sábado, 9 de fevereiro de 2019

Os sociopatas e os seus seguidores (por José Goulão)


The Sociopaths and their Followers (by José Goulão)

A AbrilAbril publicou ontem, 8 de Fevereiro, o artigo Os sociopatas e os seus seguidores da autoria do jornalista José Goulão. Consideramo-lo o melhor artigo que lemos recentemente caracterizando de forma incisiva a -- e usando os qualificativos certos da -- actual carreira criminosa do imperialismo na Venezuela e no mundo.

No momento que escrevemos lemos nos jornais que o criminoso Guaidó (dirigente de organização envolvida em crimes que custaram a vida a mais de uma centena de pessoas, algumas queimadas vivas), títere dos EUA, declarou – nas suas «funções» de autoproclamado presidente! – que «admite autorizar a intervenção militar dos EUA na Venezuela». Os «admite» e «autorizar» são preciosos! Eis como os EUA se preparam para «legalizar» um acto criminoso!

Passamos a palavra a José Goulão.
AbrilAbril posted yesterday, February 8, the article Os sociopatas e os seus seguidores («The sociopaths and their followers») by journalist José Goulão. We consider it the best article we read recently by incisively characterizing the - and using the correct qualifiers of the - current criminal career of imperialism in Venezuela and the world.

At the time of writing this we read in the newspapers that the criminal Guaidó (leader of an organization involved in crimes that cost the lives of more than a hundred people, some burned alive), the US marionette, declared - in his "functions" of self-proclaimed president! – that he "admits to authorizing US military intervention in Venezuela". The “admits” and “authorize” are precious! This is how the US prepares to "legalize" a criminal act!

We give the voice to José Goulão.

Os sociopatas e os seus seguidores

Para os países alinhados com Washington já não se trata apenas de violar grosseiramente a democracia. Os governos que seguem de braço dado com a administração Trump enveredaram pela carreira do crime.

José Goulão, 8 de Fevereiro de 2019
The Sociopaths and their Followers

For the countries aligned with Washington, it is no longer just a matter of gross violation of democracy. The governments that follow arm in arm with Trump’s administration have embarked on a career in crime.

by José Goulão, February 8, 2019


Houve ocasiões – raras – em que os principais governos da União Europeia se distanciaram do comportamento boçal, truculento e neofascista da administração norte-americana gerida por Donald Trump. É certo que as razões nem eram louváveis, uma espécie de escrever direito por linhas tortas porque contrapor à política de fortaleza comercial de Washington o neoliberalíssimo «comércio livre» global, que serve meia dúzia de grandes conglomerados económico-financeiros, não é propriamente um comportamento honroso.

Ainda assim, essa situação foi suficiente para os que fazem política e comunicação navegando à vista nas vagas do oportunismo situacionista tentarem fazer crer que entre Washington e alguns dos principais aliados existiam saudáveis divergências, recomendáveis pelo facto de «parecer mal» estarem associados aos desmandos trumpistas.

Porém, o que tem de ser tem muita força, a realidade impôs os factos, as máscaras caíram, o globalismo ditou as suas leis, embora já periclitantes, e deixou de haver lugar para disfarces.

A harmonia entre Washington e os aliados restabeleceu-se quando foi preciso por mãos à obra e cuidar do que interessa a quem manda: o domínio sobre as matérias-primas e a vantagem militar planetária para, em última instância, assegurá-lo.

Bastou o aparecimento de provas de que a superioridade militar da NATO e respectivas ramificações pode estar em causa; eis que entra na ordem da actualidade uma disputa mais cerrada pelas riquezas naturais do mundo – e logo a boçalidade e o desprezo militante de Trump por qualquer coisa que tenha a ver com democracia e direitos humanos deixaram de ser problema.

A harmonia chegou com os psicopatas

Esbateram-se os limites, desapareceu a vergonha. Se o caminho mais eficaz para garantir a sobrevivência do «nosso civilizado modo de vida» é o recurso à autocracia, então que seja, desde que o discurso oficial assegure as melhores intenções democráticas e humanistas.

