The Sociopaths and
their Followers (by José Goulão)
A AbrilAbril publicou ontem, 8 de Fevereiro, o artigo Os sociopatas e os seus seguidores da autoria do jornalista José Goulão.
Consideramo-lo o melhor artigo que lemos recentemente caracterizando de forma
incisiva a -- e usando os qualificativos certos da -- actual carreira
criminosa do imperialismo na Venezuela e no mundo.
No momento que
escrevemos lemos nos jornais que o criminoso Guaidó (dirigente de organização
envolvida em crimes que custaram a vida a mais de uma centena de pessoas,
algumas queimadas vivas), títere dos EUA, declarou – nas suas «funções» de
autoproclamado presidente! – que «admite autorizar a intervenção militar dos
EUA na Venezuela». Os «admite» e «autorizar» são preciosos! Eis como os EUA
se preparam para «legalizar» um acto criminoso!
Passamos a palavra a
José Goulão.
|
AbrilAbril posted yesterday, February 8, the
article Os sociopatas e os seus seguidores («The sociopaths
and their followers») by journalist José Goulão. We consider it the best
article we read recently by incisively characterizing the - and using the
correct qualifiers of the - current criminal career of imperialism in
Venezuela and the world.
At
the time of writing this we read in the newspapers that the criminal Guaidó (leader
of an organization involved in crimes that cost the lives of more than a
hundred people, some burned alive), the US marionette, declared - in his
"functions" of self-proclaimed president! – that he "admits to
authorizing US military intervention in Venezuela". The “admits” and “authorize”
are precious! This is how the US prepares to "legalize" a criminal
act!
We
give the voice to José Goulão.
|
Os
sociopatas e os seus seguidores
Para os países alinhados com Washington já não se trata apenas de violar
grosseiramente a democracia. Os governos que seguem de braço dado com a
administração Trump enveredaram pela carreira do crime.
José Goulão, 8 de Fevereiro de 2019
|
The Sociopaths and their Followers
For the countries aligned with
Washington, it is no longer just a matter of gross violation of democracy.
The governments that follow arm in arm with Trump’s administration have
embarked on a career in crime.
by José Goulão, February 8, 2019
|
Houve ocasiões – raras
– em que os principais governos da União Europeia se distanciaram do
comportamento boçal, truculento e neofascista da administração
norte-americana gerida por Donald Trump. É certo que as razões nem eram
louváveis, uma espécie de escrever direito por linhas tortas porque contrapor
à política de fortaleza comercial de Washington o neoliberalíssimo «comércio
livre» global, que serve meia dúzia de grandes conglomerados
económico-financeiros, não é propriamente um comportamento honroso.
Ainda assim, essa
situação foi suficiente para os que fazem política e comunicação navegando à
vista nas vagas do oportunismo situacionista tentarem fazer crer que entre
Washington e alguns dos principais aliados existiam saudáveis divergências,
recomendáveis pelo facto de «parecer mal» estarem associados aos desmandos
trumpistas.
Porém, o que tem de ser
tem muita força, a realidade impôs os factos, as máscaras caíram, o
globalismo ditou as suas leis, embora já periclitantes, e deixou de haver
lugar para disfarces.
A harmonia entre
Washington e os aliados restabeleceu-se quando foi preciso por mãos à obra e
cuidar do que interessa a quem manda: o domínio sobre as matérias-primas e a
vantagem militar planetária para, em última instância, assegurá-lo.
Bastou o aparecimento
de provas de que a superioridade militar da NATO e respectivas ramificações
pode estar em causa; eis que entra na ordem da actualidade uma disputa mais
cerrada pelas riquezas naturais do mundo – e logo a boçalidade e o desprezo
militante de Trump por qualquer coisa que tenha a ver com democracia e
direitos humanos deixaram de ser problema.
A harmonia chegou com os psicopatas
Esbateram-se os
limites, desapareceu a vergonha. Se o caminho mais eficaz para garantir a
sobrevivência do «nosso civilizado modo de vida» é o recurso à autocracia,
então que seja, desde que o discurso oficial assegure as melhores intenções
democráticas e humanistas.
