Na Palestina
decorre mais uma operação de agressão fascista das forças armadas israelitas.
Começou por bombardeamentos e agora é já uma invasão terrestre. O PM israelita
de extrema-direita Netanyahu já disse que estão prontos «para tomar toda a
faixa de Gaza». Revelou o que sempre quis.
A actual
agressão deu-se a pretexto do sequestro seguido de assassínio de três colonos
adolescentes por um grupelho de marginais na Cisjordânia. Apesar da zona não
ser controlada pelo Hamas e do Hamas negar o envolvimento, isso não serviu de
nada. Vários factos são suspeitos: o imediato atribuir de culpas ao Hamas sem
quaisquer provas; o estilo amador como foi conduzido o sequestro, cujos erros,
conforme referido por vários comentadores, teriam acabado por causar o assassinato;
o facto de os serviços secretos israelitas saberem, poucas horas a seguir ao
sequestro, que os raptados estavam mortos; apesar disso, a campanha nos media «Tragam de volta os nossos rapazes»
continuou durante semanas para incitar à agressão; a forma como foi lançado o
ataque (logística e escalonamento) aponta para que o plano da agressão já tinha
sido elaborado, só faltando a provocação final para convencer a «opinião
pública». Agressão de uma crueldade e brutalidade inteiramente
desproporcionadas, na faixa de Gaza e não na Cisjordânia.
As pressões
internacionais tinham recentemente levado a retomar (mais uma vez!) as
conversações de paz. Já perdemos a conta a quantas houve desde que em 1948 a
ONU decidiu que na antiga Palestina nasceriam dois Estados. O Estado de Israel
nasceu. Nasceu com o apoio dos judeus ricos da América. Nasceu para ser o cão
de fila dos interesses imperialistas, guardando os poços de petróleo do Médio
Oriente. Com a complacência benevolente dos Estados árabes reaccionários onde o
capital é quem mais ordena, como a Arábia Saudita, Oman, Emiratos do golfo
pérsico e o Egipto de Sadat e Mubarak. Nasceu à custa de massacres de vítimas
indefesas, como as de Deir Yassin e de Jennin. Com todas as marcas de
atrocidade próprias dos genocídios. Atrocidades (p. ex., em Deir Yassin os
soldados-terroristas judeus cortaram abdómenes de mulheres grávidas e
massacraram bebés nas mãos das mães) e crimes de guerra que vitimaram centenas
de palestinos. Crimes que continuam impunes. Uma contabilização muito por baixo
das vítimas de 1947-48 (não tem em conta todos os massacres, que foram
inúmeros) consta na tabela abaixo:
Os 702
palestinos aqui contabilizados foram massacrados para
que
Israel nascesse.
Local do massacre
|
Data
|
Mortos
|
Yehida
|
13/12/1947
|
31
|
Khisas
|
18/12/1947
|
10
|
Qazaza
|
19/12/1947
|
5
|
Al-Sheikh
|
1/1/1948
|
40
|
Deir Yassin
|
9-10/4/1948
|
107
|
Naser Al-Din
|
13-14/4/1948
|
50
|
Beit Daras
|
21/5/1948
|
50
|
Dahmash Mosque
|
11/7/ 1948
|
350
|
Dawayma
|
29/10/1948
|
90
|
TOTAL
|
-
|
702
|
Fontes: http://www.radioislam.org/islam/english/toread/massac2.htm
e wikipedia.
Israel
nasceu como Estado Sionista (o sionismo é a versão racista do nacionalismo
judeu) com discriminação racista contra os seus cidadãos árabes, obrigados a
passes e controlos de passagem como os negros o eram no regime do apartheid da
África do Sul, e inclusive racismo entre as várias estirpes de proveniência dos
judeus (sefarditas, askenazi, oriundos da Etiópia, oriundos da Somália, etc.).
