quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Capitalismo: de mal a pior (II)

(A Parte I – Panorama Global, foi publicada em:

II - Panorama Português

    A economia portuguesa é uma pequena economia (1,3% do PIB da UE), extremamente dependente das economias de outros países europeus (Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Holanda) não só nas trocas comerciais como no papel de fornecedora de matérias-primas e de mão-de-obra barata (uma das mais baratas da UE) a empresas da UE. Nas PMEs portuguesas salienta-se a actividade económica em sectores de baixo valor acrescentado (produtos alimentares, pasta de papel, calçado, têxteis e vestuário, etc.).
    As indústrias próprias de maior valor acrescentado (metalomecânica, construção automóvel, construção naval, produtos químicos, etc.) foram liquidadas pelos sucessivos governos pós 25 de Novembro de 1975. Seguidamente, com a entrada na CEE, os diktats neoliberais conduziram à quase total liquidação das grandes empresas do sector produtivo com capitais portugueses. As outrora grandes cinturas industriais de Lisboa e Setúbal declinaram fortemente. Analisando os dados de [29], verifica-se que, de 79 grandes empresas com mais de 1000 trabalhadores, só 41 (isto é, só quase metade) são de capitais predominantemente portugueses. Destas, apenas 9 são indústrias transformadoras, com apenas três claramente de alto valor acrescentado (Petrogal, Ogma e Efacec); as restantes são de produtos alimentares (Lactogal, Sumol+Compal, Unicer), cortiça (Amorim) e têxteis (Coindu – têxteis para a indústria automóvel). No sector produtivo contabilizam-se ainda 7 indústrias da construção (quase todas trabalhando para o mercado externo e tendo levado consigo muitos dos nossos 2.000 engenheiros que saíram do país) e 5 dos transportes. As restantes 18 empresas são do comércio e serviços.
    Por outro lado, nas PMEs, o volume de negócios das que se dedicam ao comércio (35.714 milhões de €) é quase metade do total de todas as PMEs (75.023 milhões de €) e supera o das indústrias transformadoras (27.693 milhões de €) ([30]). Destas, 72% dizem respeito a indústrias de baixo valor acrescentado, como produtos alimentares, couros e calçado, rochas, madeira e produtos da madeira e cortiça, têxteis e vestuário, mobiliário ([31]).
    A figura 17 mostra a evolução, desde 2001, do Valor Acrescentado Bruto (VAB, a preços correntes) dos seguintes sectores: sector produtivo, sector do comércio e serviços não financeiros, e sector financeiro ([32]). O contínuo declínio do sector produtivo é evidente. A análise em detalhe deste sector mostra que as actividades produtivas cujo VAB mais declinou são as da indústria transformadora (-4,2%) e construção (-3,5%). O VAB do comércio e serviços não financeiros manteve-se praticamente estacionário depois da crise. O VAB do sector financeiro continua a crescer, embora abaixo da tendência pré-crise: os bancos têm imposto fortes restrições aos empréstimos às famílias e às PMEs, mas a jogatina nos derivados tem continuado.
   

Fig, 17. Evolução do VAB em três sectores de actividade económica de Portugal.
   
    Portugal, com uma economia extremamente dependente, fornecedora de matérias primas e de mão-de-obra barata, com a grande maioria das maiores empresas que eram rentáveis entregues de mão beijada ao capital estrangeiro, com um sector produtivo reduzido e declinante, amarrado a uma dívida (pública e privada) brutal (devido designadamente a fraudes dos grandes capitalistas), e sem quaisquer mecanismos (câmbio, taxas de juro, etc.) para afirmar uma soberania económica, tornou-se, como já temos dito neste blog, um país neocolonizado pelo imperialismo alemão e francês (e seus apêndices, em especial a Holanda).
Sofre agravadamente de todos os males do capitalismo global, e o valor criado pelos seus trabalhadores, as suas poupanças, reformas e pensões, são sugadas/roubadas em doses inauditas para manter o bem-estar dos milionários e bilionários internos e externos.
    Justifiquemos a nossa afirmação de «agravadamente de todos»:

    1) O capitalismo português encontra-se em Longa Depressão
   
    A figura 18 é a homóloga para Portugal da figura 1 (Parte I). O problema não é só que o PIB pós-crise se tem afastado da tendência pré-crise. O problema é que, ainda por cima, o PIB tem (em geral) diminuído. Em 2013 tinha um valor abaixo do de 2008! Em termos per capita a penúria e pobreza não aumentaram apenas relativamente ao que deveria ser (a tendência pré-crise). A penúria e a pobreza aumentaram absolutamente! E ainda não estamos a ter em conta a crescente desigualdade social que só agrava este fenómeno.