Mesmo que a harmonia
entre a NATO e a gestão do Pentágono, a comunhão de ideais entre quem manda
na União Europeia e a administração de Washington se tenham restabelecido no
momento em que, depois de muitos tumultos e convulsões, a equipa que traça a
doutrina Trump seja agora um sólido núcleo de psicopatas.
John Bolton, o
conselheiro de Segurança Nacional do presidente; Michael Pompeo, o secretário
de Estado, por inerência o tutelar dos Negócios Estrangeiros; Michael Pence,
o vice-presidente, formam um triunvirato de fascistas com provas dadas em
carreiras onde o recurso ao terrorismo político, declarado ou clandestino,
nunca foi um problema.
Se lhes associarmos as
figuras de um comprovado assassino e fora-da-lei como Elliott Abrams, agora
escolhido como enviado especial para gerir o golpe na Venezuela; e de um
expoente da «supremacia branca» como Steve Bannon, que corre mundo unindo as
hordas fascistas, xenófobas, populistas e nacionalistas para manter a
pressão, de modo a que o neofascismo seja a solução e nunca um problema,
teremos um quinteto de psicopatas à altura de Trump, de tal modo que torna o
próprio presidente descartável.
Pois foi precisamente
na hora da estabilização do fascismo e da sociopatia como doutrina
norte-americana que a NATO e a União Europeia – com o governo de Portugal
fazendo questão de destacar-se – decidiram prestar-lhe vassalagem. Certamente
não foi para que o governo português encarreirasse na esteira do terrorismo
político e da guerra nuclear que os portugueses votaram. Para os devidos
efeitos e para memória futura registemos o desprezo assumido pela equipa de António
Costa em relação à democracia, aos direitos humanos, à paz e ao direito
internacional. Não existe outra interpretação possível do apoio ao golpe
contra a Venezuela; não há hipótese de concluir outra coisa do alinhamento
pleno com a NATO nos caminhos da guerra nuclear que estão a ser abertos por
Washington.
É terrorismo, não é democracia
Aquilo que está a
acontecer na Venezuela, e que tem proactivamente a mão do governo de
Portugal, é terrorismo, é tentação fascista, é jogar com a vida de milhões de
pessoas.
Não se trata apenas da
entronização como «presidente interino» de um arruaceiro que os Estados
Unidos treinam e pagam há 15 anos para servir como instrumento numa operação
de golpe de Estado. Juan Guaidó é um entre vários que se formaram numa escola
de terrorismo na Sérvia financiada pelos Estados Unidos, conhecida como
Otpor/CANVAS, para organizar «revoluções coloridas» e mudanças de regime em
geral, de que são exemplos casos como o da Ucrânia, Geórgia, Egipto, Líbia,
Síria, Honduras, Paraguai, Brasil.
E não se trata
igualmente do recurso ao pretexto das supostas «irregularidade» e
«ilegitimidade» das eleições presidenciais de Maio do ano passado, que
decorreram segundo normas democráticas comprovadas por entidades
independentes e de reconhecida idoneidade que acompanharam todo o processo.
Ao contrário do que fizeram, por exemplo, o secretário-geral da ONU, António
Guterres, e a alta comissária europeia, Federica Mogherini, que recusaram os
convites para serem ou enviarem observadores, partindo do princípio de que as
eleições seriam fraudulentas muito antes de se realizarem.
O que está
verdadeiramente em causa como consequência do comportamento das
personalidades, entidades e organizações que apoiam a estratégia de mudança
de regime montada pela equipa de psicopatas de Trump é a tragédia que paira
sobre todo o povo venezuelano – comunidade portuguesa obviamente incluída.
Uma tragédia anunciada,
uma vez que os promotores da operação tiveram o cuidado de não deixar margem
de recuo. A parada é alta e todo o processo foi montado de modo a que não
haja outra saída que não seja a destruição da Revolução Bolivariana,
sufragada em mais de uma vintena de consultas populares legítimas realizadas
durante os últimos 20 anos.