Num documentário que vimos num canal de TV holandês, sobre os controlos de
passagem a que os israelitas obrigam os seus cidadãos árabes, um soldado
israelita, entrevistado sobre a necessidade dos passes para os árabes,
comentava que os palestinos eram como os macacos.
Um mito
muito divulgado pelos sionistas e seus apoiantes (em particular, os
imperialistas britânicos e ianques), que encontra eco nos meios de comunicação
portugueses, é que os israelitas não faziam(em) mais do que defender-se.
Totalmente falso. Os massacres decorreram de ataques premeditados e bem
preparados a vítimas indefesas. Até fontes imperialistas reconhecem isso. Uma
grande parte das vítimas era mulheres e crianças. Estes massacres de 1947-48
espalharam o terror na população e levaram à diáspora palestina para os países
limítrofes (Jordânia, Líbano, Síria, Egipto). Como consequência da preparação e
do factor surpresa dos ataques o número de baixas israelitas foi extremamente
reduzido. Por exemplo, no massacre de Deir Yassin morreram, segundo a wikipedia, apenas 4 judeus: 1
judeu para 27 palestinos.
Assim,
nasceu o Estado de Israel. O Estado da Palestina que estava previsto
nascer nunca nasceu. As conversações e cimeiras sucederam-se sem
resolver este problema básico: dar à nação palestina o seu Estado, conforme a resolução
da ONU de 1948. As autoridades sionistas sempre usaram um jogo duplo: por um
lado, como propaganda em declarações à imprensa, mostravam-se de quando em
quando disponíveis para o diálogo; por outro lado, arranjavam sempre desculpas
para protelar encontros e decisões recorrendo sistematicamente a provocações.
As provocações israelitas eram e são de vários estilos. O mais comum é este:
constroem colonatos ilegais, os palestinos obviamente revoltam-se por se verem
espoliados dos seus terrenos e casas, recebem os espoliadores à pedrada, e os
israelitas respondem às pedras com tiros a matar e apressam-se a afivelar a
máscara de vítimas dizendo que têm de adiar as conversações porque os árabes
«querem destruir o Estado de Israel». É certo que existem grupelhos palestinos
que têm cometido actos terroristas. Mas isso é um fenómeno esporádico e de
pequena dimensão. O que não quer dizer que não lamentemos as vítimas e não
repudiemos o terrorismo contra civis em todas as suas formas. Além disso,
deve-se ter em conta que Israel também tem os seus grupelhos terroristas. Ainda
agora, no início desta «crise de Gaza», três extremistas judeus raptaram um
adolescente palestino de 16 anos, Mohammed Abu Khdeir, e mataram-no
incendiando-o vivo (noticiado em alguns meios de comunicação, incluindo o The
Guardian e, parcialmente, o jornal israelita Haaretz). Portanto, ao contrário do
que os meios mais alinhados com o imperialismo pretendem fazer crer – e aqui incluímos claramente os jornais
portugueses DN, JN, CM e Público, bem como todos os canais de TV portugueses
– o terrorismo não é um exclusivo dos palestinos. Desde o nascimento de Israel
que ficou claro e comprovado por factos que terroristas é coisa que não falta
entre os sionistas.
A propósito
de «colonatos». Há certas palavras tão badaladas que aos mais distraídos
parecem ter-se tornado inócuas. Mas, afinal, colonatos são a expressão do colonialismo. Se há colonatos quer
dizer que há colonos; colonos que ocupam as terras dos «selvagens»; neste caso,
dos palestinos. Ora, a ONU, na sua resolução 1514 (XV) de 14 de
Dezembro de 1960 (Declaration on the Granting of Independence
to Colonial Countries and
Peoples) condenou o colonialismo. Apesar disso, aí estão os EUA, a UE e os
Ban-Ki-Moons sempre a dar pancadinhas de encorajamento nas costas dos Sharons,
Olmerts e Netanyahus. Quando têm alguma frase de desagrado ela soa no género
«seus mauzinhos! Não deviam fazer isso...», mas os israelitas já há muito sabem
o que significam tais frases de desagrado e fica tudo na mesma porque o
dinheiro e os interesses imperiais falam mais alto. Isto é, na mesma não fica.
