Em artigos
anteriores comentámos as limitações da revolução bolivariana, decorrentes das
bases pequeno-burguesas do partido dirigente: PSUV. Este suporte e
consequente visão politica condenavam necessariamente a revolução bolivariana
a manter-se no quadro do reformismo social-democrata, mantendo intocado no
essencial o domínio da burguesia – logo, facilitando fenómenos de corrupção,
guerra económica, ingerência imperial, etc. – alienando precisamente a classe
social mais interessada, decidida e combativa na transformação da revolução
democrático-burguesa e independentista da Venezuela numa verdadeira revolução
socialista: a classe operária, classe fulcral, classe sine qua non de uma revolução socialista. Sem o empenho e papel
proeminente da classe operária, do seu partido de vanguarda – o PCV --, a
designação «socialista» da revolução bolivariana era (é) um termo erróneo.
O PCV
incansavelmente alertou o PSUV para esta situação, conforme relatámos em
artigos anteriores.
Finalmente, no
passado 26 de Fevereiro, o PSUV e o PCV acordaram em apoiar Nicolas Maduro
nas eleições presidenciais de 22 de Abril e mais do que isso: assinaram um «Acordo
unitário estruturante PSUV-PCV». Este acordo é um grande passo em frente. Enfatiza
o papel da classe operária e, entre outras coisas, defende o «estabelecimento
de um novo modelo de direcção e gestão múltipla das empresas estatais, sob
controlo operário e popular dos processos de produção, administração e
distribuição de bens e serviços».
O acordo pode
ser lido na íntegra aqui.
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We have
commented in previous articles on the shortcomings of the Bolivarian
revolution, stemming from the petty-bourgeois support of the ruling party:
PSUV. Such a support and consequent political vision necessarily condemned
the Bolivarian revolution to remain within the framework of social-democratic
reformism, keeping the bourgeoisie essentially untouched -- thus facilitating
phenomena of corruption, economic war, imperial interference, and so on --
alienating precisely the most interested, determined and combative social
class in the transformation of the bourgeois-democratic and independentist
revolution of Venezuela into a true socialist revolution: the working class,
the pivotal class, the sine qua non
class of a socialist revolution. Without the commitment and prominent role of
the working class, of its vanguard party -- the PCV -- the
"socialist" designation of the Bolivarian revolution was (is) a
misnomer.
The PCV relentlessly alerted the PSUV to this situation, as we reported in
previous articles.
Finally, last 26 February, the PSUV and the PCV agreed to support Nicolas
Maduro in the presidential elections of April 22 and more than that: they
signed a "PSUV-PCV Unitary and Structuring Agreement". This
agreement is a big step forward. It emphasizes the role of the working class
and, among other things, defends the "establishment of a new model of direction
and multiple management of state enterprises under workers' and popular
control of the processes of production, administration and distribution of
goods and services".
The main parts of this agreement can be read here.
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