Mesmo que a harmonia entre a NATO e a gestão do Pentágono, a comunhão de ideais entre quem manda na União Europeia e a administração de Washington se tenham restabelecido no momento em que, depois de muitos tumultos e convulsões, a equipa que traça a doutrina Trump seja agora um sólido núcleo de psicopatas.

John Bolton, o conselheiro de Segurança Nacional do presidente; Michael Pompeo, o secretário de Estado, por inerência o tutelar dos Negócios Estrangeiros; Michael Pence, o vice-presidente, formam um triunvirato de fascistas com provas dadas em carreiras onde o recurso ao terrorismo político, declarado ou clandestino, nunca foi um problema.

Se lhes associarmos as figuras de um comprovado assassino e fora-da-lei como Elliott Abrams, agora escolhido como enviado especial para gerir o golpe na Venezuela; e de um expoente da «supremacia branca» como Steve Bannon, que corre mundo unindo as hordas fascistas, xenófobas, populistas e nacionalistas para manter a pressão, de modo a que o neofascismo seja a solução e nunca um problema, teremos um quinteto de psicopatas à altura de Trump, de tal modo que torna o próprio presidente descartável.

Pois foi precisamente na hora da estabilização do fascismo e da sociopatia como doutrina norte-americana que a NATO e a União Europeia – com o governo de Portugal fazendo questão de destacar-se – decidiram prestar-lhe vassalagem. Certamente não foi para que o governo português encarreirasse na esteira do terrorismo político e da guerra nuclear que os portugueses votaram. Para os devidos efeitos e para memória futura registemos o desprezo assumido pela equipa de António Costa em relação à democracia, aos direitos humanos, à paz e ao direito internacional. Não existe outra interpretação possível do apoio ao golpe contra a Venezuela; não há hipótese de concluir outra coisa do alinhamento pleno com a NATO nos caminhos da guerra nuclear que estão a ser abertos por Washington.

É terrorismo, não é democracia

Aquilo que está a acontecer na Venezuela, e que tem proactivamente a mão do governo de Portugal, é terrorismo, é tentação fascista, é jogar com a vida de milhões de pessoas.

Não se trata apenas da entronização como «presidente interino» de um arruaceiro que os Estados Unidos treinam e pagam há 15 anos para servir como instrumento numa operação de golpe de Estado. Juan Guaidó é um entre vários que se formaram numa escola de terrorismo na Sérvia financiada pelos Estados Unidos, conhecida como Otpor/CANVAS, para organizar «revoluções coloridas» e mudanças de regime em geral, de que são exemplos casos como o da Ucrânia, Geórgia, Egipto, Líbia, Síria, Honduras, Paraguai, Brasil.

E não se trata igualmente do recurso ao pretexto das supostas «irregularidade» e «ilegitimidade» das eleições presidenciais de Maio do ano passado, que decorreram segundo normas democráticas comprovadas por entidades independentes e de reconhecida idoneidade que acompanharam todo o processo. Ao contrário do que fizeram, por exemplo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a alta comissária europeia, Federica Mogherini, que recusaram os convites para serem ou enviarem observadores, partindo do princípio de que as eleições seriam fraudulentas muito antes de se realizarem.

O que está verdadeiramente em causa como consequência do comportamento das personalidades, entidades e organizações que apoiam a estratégia de mudança de regime montada pela equipa de psicopatas de Trump é a tragédia que paira sobre todo o povo venezuelano – comunidade portuguesa obviamente incluída.

Uma tragédia anunciada, uma vez que os promotores da operação tiveram o cuidado de não deixar margem de recuo. A parada é alta e todo o processo foi montado de modo a que não haja outra saída que não seja a destruição da Revolução Bolivariana, sufragada em mais de uma vintena de consultas populares legítimas realizadas durante os últimos 20 anos.