Solução: banho de sangue
Ora a capitulação do
governo de Nicolás Maduro – que não tem de se demitir ou de convocar eleições
porque a Constituição, a única lei pela qual responde, não o obriga – só pode
ser alcançada por estas vias: golpe militar interno, agressão estrangeira
directamente pelos Estados Unidos ou por procuração (Brasil, Colômbia e
Argentina estão prontos), ou colapso absoluto do Estado devido às sanções,
extorsão e roubo de que os bens do povo venezuelano são vítimas – a começar
pelas 31 toneladas de ouro de que entidades bancárias estrangeiras se
apropriaram abusivamente, também com responsabilidade do Banco Central
Europeu, para que conste.
Sejam quais forem os
caminhos seguidos pelos responsáveis do golpe, o resultado será um banho de
sangue com extensão imprevisível. Esse é o preço que Estados Unidos e aliados
estão dispostos a pagar para deitarem as mãos aos 300 mil milhões de barris
de petróleo venezuelano – as maiores reservas mundiais conhecidas – às
poderosas reservas de ouro, nióbio, tântalo e outros elementos e metais
preciosos.
Não há pretextos e
máscaras que sirvam para a ocasião. O que, através do golpe, os Estados
Unidos, a União Europeia e aliados puseram em andamento foi a compra que um
valiosíssimo lote de riquezas naturais e estratégicas pago com sangue humano,
na quantidade que for precisa. Afinal, tal como no Iraque, na Líbia, na Síria
ou Afeganistão.
O caminho para a guerra nuclear
A fuga para a frente
com o objectivo de garantir a sobrevivência do neoliberalismo, conduzida pelo
gang de tiranos sociopatas de Washington, não hesita, como se vê, perante a
repugnante e desumana traficância em curso na Venezuela.
Fuga essa que começa a
adquirir velocidade própria numa outra direcção até aqui vedada pelos mais
compreensíveis instintos de sobrevivência colectiva: a da guerra nuclear.
Não há outra leitura
para a decisão norte-americana de abandonar o Tratado de Armas de Médio
Alcance (INF), assinado há 30 anos pelos Estados Unidos e a União Soviética.
Não há outra leitura do
apoio a essa posição manifestado pela NATO e pelo sempre «bom aluno», o
governo de Portugal.
Os pretextos invocados
para o abandono do Tratado são falsos ou, no mínimo, desconhecidos. Nem os
Estados Unidos nem a NATO apresentaram, até ao momento, qualquer prova de que
a Rússia estaria a violar esse acordo. Em paralelo, também não se regista
qualquer interesse, tanto dos dirigentes norte-americanos como da NATO – e da
comunicação social com eles sintonizada – em aceitarem os convites de Moscovo
para visitarem os locais onde supostamente estariam a ser construídas as
armas que violam o Tratado.
Ao invés, a parte russa
já divulgou provas de que os Estados Unidos estão a produzir armas proibidas
pelo Tratado há pelo menos dois anos.
É objectivo dos Estados
Unidos instalar os novos mísseis em países europeus como a Itália, a Alemanha
e a Holanda, onde também está prevista a disponibilização de bombas nucleares
de nova geração.
Trata-se de engenhos
ditos de potência reduzida, isto é, com uma capacidade de destruição
calculada em metade ou mesmo menos dos largados sobre Hiroxima e Nagasaki.
Este facto tem ajudado a consolidar a tese perigosíssima segundo a qual as
novas bombas poderão ser utilizadas em conflitos limitados e sem provocarem
respostas equivalentes, o que as torna uma vantagem decisiva.
Torna-se evidente que o
recurso a essas bombas implica a existência de mísseis vocacionados para
transportá-las – e daí a quebra do Tratado INF.
Deduz-se, pois, que
pelas cabeças doentes e sanguinárias de figuras como Bolton – que pretende
enviar Maduro para Guantánamo – Pence e Pompeo passa, de facto, a ideia de
vir a utilizar essa nova combinação de mísseis de médio alcance com armas
nucleares de «potência reduzida» e tendo a Europa como um dos cenários de
operações. Pelo que os países europeus sintonizados com os tiranos sociopatas
de Washington não desprezam apenas a vida dos venezuelanos, mas também a dos
seus próprios povos.