Apesar das muitas condenações que são meros exercícios de retórica, a
espoliação de casas e terras para os colonos continua.
O Estado da Palestina não nasceu. Não nasceu porque, além de isso ser
contrário aos interesses dos sionistas que querem reconstituir o «Grande
Israel», um Estado Palestino de alguma forma servindo de tampão e empecilho às
incursões punitivas dos sionistas na região (Líbano, Síria, Jordânia, Egipto)
não interessa aos imperialistas. (Nada de impedir Israel de punir quem deseja
libertar-se da garra dos imperialistas!) Por isso mesmo passam sempre uma
esponja por cima dos massacres, provocações e tácticas dilatórias dos
sionistas.
No início do artigo, dissemos: «mais uma operação de agressão fascista das forças armadas israelitas».
E, se calhar, há leitores que pensarão: «Lá está este fulano a exagerar. Então
não se está mesmo a ver que Israel é um Estado democrático?» Impõe-se aqui uma
justificação, já que procuramos sempre não afirmar nada que não tenha sido
devidamente pensado e ponderado; podemos, obviamente, falhar nessa intenção e estamos
sempre prontos a aceitar correcções fundamentadas. Passemos à justificação.
Devemos,
primeiro que tudo, ter em conta que a actual época histórica é bem diferente da
dos fascismos de Mussolini, Hitler, Franco e Salazar. Não existe uma URSS
forte, com uma economia socialista, apoiando (apesar de vários erros) as lutas
dos trabalhadores em todo o mundo e revoluções socialistas como as de Cuba,
China e Vietname. O capitalismo neoliberal e cada vez mais reaccionário dos EUA
(já pensaram bem no que Obama prometia e no que fez e está a fazer?) e seus
aliados permite facilmente a existência de algo que era impensável no tempo de
Mussolini e Hitler: Estados pluripartidários, com eleições parlamentares, mas
com continuadas políticas essencialmente fascistas, que esmagaram brutalmente
os direitos dos trabalhadores, que possuem meios de controlar qualquer embrião
de dissidência a nível global (lembremo-nos do sistema PRISMA do NSA revelado
por Snowden e outros) tomando medidas preventivas e preemptivas, que controlam
os maiores meios de comunicação social formatando o pensamento dominante nas
populações, e que têm vindo a cultivar o racismo e a xenofobia como forma de
lançar trabalhadores contra trabalhadores, nações contra nações. E fazem tudo
isto sem, para já, grande oposição por parte dos trabalhadores, porque estes
estão divididos, confundidos, a maioria crente de que «não há alternativa», e
sem liderança à altura da situação por parte de partidos operários e comunistas
(onde se instalou o rotineirismo e a debilidade e fossilização ideológicas).
Ora, se o esclarecimento, liderança e capacidade de luta dos trabalhadores são
reduzidos, é claro que o grande capital pode passar sem o totalitarismo de
Hitleres para os controlar, conduzindo, apesar de tudo, políticas do mesmo
cunho.
A actual «passividade» portuguesa é o reflexo desta
divisão, confusão, crença de que o capitalismo é inelutável, debilidade
ideológica e de actuação da esquerda consequente. Exemplos de Estados actuais,
pluripartidários e com «democracia parlamentar» mas essencialmente fascistas:
Ucrânia (governado pelos fascistas do Sector Direito que inclusive já
ilegalizou o partido comunista), Geórgia, Moldóvia, Hungria, Colômbia. Outros
Estados oscilam entre políticas abertamente fascistas e outras mais
tradicionais da «direita democrática». É o caso de Israel. O Likud, partido de
Netanyhu, é o partido que mais tem dominado a política de Israel (com breves
interregnos da direita trabalhista) e que se declara neo-sionista e nacional-liberal.
