November, 1922, issues of Hearst’s International.
The files of Henry Ford’s Dearborn Independent are replete with anti-Semitic and anti-democratic propaganda.
[…]
An interesting account of the origin and record of The Protocols of the Wise Men of Zion, which Brazol distributed in the United States, appears in Konrad Heiden’s Der Fuehrer (New York, Lexington Press, 1944).”

10. De Sayers e Kahn: «De acordo com a edição de 8 de Fevereiro de 1923 do New York Times, o vice-presidente Auer da Dieta da Baviera declarou publicamente:
A Dieta da Baviera há muito tempo possui informações de que o movimento de Hitler foi parcialmente financiado por um chefe anti-semita americano, que é Henry Ford. O interesse de Ford pelo movimento anti-judaico da Baviera começou há um ano, quando um dos agentes de Ford entrou em contacto com Dietrich Eikhart, o notório pangermanista ... O agente regressou à América e imediatamente o dinheiro de Ford começou a chegar a Munique.
Herr Hitler orgulha-se abertamente do apoio de Ford e elogia o Sr. Ford não como um grande individualidade, mas como um grande anti-semita.
No pequeno e inexpressivo escritório na rua Cornelius, em Munique, que era a sede de Adolf Hitler, estava pendurada na parede uma única fotografia emoldurada. A foto era de Henry Ford.
From Sayers and Kahn: “According to the February 8, 1923, edition of the New York Times, Vice-President Auer of the Bavarian Diet publicly stated:
The Bavarian Diet has long had information that the Hitler movement was partly financed by an American anti-Semitic chief, who is Henry Ford. Mr. Ford’s interest in the Bavarian anti-Jewish movement began a year ago when one of Mr. Ford’s agents came in contact with Dietrich Eikhart, the notorious Pan-German.... The agent returned to America and immediately Mr. Ford’s money began coming to Munich.
Herr Hitler openly boasts of Mr. Ford’s support and praises Mr. Ford not as a great individuality but as a great anti-Semite.
In the small, unimpressive office on Cornelius Street in Munich which was Adolf Hitler’s headquarters, a single framed photograph hung on the wall. The picture was of Henry Ford.”

11. De Sayers e Kahn: «Materiais e comentários sobre a atmosfera diplomática na Europa e na Ásia durante este período podem ser encontrados em World Politics de R. Palme Dutt (Nova York, Random House, 1936), e em F.L. Schuman's International Politics, Third Edition ( New York, McGraw-Hill, 1941).
A biografia de Sir Henri Deterding, de Glyn Roberts, contém muitas revelações das agitadas intrigas anti-soviéticas em que Deterding, Hoffmann e seus associados estiveram envolvidos durante esse período.»
From Sayers and Kahn: “Material and comment on the diplomatic atmosphere in Europe and Asia throughout this period may be found in R. Palme Dutt’s World Politics (New York, Random House, 1936), and in F. L. Schuman’s International Politics, Third Edition (New York, McGraw-Hill, 1941).
Glyn Roberts’s biography of Sir Henri Deterding contains many revelations of the hectic anti-Soviet intrigues in which Deterding, Hoffmann and their associates were involved during this period.”

12. De Sayers e Kahn: «O relato da reunião em Paris, em 1928, com a presença do Professor Ramzin, no qual Denisov anunciou que o Estado-Maior francês havia elaborado um plano de ataque contra a Rússia soviética, foi extraído do depoimento do professor Ramzin e de outros membros perante o Collegium Militar do Supremo Tribunal da URSS como relatado em Wreckers on Trial, A Record of the Trial of the Industrial Party, held in Moscow NovemberDecember, 1930 (New York, Workers Library Publishers, 1931). Este relato também contém os detalhes do plano de ataque à URSS e testemunhos sobre as várias negociações realizadas por Ramzin e outros com personalidades políticas e industriais francesas, britânicas e alemãs».
From Sayers and Kahn: “The account of the meeting in Paris in 1928 attended by Professor Ramzin at which Denisov announced that the French General Staff had drawn up a plan of attack against Soviet Russia is drawn from the court testimony of Professor Ramzin and others before the Military Collegium of the Supreme Court of the USSR as recorded in Wreckers on Trial, A Record of the Trial of the Industrial Party, held in Moscow NovemberDecember, 1930 (New York, Workers Library Publishers, 1931). This record also contains the details of the plan of attack on the USSR and testimony regarding the various negotiations carried on by Ramzin and others with French, British and German political and industrial personalities.

13. O anúncio foi: «Trago-vos a notícia de que o Estado-Maior francês formou uma comissão especial, chefiada pelo coronel Joinville, para organizar o ataque contra a União Soviética!».
«O Coronel Joinville havia anteriormente comandado o exército francês de intervenção na Sibéria em 1918. Na época da reunião do Torgprom em Paris, o Estado-Maior francês incluía Foch, Petain e Weygand. Foch morreu em 1929; o seu ajudante René L'Hopital, tornou-se posteriormente presidente do notório Comité Franco-Alemão, fundado em fins de 1935 pelo agente nazi Otto Abetz, para divulgar a propaganda nazi e anti-soviética na França.»
The announcement was: “I bring you the news that the French General Staff has formed a special commission, headed by Colonel Joinville, to organize the attack against the Soviet Union!”
“Colonel Joinville had formerly commanded the French army of intervention in Siberia in 1918. At the time of the Torgprom meeting in Paris, the French General Staff included Foch, Petain, and Weygand. Foch died in 1929; his personal adjutant, René L’Hopital, subsequently became President of the notorious Comité Franco-Allemand founded at the end of 1935 by the Nazi agent Otto Abetz, to spread Nazi and anti-Soviet propaganda in France.”