Fig. 18. Evolução do PIB de Portugal de Janeiro de 2000 a Dezembro de 2013 (dados do Eurostat). A traço magenta a tendência evolutiva que deveria ter o PIB de acordo com os valores pré-crise.

    2) A dívida portuguesa é enorme e continua a aumentar

    A dívida pública (DP) tem vindo a aumentar desde 2001. Aceleradamente desde 2009. A receita de «austeridade» da troika manteve esta tendência, conforme já vimos em artigos anteriores ([33]). Em 2013 ficou em 124,1% do PIB. Para 2014 prevê-se que fique perto dos 130% e deve ainda continuar a crescer; pelo menos até ao final de 2015, diz optimisticamente o governo. Outras instituições adiam a descida da DP para as calendas gregas. Por exemplo, o Economic Outlook de 2014 da OCDE ([34]) afirma que Portugal teria de fazer cortes anuais do orçamento de 1,9% ao ano para baixar a DP para 60% do PIB até 2030... De facto, a conclusão que se colhe das mais desencontradas e proteladas previsões sobre a descida da DP é que ninguém sabe quando irá descer.
    A dívida externa (dívida privada, das empresas), que tinha decrescido no final de 2013, disparou em 2014. Superou o nível máximo de 2013 situando-se agora em 388 biliões de euros, ou seja 2,34 vezes o PIB. Bastante mais do dobro do PIB! Em Janeiro de 2004 era de 1,5 vezes o PIB. Portanto, também nesta vertente, o capitalismo português passou de mal a pior.
    
    3) O investimento português está em queda
   
    A figura 19 ([35]) mostra claramente a queda do investimento em actividades não financeiras a partir do início da crise. A queda de 2013 face a 2008 foi de 9 B€ (biliões de euros = mil milhões de euros, tal como temos vindo a usar neste blog). E a queda do investimento na economia real está aí para continuar, como reconhece o BdP que estima uma queda global de -0,8% em 2014 ([36]). (Deve-se ter em conta que o BdP nesta como noutras questões tem sido sempre optimista.)
    Um trabalho recente ([37]) revela, com base em dados oficiais, como o crédito fornecido pela banca à economia real e ás famílias desceu de 50,6 B€ (cerca de 1/3 do PIB) entre 2007 e 2013, mas aumentou no mesmo período de 27,5 B€ nos investimentos financeiros, em acções, obrigações, títulos de dívida publica, etc. Mais espantoso ainda e confirmador de que interesses serve o BCE: os empréstimos fornecidos pelo BCE à banca – empréstimos que o povo trabalhador tem pago e continuará a pagar – têm sido usados pela banca, na sua grande maioria (entre 60% a 70%), para aplicações financeiras! Isto é, para que a jogatina continue. Para que os grandes capitalistas embolsem chorudos lucros à custa do povo. Quando calha de perderem ao jogo, também não importa. Lá estão os resgates para os salvar. Resgates à custa de diminuição de salários, direitos dos trabalhadores, reformas e pensões. Um sorvedouro de valor criado pelo trabalho para alimentar uma grande burguesia rentista, parasitária, autênticas ténias do povo português.
   

Fig. 19. Evolução da formação bruta de capital fixo nas actividades não financeiras, em milhões de euros e a preços constantes de 2012.
    
    4) Salários, produtividade e desemprego

    É bem conhecido que os salários em Portugal têm diminuído (ver figura 11 – Parte I), assim como reformas e pensões, enquanto a produtividade tem aumentado (ver p. ex. [38]). Têm diminuído mas não para todos. Três notícias complementares e recentes, bem elucidativas do ataque brutal aos trabalhadores:
    -- «O Governo e FMI discutem corte nas indemnizações por despedimento sem justa causa» (JN, [39]). Notem: «sem justa causa». Um artigo de [39] que vale a pena ler tem o título: «Alterações legislativas aproximam o trabalhador da imagem do escravo».
    -- Enquanto o salário médio dos operários diminuiu 1,41% entre 2013 e 2014, o dos gestores e directores aumentou 3,31% ([40]).
    -- «Salário Mínimo vale menos 50 euros do que em 1974» ([41]). Diz a notícia que «O salário mínimo vale actualmente menos do que em 1974, ano em que foi fixado em 3.300 escudos, o equivalente a preços actuais a 534,75 euros, mais 50 euros do que os 485 praticados desde 2011.» Agora, por acordo do governo com a colaboracionista UGT, o salário mínimo aumentou para 505 euros. Que maravilha, não é? Agora já só está 29,75 euros abaixo do valor de 1974.
   
