Venezuela: Declaration of the Cuban
Government
Pelo seu interesse,
divulgamos abaixo um artigo
da AbrilAbril sobre um comunicado do governo de Cuba acerca do ataque dos
EUA ao sistema de distribuição de energia eléctrica da Venezuela.
Given
its interest, we divulge below an AbrilAbril
article regarding a communiqué of the Cuban government concerning the US
attack on Venezuela's electricity distribution system.
Cuba condena «sabotagem terrorista»
contra a Venezuela e mentiras de Bolton
AbrilAbril,
12 de Março de 2019
Cuba
condemns “terrorist sabotage” against Venezuela and Bolton’s lies
AbrilAbril, March 12, 2019
O governo cubano
condena veementemente o ataque, que visa «prejudicar a população indefesa de
todo um país, para a utilizar como refém na guerra não convencional
desencadeada pelos EUA».
Num comunicado emitido
ontem, publicado no portal CubaDebate, as autoridades da maior das ilhas Antilhas
lembram que se trata de «uma acção que priva a população de um serviço básico
fundamental, deixa hospitais sem energia necessária para operar, interrompe
outros serviços básicos indispensáveis à vida quotidiana, como a alimentação,
o abastecimento de água, o transporte, as comunicações, a segurança pública,
o comércio, as transacções bancárias e o pagamento com cartões; afecta o
trabalho em geral e impede o funcionamento das escolas e universidades».
O ataque vem juntar-se «à
implacável guerra económica e financeira à qual a Venezuela está sujeita, com
o propósito claro de derrotar por carências e privações a vontade política e
soberana de um povo que não se deixou vergar».
O texto nota ainda que
se trata de «uma escalada na guerra não convencional liderada pela
administração dos Estados Unidos» contra a Venezuela, que se desenvolve na
sequência do «fracasso da provocação montada em 23 de Fevereiro último, com a
tentativa de fazer entrar à força uma suposta ajuda humanitária na Venezuela,
desafiando as autoridades legítimas do país, em violação do Direito
Internacional e das normas e princípios da Carta das Nações Unidas, com o
objectivo de provocar mortes e violência em grande escala, como pretexto para
uma "intervenção humanitária"».
«A experiência da
história de Cuba e de outros países da região mostra que estas acções são o
prelúdio de acções violentas de maior envergadura, como a invasão armada pela
Baía dos Porcos, em 1961. A comunidade internacional tem exemplos suficientes
para estar de sobreaviso», alerta o governo cubano, lembrando que «o
usurpador e autoproclamado "presidente" [Juan Guaidó]», na viagem
que fez pela América do Sul, pediu a certos governos «apoio para uma
intervenção militar no seu país».
Campanha de mentiras coordenada por Bolton,
«mentiroso de longa data»
«A ofensiva contra a
Venezuela é acompanhada por uma feroz campanha de propaganda macarthista e
mentiras, coordenada pelo Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John
Bolton, […] activamente acompanhada pelo senador anticubano Marco Rubio, que,
recorrendo freneticamente às redes sociais, evidencia a sua atenção e
envolvimento pessoal e conspirativo nas manobras contra a Venezuela», denuncia
o texto.
Entre as afirmações
«mais persistentes e desavergonhadas está a calúnia de que Cuba tem
"entre 20 e 25 mil militares na Venezuela"», uma «mentira» que o
governo de Cuba rejeita de forma categórica, da mesma forma que rechaça
qualquer insinuação de que «existe algum grau de subordinação política da
Venezuela a Cuba ou de Cuba à Venezuela».
A este propósito, as
autoridades cubanas denunciam que «John Bolton é um mentiroso reconhecido,
com credenciais de longa data», lembrando que, em 2002, acusou o país
caribenho de ter um programa de desenvolvimento de armas biológicas – uma
«falácia» que foi negada pelo seu chefe, Colin Powell, e pelo ex-presidente
norte-americano James Carter – e que, em 2003, foi um dos promotores da
«mentira de que o governo do Iraque possuía armas de destruição em massa».
«Compromisso comum bolivariano e martiano,
fidelista e chavista»
As relações bilaterais
entre Cuba e a Venezuela assentam «no respeito mútuo, na verdadeira
solidariedade, no compromisso comum bolivariano e martiano, fidelista e
chavista com a integração da "Nossa América", independente e
soberana», bem como no «desejo de praticar a cooperação complementar entre os
povos do Sul e no esforço de aplicar e defender a Proclamação da América
Latina e das Caraíbas como Zona de Paz», destaca o texto.
Quando Bolton, outros
políticos e funcionários da administração dos EUA afirmam que Cuba participa
nas operações da Força Armada Nacional Bolivariana ou nos serviços de
segurança, «mentem deliberamente, pois têm dados e informações suficientes, e
sabem a verdade», denuncia o governo cubano. «É totalmente falso», insiste,
acrescentando que «Cuba não intervém nos assuntos internos da Venezuela, tal
como a Venezuela não intervém nos de Cuba».