Já não se trata apenas
de violar grosseiramente a democracia. Os governos que seguem de braço dado
com a administração Trump enveredaram pela carreira do crime.
|
There have been
occasions - rare occasion - when key EU governments distanced themselves from
the truculent, neo-fascist behavior of the US administration run by Donald
Trump. It is true that the reasons were not praiseworthy, a sort of writing
straight on tortuous lines, because countering Washington's policy of
commercial fortress with the neoliberal-issimo global "free trade,"
which serves half a dozen large economic and financial conglomerates, isn’t a
befittingly honorable behavior.
Still, that situation
was enough for those who do politics and media - sailing by sight on the
waves of situationist opportunism - to attempt making us believe that only
healthy disagreements stood between Washington and some of its main allies,
commendable disagreements for it "would look bad" to be associated
to the outrages of Trump-ism .
But «what has to be
has a lot of force», reality has imposed the facts, masks have fallen,
globalism has dictated its laws, shaky as they are already, and there is no
room for disguises.
The harmony between
Washington and the allies was restored when they had to get down to business
and take care of what matters to those in charge: mastery over raw materials
and military advantage at planetary scale in order to ultimately secure the
mastery.
It was enough the
surfacing evidence that military superiority of NATO and its shoots could be
at stake; already a tighter dispute over the natural riches of the world
entered the order of the day -- and immediately Trump's grossness and
militant hatred and contempt for anything that has to do with democracy and
human rights became no longer a problem.
Harmony has arrived with the psychopaths
The limits were
blurred, the shame disappeared. If the most effective way to ensure the
survival of “our civilized way of life” is to resort to autocracy, then let
it be - so long as official discourse asserts the best democratic and
humanistic intentions.
All this despite fact
that the harmony between NATO and the Pentagon's management and the communion
of ideals between those ruling the European Union and the administration of
Washington have been restored at a time when, subsequently to many turmoil
and convulsions, the team delineating Trump’s doctrine stands now as a solid kernel
of psychopaths.
John Bolton, the
President's National Security Adviser; Michael Pompeo, the Secretary of
State, with inherent tutelage of Foreign Affairs; and Michael Pence, the vice
president, form a triumvirate of fascists with field proven careers where
recourse to political terrorism, whether declared or clandestine, has never
been a problem.
If we associate to
them the figures of a proven assassin and outlaw like Elliott Abrams, now
chosen as special envoy to manage the coup in Venezuela; and an exponent of
"white supremacy" like Steve Bannon, who runs the world assembling
the fascist, xenophobic, populist and nationalist hordes to keep the pressure
on, so that neofascism is the solution and never a problem, we have a quintet
of psychopaths at the scale of Trump, in such a way that makes the president
himself disposable.
And it was precisely
at the time of stabilization of fascism and sociopathy as American doctrine
that NATO and the European Union -- with the government of Portugal insisting
on standing under the spotlight -- decided to pledge allegiance. The Portuguese
people have certainly not voted for the Portuguese government to step in the
wake of political terrorism and nuclear war. For the due purposes and for
future memory let us take note of the contempt assumed by the team of António
Costa [Portuguese PM] in relation to democracy, human rights, peace and
international law. There is no other possible interpretation of the support
for the coup against Venezuela; no other conclusion can be drawn from the full
alignment with NATO on the paths of nuclear war being opened by Washington.
It's terrorism, it's not democracy
What is happening in
Venezuela, proactively endorsed by the government of Portugal, is terrorism,
is fascist temptation, and gambling with the lives of millions of people.
It is not just the
enthronement as "interim president" of a brawler who the United
States has trained and paid for 15 years to serve as an instrument in a coup
operation. Juan Guaidó is one of several who graduated from a terrorist
school in Serbia, funded by the United States and known as Otpor/ CANVAS, to
organize "colour revolutions" and regime changes in general,
examples of which are cases such as Ukraine, Georgia, Egypt, Libya, Syria,
Honduras, Paraguay, and Brazil.