    Enfim, tudo maravilhas do «socialismo democrático», do «socialismo em liberdade» (efectivamente os capitalistas não se queixam da falta dela), da «social-democracia», construída desde 25 de Novembro de 1975 com tanto amor e ardor pelo PS, PPD-PSD e CDS, a fim de que não se instaurasse em Portugal o «socialismo de miséria», como dizia o PS.
    O desemprego tem tido uma ligeira descida, mesmo entre os jovens, onde ainda atinge, porém, níveis excessivos e desumanos (ver figura 12 – Parte I). Essa descida é explicável pela emigração massiva, pelos «estágios» cuja utilidade é meramente propagandística e pelos esquemas de precariedade. Quanto a este último aspecto, no 1.º trimestre de 2014 e segundo a OCDE, dos 4,4 milhões de trabalhadores, 21,4% estavam com contratos a prazo; nos jovens, eram 56,9%.
    Desemprego e emigração com realce nas elevadas qualificações, que representaram um investimento elevadíssimo do Estado ao longo de muitos anos ([42]): 12% dos doutorados desempregados, 46,4% dos cientistas que querem emigrar ou já emigraram.
    
    5) Desigualdade social
    
    Também é sabido que a desigualdade social tem aumentado em Portugal. A pobreza subiu para níveis espantosos. Estima-se que atinja 30% das crianças ([43])! A taxa de «intensidade da pobreza» (privação material) tem aumentado constantemente desde 2009; segundo os últimos dados oficiais, era de 22,7% da população em 2009 e subiu para 27,3% em 2012. Além disso, com o desmantelamento do «Estado social» o papel das transferências sociais declinou fortemente na debelação deste problema humanitário ([44]). Na realidade, uma flagrante infracção dos direitos humanos.
    Mas, por outro lado, «Portugal foi dos países onde o peso do rendimento dos 1% mais ricos mais cresceu» no último ano ([45]). Efectivamente, os ricos e muitos ricos só beneficiaram com a «austeridade» da troika. A austeridade não foi para eles. Os três mais ricos, por exemplo, viram a sua fortuna conjunta aumentada em 1 B€ nos três anos da troika em Portugal ([46]) e a fortuna dos 25 mais ricos subiu de 14,4 B€ em 2012 para 16,7 B€ em 2013 ([47]). Um aumento de 2,3 mil milhões de euros em apenas um ano!
    Temos agora 75.903 milionários. Só nos últimos dois anos cresceram 28% ([48]): cresceram 10.777 em 2013 e 10.395 em 2012. E temos também agora 4 bilionários: Américo Amorim,  Alexandre Soares dos Santos, Guimarães de Mello e Belmiro de Azevedo ([47]). Em 2011 eram 2. Portanto, no fabrico de milionários e bilionários o desempenho da economia portuguesa é excelente.