Nos projectos do Acordo
Integral de Cooperação assinado entre os dois países, participam mais de 20
mil cubanos, na maioria mulheres, 96% dos quais envolvidos na prestação de
serviços de saúde à população, enquanto outros trabalham em sectores como
educação, cultura, desporto e agricultura e alimentação.
«Ao contrário dos
Estados Unidos, que têm cerca de 80 bases militares na América Latina e nas
Caraíbas – incluindo a que usurpa o território cubano em Guantánamo – e cerca
de 800 no planeta, com mais de 250 mil soldados, Cuba não tem nenhuma em
nenhum país, nem especialistas em tortura e repressão policial, nem prisões
secretas, nem forças navais ou aéreas a rondar as costas e o espaço aéreo
imediato de estados soberanos, nem satélites a observar cada detalhe»,
declara o governo de Cuba.
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The
Cuban government strongly condemns the attack, which aims to "harm the
defenceless population of a whole country, using it as a hostage in the
unconventional war unleashed by the United States."
In
a communiqué issued on the site CubaDebate, the authorities of
the largest island of the Antilles draw attention that it is "an action
depriving the population of a basic and fundamental service, which leaves
hospitals with no energy needed to operate, interrupts other essential
services indispensable to daily life such as food supplies, water supply,
transports, communications, public security, commerce, bank transaction and
card payment; it affects work in general and impedes the functioning of
schools and universities.”
The
attack is a follow-up "to the relentless economic and financial warfare
to which Venezuela is being subject, with the clear purpose of defeating by shortages
and deprivation the political and sovereign will of a people who refused to bowing
down."
The
text also notes that it is "an escalation in the unconventional war led
by the United States administration" against Venezuela, which is unfolding
following the "failure of the provocation mounted on last February 23,
with the attempt to force a supposed humanitarian aid in Venezuela,
challenging the country's legitimate authorities in violation of
international law and the norms and principles of the United Nations Charter,
with the aim of provoking large-scale killings and violence as a pretext for
a ‘humanitarian intervention‘."
"The
experience of the history of Cuba and of other countries in the region shows
that such actions are the prelude to violent actions of greater magnitude,
such as the 1964 invasion of Pigs Bay. The international community has enough
examples to be on the alert", warns the Cuban government, noting that
"the usurper and self-proclaimed" president "[Juan Guaidó], in
his trip to South America, asked certain governments "support for a
military intervention in his country."
A campaign of lies coordinated by
Bolton, a “long-standing liar”
"The
offensive against Venezuela is accompanied by a ferocious campaign of mccarthyist
propaganda and of lies, coordinated by US National Security Adviser John
Bolton, [...] actively accompanied by anti-Cuba Senator Marco Rubio, who,
frantically resorting to social networks, reveals his attention and personal
and conspiratorial involvement in the manoeuvres against Venezuela",
denounces the text.
Among
the “most persistent and shameless” statements “is the slander that Cuba has ‘between
20,000 and 25,000 military personnel in Venezuela’," a "lie"
that the Cuban government categorically rejects, just as it rejects any hint
that "there is some degree of political subordination from Venezuela to
Cuba or from Cuba to Venezuela."
In
this regard, the Cuban authorities denounce that "John Bolton is a
recognized liar with long standing credentials", recalling that in 2002
he accused the Caribbean country of having a development program of biological
weapons -- a "fallacy" that was denied by his boss, Colin Powell,
and former US President James Carter -- and that in 2003 he was one of the
promoters of the "lie that the Iraqi government possessed weapons of
mass destruction."
«A Bolivarian and Martian,
Fidelist and Chavist common commitment»
The
test underlines that the bilateral relations between Cuba and Venezuela are
based on "mutual respect, true solidarity, in the common Bolivarian and
Martian, Fidelist and Chavist commitment to the integration of ‘Our America’,
independent and sovereign", as well as "the desire to practice
complementary cooperation between the peoples of the South and in the effort
to implement and defend the Proclamation of Latin America and the Caribbean
as a Zone of Peace."
When
Bolton, other politicians and officials of the US administration say that
Cuba participates in the operations of the Bolivarian National Armed Forces
or in the security services "they lie deliberately, because they have
enough data and information, and they know the truth", denounces the
Cuban government. "It is totally false," it insists, adding that
"Cuba does not intervene in the internal affairs of Venezuela, just as
Venezuela does not intervene in those of Cuba."
In
the projects of the Comprehensive Cooperation Agreement signed between the
two countries participate more than 20,000 Cubans, mostly women, 96% of whom
are involved in providing health services to the population, while others
work in sectors such as education, culture, sport, agriculture and food.
"Unlike
the United States, which has about 80 military bases in Latin America and the
Caribbean -- including the one that usurps the Cuban territory of Guantanamo --
and around 800 on the planet, with more than 250,000 soldiers, Cuba has none
in no country, no specialists in torture and police repression, no secret
prisons, no naval or air forces roaming the coasts and the immediate airspace
of sovereign states, and no satellites to observing every detail," said
the Cuban government.
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