No fundo o que isto quer dizer é que está ao serviço do capital mais
reaccionário (nacional-liberal) e de que quer ocupar as terras palestinianas de
Gaza, Judeia e Samaria (pedra chave da ideologia neo-sionista) supostamente por
razões religiosas (!). Hitler também era nacional-socialista e queria ocupar
o leste europeu porque os alemães precisavam de «espaço vital». Quer seja por
«espaço vital» quer seja por «motivos religiosos» vai dar ao mesmo: trata-se de
uma simples pretexto para justificar uma política de rapina.
Tal como Hitler precisou de provocações para «justificar» e iniciar guerras
de agressão há muito planeadas, também Netanyahu age da mesma forma. A actual agressão
a Gaza começou com o sequestro de um judeu e rapidamente escalou para um ataque
frontal à faixa de Gaza com o uso desproporcionado de força, conforme referido
por alguns meios de comunicação e pela ONU. Note-se que entre a população árabe
também há elementos venais prontos a colaborar com os serviços secretos israelitas
na montagem de provocações.
Parece-nos
que está assim justificada a nossa afirmação de «agressão fascista».
Os
israelitas têm também procurado justificar os seus ataques como necessários
para destruir as bases de mísseis do Hamas (partido filiado na Irmandade
Muçulmana, que tem a seu favor lutar pela auto-determinação palestina, mas a
desfavor o seu obscurantismo religioso e, no passado, actos terroristas).
Todavia, neste último ataque não foi o Hamas a iniciar ataques com mísseis. Mísseis,
aliás, que têm provado ser muito ineficazes face aos meios de que dispõe Israel
de os detectar e abater.
Muitos
comentadores ligados ao governo de Israel também tocam muito na tecla de que o
Hamas não reconhece Israel. O Hamas responde, e com razão, como é que pode
reconhecer um Estado que só os oprime e lhes nega o direito à existência. Não
nos esqueçamos que, como disse alguém, a faixa de Gaza é como o ghetto de
Varsóvia, com Israel a proibir todos os movimentos para fora da faixa e inclusive
a interditar o seu abastecimento em bens de primeira necessidade! Alimentos,
medicamentos e outros bens só através de túneis que comunicam com o Egipto. Os
1,8 milhões de habitantes de Gaza suportam todos os dias uma vida de desespero,
cativos e cercados por um poder militar brutal, sob constantes incursões
arbitrárias de soldados, tanques e aviões que atiram a matar. Quando José
Saramago em visita à Palestina comparou a faixa de Gaza ao campo de
concentração de Auschwitz, estava, em muitos sentidos, dentro da razão.
*
* *
Na agressão
injustificada à faixa de Gaza em 2008 morreram 1400 palestinos (5000 ficaram
feridos), a maioria dos quais civis, mulheres e crianças. Israel usou armas
proibidas incluindo armas de fósforo. Dos israelitas morreram 13 (4 por fogo
amigo).
Na agressão
injustificada à faixa de Gaza em 2012 morreram 133 palestinos e 3 israelitas.
Os media ocidentais falaram até à exaustão
sobre o soldado israelita Gilad Shalit sequestrado pelo Hamas e que veio a ser
libertado e de boa saúde durante uma troca de prisioneiros. Mas não falam das
1500 crianças palestinianas mortas pelos sionistas desde 2000.
Segundo um
relatório da ONU (United Nations Office
for the Co-ordination of Humanitarian Affairs, http://www.ochaopt.org/documents/CAS_Aug07.pdf
) de 2000 até 2007 tinham morrido 4228 palestinos e 1024 israelitas, dos quais
855 crianças palestinas e 116 israelitas.