Solução: banho de sangue

Ora a capitulação do governo de Nicolás Maduro – que não tem de se demitir ou de convocar eleições porque a Constituição, a única lei pela qual responde, não o obriga – só pode ser alcançada por estas vias: golpe militar interno, agressão estrangeira directamente pelos Estados Unidos ou por procuração (Brasil, Colômbia e Argentina estão prontos), ou colapso absoluto do Estado devido às sanções, extorsão e roubo de que os bens do povo venezuelano são vítimas – a começar pelas 31 toneladas de ouro de que entidades bancárias estrangeiras se apropriaram abusivamente, também com responsabilidade do Banco Central Europeu, para que conste.

Sejam quais forem os caminhos seguidos pelos responsáveis do golpe, o resultado será um banho de sangue com extensão imprevisível. Esse é o preço que Estados Unidos e aliados estão dispostos a pagar para deitarem as mãos aos 300 mil milhões de barris de petróleo venezuelano – as maiores reservas mundiais conhecidas – às poderosas reservas de ouro, nióbio, tântalo e outros elementos e metais preciosos.

Não há pretextos e máscaras que sirvam para a ocasião. O que, através do golpe, os Estados Unidos, a União Europeia e aliados puseram em andamento foi a compra que um valiosíssimo lote de riquezas naturais e estratégicas pago com sangue humano, na quantidade que for precisa. Afinal, tal como no Iraque, na Líbia, na Síria ou Afeganistão.

O caminho para a guerra nuclear

A fuga para a frente com o objectivo de garantir a sobrevivência do neoliberalismo, conduzida pelo gang de tiranos sociopatas de Washington, não hesita, como se vê, perante a repugnante e desumana traficância em curso na Venezuela.

Fuga essa que começa a adquirir velocidade própria numa outra direcção até aqui vedada pelos mais compreensíveis instintos de sobrevivência colectiva: a da guerra nuclear.

Não há outra leitura para a decisão norte-americana de abandonar o Tratado de Armas de Médio Alcance (INF), assinado há 30 anos pelos Estados Unidos e a União Soviética.

Não há outra leitura do apoio a essa posição manifestado pela NATO e pelo sempre «bom aluno», o governo de Portugal.
Os pretextos invocados para o abandono do Tratado são falsos ou, no mínimo, desconhecidos. Nem os Estados Unidos nem a NATO apresentaram, até ao momento, qualquer prova de que a Rússia estaria a violar esse acordo. Em paralelo, também não se regista qualquer interesse, tanto dos dirigentes norte-americanos como da NATO – e da comunicação social com eles sintonizada – em aceitarem os convites de Moscovo para visitarem os locais onde supostamente estariam a ser construídas as armas que violam o Tratado.

Ao invés, a parte russa já divulgou provas de que os Estados Unidos estão a produzir armas proibidas pelo Tratado há pelo menos dois anos.

É objectivo dos Estados Unidos instalar os novos mísseis em países europeus como a Itália, a Alemanha e a Holanda, onde também está prevista a disponibilização de bombas nucleares de nova geração.

Trata-se de engenhos ditos de potência reduzida, isto é, com uma capacidade de destruição calculada em metade ou mesmo menos dos largados sobre Hiroxima e Nagasaki. Este facto tem ajudado a consolidar a tese perigosíssima segundo a qual as novas bombas poderão ser utilizadas em conflitos limitados e sem provocarem respostas equivalentes, o que as torna uma vantagem decisiva.

Torna-se evidente que o recurso a essas bombas implica a existência de mísseis vocacionados para transportá-las – e daí a quebra do Tratado INF.

Deduz-se, pois, que pelas cabeças doentes e sanguinárias de figuras como Bolton – que pretende enviar Maduro para Guantánamo – Pence e Pompeo passa, de facto, a ideia de vir a utilizar essa nova combinação de mísseis de médio alcance com armas nucleares de «potência reduzida» e tendo a Europa como um dos cenários de operações. Pelo que os países europeus sintonizados com os tiranos sociopatas de Washington não desprezam apenas a vida dos venezuelanos, mas também a dos seus próprios povos.