    6) A decadência do Estado Burguês de Portugal
    
    Portugal é hoje um país só nominalmente independente. Dependentes no plano económico, sofremos agravadamente de todos os males de um capitalismo em decadência. Somos um país neocolonizado, sujeito aos diktats económicos do imperialismo alemão-francês, veiculados pela CE e BCE. No plano político, os sucessivos governos do PS, PPD-PSD, CDS têm sido de uma submissão exemplar aos interesses imperialistas, veiculados principalmente através da NATO. O país que derrubou o fascismo em 25 de Abril de 1974 está hoje completamente alinhado com as políticas filofascistas dos EUA-UE na Ucrânia e noutras paragens. As forças armadas, que se enobreceram no 25 de Abril de 1974 -- e no período que vai desde essa data até à tristemente famosa Assembleia de Tancos, em 5 de Setembro de 1975, onde a direita militar enterrou o MFA, avançando a partir daí para a recuperação dos fascistas --, estão hoje de novo divorciadas do povo, convertidas em mera empresa pública ao serviço do imperialismo, pau para toda a obra da NATO, enviadas como meras tarefeiras para teatros de conflito longínquos ao serviço de interesses alheios aos do povo português. De facto, ao serviço da opressão de povos pelo imperialismo.
    A grande burguesia portuguesa -- que sempre foi historicamente atrasada, de um obscurantismo bacoco, sem rasgos de inovação, debitando dislates como se fossem verdades absolutas e olhando para os estrangeiros como deuses -- está hoje transformada num ninho de corruptos e vigaristas, condottieri de arrivistas, prestimosos em ajudar e imitar os patrões. Veja-se o caso de Zeinal Bava, que afundou a PT e é por isso recompensado com uma «indemnização» (?) de 5,4 milhões de euros!!! A grande burguesia portuguesa está perfeitamente consciente que, independentemente dos partidos do «arco da governação» que calham de estar no governo, ela domina por múltiplos meios a maioria das consciências populares e de que o Estado é o seu Estado. Na sua aliança com as burguesias estrangeiras visando o saque dos recursos e do suor dos portugueses, a grande burguesia portuguesa exibe todas as características típicas da lumpen-burguesia dos países neocolonizados: jactância, despudor, sentimento de impunidade, venalidade, corrupção com o conluio de figuras do Estado e de intelectuais carreiristas e mercenários. Eis exemplos recentes do que afirmamos:
    a) Em Julho de 2013 a Universidade Técnica de Lisboa atribuiu o doutoramento Honoris Causa a Ricardo Salgado. O padrinho do doutorado, o Professor Catedrático João Duque do ISEG/UTL, disse entre outras coisas ([49]): «É aqui necessário fazer um ponto de referência pela actividade até aqui desenvolvida [pelo afilhado] pois foi ela que lhe permitiu granjear a confiança da sua numerosa família, mas acima de tudo, a confiança do mercado financeiro internacional e do mercado português», «Devo ainda uma última nota que me parece ser muito significativa do que quero referir com “confiança”. O BES, foi o único dos grandes bancos portugueses, que não necessitou do apoio estatal para poder aumentar o seu capital em resultado da revisão recente dos rácios de solvabilidade bancária, o que mais uma vez denota a elevada confiança que os accionistas sentem nessa liderança». Enfim, mais um catedrático de truz!
    b) Em 12 de Outubro passado soube-se que o BES pagou 30 mil euros para que administradores seus se sentassem na mesa principal de um jantar com Tony Blair e tivessem com este um encontro privado ([50]).
    c) O BES recebeu 5 milhões de euros de comissões no caso dos submarinos, caso ainda a ser investigado e que envolve figuras do Estado (e possivelmente também Durão Barroso). Ex-gestores do BES acusaram o envolvimento de Ricardo Salgado ([51]).
    d) Ricardo Salgado recorreu à amnistia fiscal ([52]). Os grandes tubarões com milhões de dívidas ao Estado podem ser amnistiados. O contribuinte vulgar, não. Arrisca-se de imediato a uma penhora de bens. (A Segurança Social, por exemplo, multou recentemente um cidadão em 35 € por uma dívida de 4 cêntimos, [53].)
   e) O GES, o grupo de Ricardo Salgado, enviou cartas aos seus clientes com milhões de euros depositados na Suíça explicando que, como a adesão à amnistia fiscal implicava uma descrição da conta e dos montantes que estavam no estrangeiro, bem como do banco onde o dinheiro estava depositado, o melhor era manterem o dinheiro clandestinamente na Suíça ([52]). A Pátria da burguesia está na carteira.
    f) Fernando Negrão, deputado do PSD, escolhido para presidir à Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão do BES, esteve ligado a um escritório que trabalhava para o GES. A notícia foi dada pelo jornal I que consultou um advogado o qual achou «eticamente reprovável» tal nomeação. Tendo o I questionado Negrão, disse este: «O meu receio no que diz respeito às proibições é que estas acentuem o risco de passarmos a ter formas mais sofisticadas, porque escondidas, de acumulação» ([54]). Por outras palavras, a preocupação de Negrão não é que a corrupção exista, é sim que ela seja mais difícil de levar a cabo: nada de regras sofisticadas que obriguem a fazer a «coisa» às escondidas, quando é muito melhor fazê-la às claras.
    g) A terminar, uma notícia bem demonstrativa da nossa afirmação acima de que o «Estado [da grande burguesia] é o seu Estado». Segundo notícia muito recente ([55]), «Governantes tinham mais de um milhão no GES quando decidiram o seu futuro». Aliás, sobre o BES, poder-se-iam escrever centenas de páginas caracterizadoras do estado de nojeira a que chegou Portugal.
     