No actual
ataque de Israel a Gaza, que já mereceu um levantamento de inquérito da ONU por
suspeitas de crimes de guerra dos israelitas, o balanço das vítimas em 19 de
Julho é este: 299 mortos palestinos, 13 israelitas. Dos 299 palestinos 60 são
crianças.
Para nós,
todos os mortos inocentes, sejam palestinos ou israelitas, são de lamentar. Mas
é óbvio que, dentro do lamento geral, não podemos perder de vista a diferença
entre os que morreram e não tiveram culpa nenhuma disso (como civis e, acima de
tudo, as crianças) que é o caso da esmagadora maioria das vítimas palestinas, e
os participantes directos nos massacres, que é o caso dos soldados israelitas.
Também não
podemos perder de vista a desproporção dos números. Cada morto é de lamentar,
mas 100 mortos são 100 vezes mais de lamentar que um morto.
Por isso mesmo aqui
registamos a nossa indignação perante o jornalismo imoral dos países
ocidentais, incluindo o dos media portugueses acima citados – DN, JN, CM,
Público, canais de TV --, que martelam até à exaustão a morte de, por exemplo,
uma criança israelita, mas remetem ao silêncio ou trivializam como simples
estatística a morte de milhares de crianças palestinas.
Quando
manifestavávamos esta nossa indignação a um médico cujo nome esquecemos, dizia-nos ele
que se tratava de uma doença. A maior parte dos jornalistas ocidentais que
trabalham ao serviço do capital contraem uma doença conhecida por megaritmostiflose, a cegueira aos
grandes números...
*
* *
Na manhã de
29 de Novembro de 1864 as forças do Coronel John Chivington, pregador
metodista, atacaram de surpresa a aldeia cheyenne de Sand Creek. A aldeia era
legal, obedecendo ao Tratado de Fort Wise. No tipi do chefe cheyenne, que
defendia uma convivência pacífica, estava até hasteada a bandeira dos EUA! Mas,
recentemente, tinha sido encontrado ouro nas Montanhas Rochosas, perto do
acampamento índio... O religioso Chivington disse então: «Maldito seja quem
simpatize com os índios!... Eu vim para matar índios e acredito que é justo e
honroso usar quaisquer meios sob o céu do Senhor para matar índios... Matem-nos
e escalpem-nos, grandes e pequenos; as lêndeas criam piolhos.»
Não
esqueçamos que no Oeste americano a palavra de ordem era: «um bom índio é um índio morto».
Na noite de
28 de Novembro os 700 soldados de infantaria e cavalaria tinham bebido até à
embriaguez, para ganhar «coragem» e festejar antecipadamente a vitória. Na manhã
de 29 os guerreiros não estavam na aldeia, tinham ido caçar búfalos. Só estavam
pouco mais de 130 índios, velhos, mulheres e crianças. Foram quase todos
massacrados. Mais tarde, os seguintes testemunhos foram ouvidos no Congresso:
«Vi corpos jazendo cortados aos pedaços [...] mulheres cortadas aos pedaços...
com facas, escalpadas; com os cérebros para fora; crianças de dois e três
meses»; «dedos e orelhas eram cortados dos corpos para tirar as jóias. O corpo
de Antílope Branco [...] foi o alvo principal. Além de o escalparem
cortaram-lhe o nariz, as orelhas e os testículos – neste caso para fazer um
saquinho para o tabaco»
Morreram 133 índios, 105 dos quais
mulheres e crianças. Das forças de Chivington morreram 24, muitos por fogo amigo devido ao estado de bebedeira.
Uns dias mais tarde, em 17 de Dezembro, começava assim a notícia do massacre
de Sand Creek no jornal Rocky Mountain News: «Entre os brilhantes feitos
de armas das guerras com os índios a recente campanha dos voluntários do
Colorado figurará na história com poucas que rivalizem, e nenhuma que a exceda
nos resultados finais.»
Atentemos: 133 índios mortos para apenas 24 baixas dos voluntários de
Chivington. Então não é um resultado final excelente?
*
* *