Já não se trata apenas de violar grosseiramente a democracia. Os governos que seguem de braço dado com a administração Trump enveredaram pela carreira do crime.
There have been occasions - rare occasion - when key EU governments distanced themselves from the truculent, neo-fascist behavior of the US administration run by Donald Trump. It is true that the reasons were not praiseworthy, a sort of writing straight on tortuous lines, because countering Washington's policy of commercial fortress with the neoliberal-issimo global "free trade," which serves half a dozen large economic and financial conglomerates, isn’t a befittingly honorable behavior.

Still, that situation was enough for those who do politics and media - sailing by sight on the waves of situationist opportunism - to attempt making us believe that only healthy disagreements stood between Washington and some of its main allies, commendable disagreements for it "would look bad" to be associated to the outrages of Trump-ism .

But «what has to be has a lot of force», reality has imposed the facts, masks have fallen, globalism has dictated its laws, shaky as they are already, and there is no room for disguises.

The harmony between Washington and the allies was restored when they had to get down to business and take care of what matters to those in charge: mastery over raw materials and military advantage at planetary scale in order to ultimately secure the mastery.

It was enough the surfacing evidence that military superiority of NATO and its shoots could be at stake; already a tighter dispute over the natural riches of the world entered the order of the day -- and immediately Trump's grossness and militant hatred and contempt for anything that has to do with democracy and human rights became no longer a problem.

Harmony has arrived with the psychopaths

The limits were blurred, the shame disappeared. If the most effective way to ensure the survival of “our civilized way of life” is to resort to autocracy, then let it be - so long as official discourse asserts the best democratic and humanistic intentions.

All this despite fact that the harmony between NATO and the Pentagon's management and the communion of ideals between those ruling the European Union and the administration of Washington have been restored at a time when, subsequently to many turmoil and convulsions, the team delineating Trump’s doctrine stands now as a solid kernel of psychopaths.

John Bolton, the President's National Security Adviser; Michael Pompeo, the Secretary of State, with inherent tutelage of Foreign Affairs; and Michael Pence, the vice president, form a triumvirate of fascists with field proven careers where recourse to political terrorism, whether declared or clandestine, has never been a problem.

If we associate to them the figures of a proven assassin and outlaw like Elliott Abrams, now chosen as special envoy to manage the coup in Venezuela; and an exponent of "white supremacy" like Steve Bannon, who runs the world assembling the fascist, xenophobic, populist and nationalist hordes to keep the pressure on, so that neofascism is the solution and never a problem, we have a quintet of psychopaths at the scale of Trump, in such a way that makes the president himself disposable.

And it was precisely at the time of stabilization of fascism and sociopathy as American doctrine that NATO and the European Union -- with the government of Portugal insisting on standing under the spotlight -- decided to pledge allegiance. The Portuguese people have certainly not voted for the Portuguese government to step in the wake of political terrorism and nuclear war. For the due purposes and for future memory let us take note of the contempt assumed by the team of António Costa [Portuguese PM] in relation to democracy, human rights, peace and international law. There is no other possible interpretation of the support for the coup against Venezuela; no other conclusion can be drawn from the full alignment with NATO on the paths of nuclear war being opened by Washington.

It's terrorism, it's not democracy

What is happening in Venezuela, proactively endorsed by the government of Portugal, is terrorism, is fascist temptation, and gambling with the lives of millions of people.

It is not just the enthronement as "interim president" of a brawler who the United States has trained and paid for 15 years to serve as an instrument in a coup operation. Juan Guaidó is one of several who graduated from a terrorist school in Serbia, funded by the United States and known as Otpor/ CANVAS, to organize "colour revolutions" and regime changes in general, examples of which are cases such as Ukraine, Georgia, Egypt, Libya, Syria, Honduras, Paraguay, and Brazil.