Nor is it a question
of resorting to the pretext of alleged “irregularity” and “illegitimacy” of
the presidential elections of May last year, which were conducted according
to democratic norms proven by independent and reputable entities that
accompanied the whole process. A counter-procedure was adopted, for example,
by the UN Secretary-General António Guterres and EU High Commissioner
Federica Mogherini, who refused invitations to be or to send observers,
assuming from the start that the elections would be fraudulent long before
they were held.
What is truly at stake
as a consequence of the behavior of personalities, entities and organizations
that support the regime change strategy mounted by Trump’s psychopathic team
is the impending tragedy over the entire Venezuelan people – with the
resident Portuguese community obviously included.
An announced tragedy,
since the promoters of the operation were careful not to leave room for
retreat. The wager is high and the whole process has been set up so that
there is no other way out than the destruction of the Bolivarian Revolution,
which was upheld by more than twenty legitimate popular consultations over
the past 20 years.
Solution: bloodbath
The capitulation of
Nicolás Maduro's government -- who does not have to resign or to call
elections because the Constitution, the only law for which he responds, does
not oblige it -- can only be achieved by these means: internal military coup,
foreign aggression directly by the United States or by proxy (Brazil,
Colombia and Argentina are ready), or absolute state collapse due to the
sanctions, extortion and robbery of the Venezuelan people's assets – not
least the 31 tons of gold which foreign banks have abusively taken possession
of, - for the record - also with responsibility of the European Central Bank.
Whatever the paths
followed by those responsible for the coup, the result will be a bloodbath of
unpredictable magnitude. That's the price the United States and allies are
willing to pay to get their hands on 300 billion barrels of Venezuelan oil --
the world's largest known reserves – and on the large reserves of gold,
niobium, tantalum and other precious metals and elements.
There are no pretexts
and masks suiting the occasion. What, through the coup, United States,
European Union and allies have set in motion is the purchase of a precious
lot of natural and strategic riches paid with human blood, in the amount that
will be necessary. It is, after all, the same as in Iraq, Libya, Syria or Afghanistan.
The road to nuclear war
The rush ahead led by
the gang of sociopathic tyrants in Washington with the aim of ensuring the
survival of neoliberalism, stops at nothing, as can be seen, in carrying the
disgusting and inhuman trafficking in progress in Venezuela.
A rush ahead that
begins building up its own momentum into another direction hitherto
prohibited by the most understandable instincts of collective survival: that
of nuclear war.
The US decision to
abandon the Intermediate-Range Nuclear Force Treaty (INF), signed 30 years
ago by the United States and the Soviet Union, allows no other reading.
There is also no other
reading of the support for this position expressed by NATO and by its always
"good student", the government of Portugal.
The pretexts invoked
for abandoning the Treaty are false or, at least, unknown. Neither the United
States nor NATO have so far presented any evidence that Russia is violating
that agreement. Concomitantly, no interest is observed of either the US or
NATO leadership -- and their attuned media -- to accept calls from Moscow to
visit the places where the alleged weapons were being built in violation of
the Treaty.
Contrasting with this,
the Russian side has already released evidence that the United States has been
producing weapons prohibited by the Treaty for at least two years.
It is the goal of the
United States to install the new missiles in European countries such as
Italy, Germany and the Netherlands, where the deployment of a new generation
of nuclear bombs is also planned.
These are devices of
so-called reduced power, that is to say, with a capacity of destruction
calculated of half or even less of those dropped over Hiroshima and Nagasaki.
This fact has helped to consolidate the very dangerous thesis that the new
bombs can be used in limited conflicts without provoking equivalent
responses, making them a decisive advantage.
It is clear that the
use of these bombs implies the existence of missiles designed to carry them
-- and hence the breach of the INF Treaty.
It can therefore be
concluded that the sick and bloodthirsty minds of figures like Bolton -- who
intends to send Maduro to Guantanamo --, Pence and Pompeo, do indeed nourish
the idea of using this new combination of medium-range missiles with nuclear
weapons of “reduced power” and having Europe as one of the operating
scenarios. Thus, the European countries attuned to the sociopathic tyrants of
Washington not only despise the lives of the Venezuelans, but also the lives
of their own peoples.
It is no longer just a
matter of grossly violating democracy. The governments that follow arm in arm
with the Trump administration have embarked on a career in crime.
|