    O capitalismo está decadente. É um moribundo que se arrasta. Em Portugal o moribundo é amparado por carreirismo, mercenarismo, despolitização de largos sectores de explorados, insensibilização e idiotização de massas levada a cabo por actividades lúdicas (p. ex., filmes e séries made in USA incensando agentes da CIA e assassinos profissionais) e pela comunicação social (principalmente a TV: telenovelas, tarots, talkshows, programas de opinieiros – Marcelo e Sócrates --, noticiários da chancela USA). Desenganem-se aqueles que, embora dizendo-se de esquerda, pensam reformá-lo de braço dado com o PS em nova versão de «Estado Social». Desenganem-se aqueles que pensam que o moribundo morrerá por si mesmo. Só morrerá se a luta dos trabalhadores e uma nova consciencialização das forças armadas assim o determinar. Então sim, será possível retomar o caminho brutalmente interrompido pelo 25 de Novembro de 1975.

    Referências:
[29] Ranking das empresas que mais empregam em Portugal, http://www.economias.pt/maiores-empregadores-em-portugal/. Os dados são da Revista Exame  (23.ª edição, de 2012, analisando o ano de 2011).
[30] Estudos sobre Estatísticas Estruturais das Empresas, 2007-2009, Destaque, INE, 30 de Junho de 2011. Os dados estão desactualizados, mas os grandes números sectoriais não devem ter sofrido alteração significativa. Não encontrámos dados mais actuais.
[31] João Amador, Produtividade, Dimensão e Intensidade Capitalística num Conjunto de Setores da Indústria Transformadora Portuguesa: Uma Análise Não Paramétrica, Banco de Portugal, Departamento de Estudos Económicos, 2011, http://www.bportugal.pt/pt-PT/BdP%20Publicaes%20de%20Investigao/AB201103_p.pdf
[32] Dinâmicas de Crescimento Empresarial e de Criação de Emprego, Indicadores de Actividade Económica, Gabinete de Estratégia e Estudos, Ministério da Economia, 22 de Outubro de 2014. O sector produtivo agrega: Agricultura, Silvicultura e Pescas; Energia, Água e Saneamento; Indústria; Construção; Transportes e Comunicações. O sector do comércio e serviços não financeiros agrega: Comércio, Restaurantes e Hotéis, Outros Serviços. O sector financeiro agrega: Actividades financeiras e Imobiliárias.
Em termos de VAB a preços constantes chegaríamos a conclusões semelhantes sobre crescimento ou decrescimento, embora os valores correspondentes fossem diferentes.
[34] JN de 6 de Maio de 2014.
[35] Dados do INE: quadro B.1.4 - Formação bruta de capital fixo (P.51) por setor institucional (preços correntes; anual) e quadro de índice de preços no consumidor.
[36] Banco de Portugal “preocupado” com queda do investimento, 16 Julho 2013, Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
[37] Eugénio Rosa, O crédito concedido pela banca continua a diminuir, mas as aplicações financeiras estão a crescer, aumentando o risco, 15/7/2014, www.eugeniorosa.com .
[39] JN, 21/4/2014.
[40] JN, 4/9/2014. Os dados sobre a variação do salário médio entre 2013 e 2014 são de um estudo da Mercer ("Total Compensation Portugal 2014"): Gestores e directores: +3,31%; Quadros superiores: entre 0,97% e 1,64%; Operários: -1,41%; Trabalhadores do comércio: -0,14%.
[41] JN 6 de Setembro d 2014.
[42] «Inquérito a cientistas portugueses mostra que 46,4% querem emigrar ou já emigraram», Público 16/04/2014.
[43] JN 17/10/2014.
[44] Ver «Impacto das transferências sociais no risco de pobreza diminuiu» em: Cláudia Bancaleiro, Risco de pobreza em Portugal no nível mais elevado desde 2005, Público, 24/03/2014.
[45] Artigo de Sérgio Aníbal, Público 30/04/2014.
[46] Tiago Figueiredo Silva, Grandes fortunas crescem milhões nos três anos de troika em Portugal, JN 16/05/2014. Os dados são da revista Exame de Agosto de 2014.
[48] Rui Barroso e Marta Marques Silva, 15 Out 2014, http://economico.sapo.pt/noticias/governo-guardou-medidas-de-alivio-para-anunciar-depois-do-orcamento_204402.html. Os dados são do Crédit Suiisse (ver nas referências da Parte I).
[50] CM 12.10.2014
[51] CM 27/8/2014 e 1 /19/2014.
[52] CM 06/10/2014.
[54] JN 15/10/2014.

[55] Público, 27/10/2014. A notícia refere que «Há 16 governantes, entre ministros e secretários de Estado, que assistiram com particular atenção ao desmoronar do império Espírito Santo. Alguns têm contas acima de 100 mil euros no BES.»