Nor is it a question of resorting to the pretext of alleged “irregularity” and “illegitimacy” of the presidential elections of May last year, which were conducted according to democratic norms proven by independent and reputable entities that accompanied the whole process. A counter-procedure was adopted, for example, by the UN Secretary-General António Guterres and EU High Commissioner Federica Mogherini, who refused invitations to be or to send observers, assuming from the start that the elections would be fraudulent long before they were held.

What is truly at stake as a consequence of the behavior of personalities, entities and organizations that support the regime change strategy mounted by Trump’s psychopathic team is the impending tragedy over the entire Venezuelan people – with the resident Portuguese community obviously included.

An announced tragedy, since the promoters of the operation were careful not to leave room for retreat. The wager is high and the whole process has been set up so that there is no other way out than the destruction of the Bolivarian Revolution, which was upheld by more than twenty legitimate popular consultations over the past 20 years.

Solution: bloodbath

The capitulation of Nicolás Maduro's government -- who does not have to resign or to call elections because the Constitution, the only law for which he responds, does not oblige it -- can only be achieved by these means: internal military coup, foreign aggression directly by the United States or by proxy (Brazil, Colombia and Argentina are ready), or absolute state collapse due to the sanctions, extortion and robbery of the Venezuelan people's assets – not least the 31 tons of gold which foreign banks have abusively taken possession of, - for the record - also with responsibility of the European Central Bank.

Whatever the paths followed by those responsible for the coup, the result will be a bloodbath of unpredictable magnitude. That's the price the United States and allies are willing to pay to get their hands on 300 billion barrels of Venezuelan oil -- the world's largest known reserves – and on the large reserves of gold, niobium, tantalum and other precious metals and elements.

There are no pretexts and masks suiting the occasion. What, through the coup, United States, European Union and allies have set in motion is the purchase of a precious lot of natural and strategic riches paid with human blood, in the amount that will be necessary. It is, after all, the same as in Iraq, Libya, Syria or Afghanistan.

The road to nuclear war

The rush ahead led by the gang of sociopathic tyrants in Washington with the aim of ensuring the survival of neoliberalism, stops at nothing, as can be seen, in carrying the disgusting and inhuman trafficking in progress in Venezuela.

A rush ahead that begins building up its own momentum into another direction hitherto prohibited by the most understandable instincts of collective survival: that of nuclear war.

The US decision to abandon the Intermediate-Range Nuclear Force Treaty (INF), signed 30 years ago by the United States and the Soviet Union, allows no other reading.

There is also no other reading of the support for this position expressed by NATO and by its always "good student", the government of Portugal.

The pretexts invoked for abandoning the Treaty are false or, at least, unknown. Neither the United States nor NATO have so far presented any evidence that Russia is violating that agreement. Concomitantly, no interest is observed of either the US or NATO leadership -- and their attuned media -- to accept calls from Moscow to visit the places where the alleged weapons were being built in violation of the Treaty.

Contrasting with this, the Russian side has already released evidence that the United States has been producing weapons prohibited by the Treaty for at least two years.

It is the goal of the United States to install the new missiles in European countries such as Italy, Germany and the Netherlands, where the deployment of a new generation of nuclear bombs is also planned.

These are devices of so-called reduced power, that is to say, with a capacity of destruction calculated of half or even less of those dropped over Hiroshima and Nagasaki. This fact has helped to consolidate the very dangerous thesis that the new bombs can be used in limited conflicts without provoking equivalent responses, making them a decisive advantage.

It is clear that the use of these bombs implies the existence of missiles designed to carry them -- and hence the breach of the INF Treaty.

It can therefore be concluded that the sick and bloodthirsty minds of figures like Bolton -- who intends to send Maduro to Guantanamo --, Pence and Pompeo, do indeed nourish the idea of using this new combination of medium-range missiles with nuclear weapons of “reduced power” and having Europe as one of the operating scenarios. Thus, the European countries attuned to the sociopathic tyrants of Washington not only despise the lives of the Venezuelans, but also the lives of their own peoples.

It is no longer just a matter of grossly violating democracy. The governments that follow arm in arm with the Trump administration have embarked on a career in crime.