14. De Sayers e Kahn: «Os factos relativos ao julgamento dos conspiradores do Partido Industrial no inverno de 1930 são retirados de relatos de jornais contemporâneos e do registo do julgamento publicado em Wreckers on Trial, op. cit.
O testemunho do julgamento menchevique, em março de 1931, está registado em The Menshevik Trial (New York, Workers Library Publishers, 1931).
Uma colecção de declarações contemporâneas sobre o julgamento menchevique de emigrados mencheviques russos e seus associados na Segunda Internacional é apresentada no panfleto The Moscow Trial and the Labour and Socialist International (London, The Labour Party, 1931); este panfleto inclui um artigo de Raphael Abramovitch intitulado "My Journey to Moscow", no qual ele nega algumas das acusações feitas contra ele no julgamento, mas admite a existência de um aparelho menchevique conspiratório secreto na Rússia soviética.
Um registo literal do julgamento dos engenheiros Vickers em Abril de 1933 é dado no Trial of the Vickers Engineers: Official Verbatim Report: Proceedings of Special Session of the Supreme Court of the U.S.S.R. in Moscow, April 12-19, 1933, três volumes (Moscovo, Editora da Lei do Estado, 1933).
Um relato muito interessante e sincero das discussões entre o embaixador britânico na Rússia, Sir Esmond Ovey, e o comissário soviético de Relações Exteriores, Maxim Litvinov, a respeito da prisão e julgamento dos engenheiros Vickers pode ser encontrado no Red Paper emitido em Moscovo pelo governo soviético em 16 de Abril de 1933. A versão do próprio Allan Monkhouse dz sua prisão e julgamento pelo governo soviético está contida no seu livro Moscow, 1911-1933 (Boston, Little, Brown and Company, 1934).
Um relato breve, mas abrangente, da reacção da imprensa britânica ao julgamento dos engenheiros Vickers pode ser encontrado em The Press and the Moscow Trial, de Maurice Dobb (London, Friends of the Soviet Union, 1933).
From Sayers and Kahn: “The facts regarding the trial of the Industrial Party conspirators in the winter of 1930 are taken from contemporary newspaper accounts and from the record of the trial as published in Wreckers on Trial, op. cit..
Testimony from the Menshevik Trial in March 1931 is recorded in The Menshevik Trial (New York, Workers Library Publishers, 1931).
A collection of contemporary statements regarding the Menshevik trial by émigré Russian Mensheviks and their associates in the Second International is presented in the pamphlet The Moscow Trial and the Labour and Socialist International (London, The Labour Party, 1931); this pamphlet includes an article by Raphael Abramovitch entitled ”My Journey to Moscow,” in which he denies certain of the accusations made against him at the trial but admits the existence of a secret conspiratorial Menshevik apparatus in Soviet  Russia.
A verbatim record of the trial of the Vickers engineers in April 1933 is given in the Trial of the Vickers Engineers: Official Verbatim Report: Proceedings of Special Session of the Supreme Court of the U.S.S.R. in Moscow, April 12-19, 1933, three volumes (Moscow, State Law Publishing House, 1933).
A very interesting and outspoken account of the discussions between the British Ambassador to Russia, Sir Esmond Ovey, and the Soviet Commissar of Foreign Affairs, Maxim Litvinov, regarding the arrest and trial of the Vickers engineers may be found in the Red Paper issued in Moscow by the Soviet Government on April 16, 1933. Allan Monkhouse’s own version of his arrest and trial by the Soviet Government is contained in his book Moscow, 19111933 (Boston, Little, Brown and Company, 1934).
A brief but comprehensive account of the reaction of the British press to the trial of the Vickers engineers can be found in Maurice Dobb’s The Press and the Moscow Trial (London, Friends of the Soviet Union, 1933).


15. «Dois dias após a conclusão do julgamento, o professor Ramzin e os outros quatro réus que haviam sido condenados à morte pediram um indulto ao Supremo Tribunal Soviético. O tribunal concedeu a petição e comutou as sentenças de morte para sentenças de dez anos de prisão, alegando que Ramzin e seus colegas haviam sido as ferramentas dos conspiradores reais que estavam fora da União Soviética. Nos anos que se seguiram ao julgamento, o professor Ramzin, a quem todas as oportunidades foram concedidas pelas autoridades soviéticas para novos trabalhos científicos, tornou-se completamente conquistado pelo modo de vida soviético e começou a fazer contribuições valiosas para o programa industrial da URSS. Em Julho de 1943, o professor Ramzin recebeu a Ordem de Lenine e o Prémio Iosip Estaline de US$ 30.000 pela invenção de um turbo-gerador simplificado, considerado melhor que qualquer outro no mundo. Por decreto emitido pelo Kremlin, o turbo-gerador tem o nome do inventor».
“Two days after the completion of the trial, Professor Ramzin and the four other defendants who had been sentenced to death petitioned the Soviet Supreme Court for a reprieve. The court granted the petition and commuted the sentences of death to sentences of ten years’ impris-onment on the grounds that Ramzin and his colleagues had been the tools of the real conspirators who were outside the Soviet Union. In the years following the trial, Professor Ramzin, who was granted every opportunity by the Soviet authorities for new scientific work, became completely won over to the Soviet way of life and began making valuable contributions to the industrial program of the U.S.S.R. On July 7, 1943, Professor Ramzin was awarded the Order of Lenin and the Joseph Stalin Prize of $30,000 for the invention of a simplified turbo-generator, said to be better than any other in the world. Under a decree issued by the Kremlin, the turbo-generator bears the inventor’s name.”