terça-feira, 25 de julho de 2017

Quatro focos da actualidade política internacional

Four focuses of today’s international politics

A Arábia Saudita financia o terrorismo
Terrorismo e forças fascistas alemãs
Provocações americanas contra a Coreia do Norte
A Venezuela e os 7 milhões de votos da oposição
Saudi Arabia finances terrorism
Terrorism and fascist German forces
US provocations against North Korea
Venezuela and the 7 million votes of the opposition

A Arábia Saudita, membro destacado do império EUA&C.ª financia o terrorismo

Do JN de 11 de Julho de 2017: Conclusão de dois relatórios britânicos, um do governo e outro independente do grupo de reflexão conservador Henry Jackson Society (HJS):
 
“A principal fonte de financiamento do extremismo islâmico em solo britânico é a Arábia Saudita. A mesma que lidera o quarteto de países árabes que decidiu boicotar o vizinho Qatar por… financiar grupos terroristas.»
 
Mas (como reconhece o JN) a Grã-Bretanha vende armas à Arábia Saudita.
 
Diz ainda o relatório HJS: «A Arábia Saudita tem patrocinado desde a década de 1960 um esforço de muitos milhões de dólares (cerca de 1.800 milhões de dólares por ano) para exportar o islão Wahabi [a forma mais conservadora de islão] através do mundo islâmico, incluindo entre comunidades muçulmanas no Ocidente”, no apoio directo a mesquitas e escolas corânicas que “albergam pregadores extremistas e a distribuição de literatura extremista”, “Se vários países do Golfo ao Irão têm tido culpas no avanço do extremismo, a Arábia Saudita está sem dúvida no topo da lista.»
 
Por trás do terrorismo há forças fascistas alemãs
 
 
«Uma história digna de um autor de mistérios – ou novelista – enche os cabeçalhos alemães. Começou quando a polícia do aeroporto de Viena prendeu um primeiro-tenente da Bundeswehr [exército alemão] quando este levantou uma pistola escondida desde algumas semanas nos sanitários. O tenente negou que fosse dele e foi libertado. Mas acontece que as suas impressões digitais correspondiam às de um refugiado [sírio] que tinha pedido asilo na Alemanha há dois anos atrás…
  
Este jovem e louro oficial alemão de 28 anos estava registado nos estados de Hesse e Baviera como refugiado de Damasco, Síria. Disse que era católico mas que os homens da ISIS o tinham perseguido e matado alguns familiares devido a antecedentes parciais judeus e ao seu nome judeu, David Benjamin. Estranhamente, não falava ou falava pouco de árabe e foi interrogado em francês – com sotaque alemão. Nunca ninguém tinha suspeitado dele ou pelo menos tal foi alegado. Parece que tinha regularmente alternado entre a sua profissão de oficial numa unidade franco-alemã na Alsácia francesa e a sua falsa existência de refugiado sírio na Alemanha.
  
… parece que planeava cometer algum crime que seria atribuído a imigrantes sírios, no quadro da actual onda mediática contra «criminosos estrangeiros». Conhecem-se duas coisas: o seu cúmplice, um estudante alemão de 24 anos agora preso, armazenou munições para o tenente; uma «lista de pessoas a abater» encontrada na sua casa inclui o nome de uma jovem delegada do Linke na assembleia de Berlim, conhecida por defender imigrantes…
  
Como pôde a Bundeswehr, incluindo o seu departamento de espionagem (acrónimo MAD), desconhecer de alguma forma estes estranhos eventos? Julga-se agora que eles de facto conheciam; o colégio militar francês onde o tenente tinha tido cursos avisou as autoridades militares alemãs há dois anos atrás de que a sua tese final era racista e pró-fascista. Aparente-mente, nada disto perturbou quem quer que fosse.
 
Ursula von der Leyen, a ambiciosa ministra da defesa, até agora preocupada em construir uma Bundeswehr orientada para a agressão… Estava agora, de repente, na defensiva – ou não tão de repente já que mais e mais relatórios vieram à luz em meses recentes sobre os costumes brutais nas forças armadas… ela tomou o passo sem precedentes de admitir laxismo no processamento que deixa as portas abertas aos «extremistas» que não deviam estar na Bundeswehr, mas que sempre lá estiveram e por vezes no topo. [As casernas alemãs estavam até recentemente cheias de recordações nazis e da Wehrmacht. Só retiradas devido a uma inspecção.]
 
Quantos sabiam da existência dupla do oficial e talvez do seu intento? Quantos têm ideias semelhantes? Esta história repete o caso do grupo Nacional-Socialista Clandestino que assassinou nove imigrantes gregos e turcos, e uma mulher polícia alemã, bem como rebentou uma bomba desastrosa num subúrbio quase todo de turcos. O julgamento de Beate Zschäpe, um membro sobrevivente do grupo, está agora no quinto ano em Munique, enquanto as investigações do Bundestag se arrastam. Existem ainda muitas mais ligações suspeitas entre os assassinos e as autoridades oficiais que, de alguma forma, têm vindo a destruir documentos chave incriminando agentes a alto nível dos serviços secretos e agora, estranhamente, até mesmo o FBI americano!»
 
Esta notícia, que tem sido abafada pelos media, é também relatada numa apresentação (em inglês) de Victor Grossman, um comunista americano que vive na Alemanha desde o fim da 2ªGM e é membro da ala comunista do Linke. Apresentação que reputamos de elevado interesse, sobre os perigos da actual Alemanha, nomeadamente a da criação de um exército europeu que dominaria a UE. Muitos PCs europeus parecem alheados deste perigo. Como diz Grossman, «é aconselhável seguir os desenvolvimentos futuros da Alemanha tão de perto quanto possível» e «A Alemanha representa um grande, muito grande, perigo».
 
Provocações americanas contra a Coreia do Norte
 
Têm vindo a aumentar as provocações dos EUA e seus aliados Japão e Coreia do Sul contra a Coreia do Norte. Entre elas a instalação na Coreia do Sul pelos americanos de um sistema de mísseis designado por Terminal High Altitude Air Defense (THAAD).
 
Estas provocações são uma ameaça à paz mundial. Uma agressão dos EUA ou seus proxies à Coreia do Norte tem alta probabilidade de envolver a China ao lado da Coreia do Norte.
 
O Japão ocupou a Coreia em 1910 explorando-a da forma mais brutal e cometendo as piores atrocidades contra o seu povo. No fim da 2.ª GM os coreanos lançaram uma luta revolucionária para recuperar a sua soberania. O apoio popular era tão esmagador que a dada altura quase toda a península estava libertada. Os EUA lançaram então uma guerra de agressão (guerra da Coreia) vindo a estabelecer um estado cliente – a Coreia do Sul – com relações económicas estreitas com o Japão e Taiwan. Coreia do Sul + Japão + Taiwan: pivot dos EUA no Pacífico para «conter» a China e exercer um certo domínio no mar da China, onde existe petróleo.
 
Na Coreia do Norte estabeleceu-se um regime de tipo socialista. Desde sempre os EUA têm imposto sanções e ameaçado este país com uma guerra. Têm também lançado campanhas sistemáticas de difamação, com as mentiras mais mirabolantes. (Visitantes da Coreia do Norte têm desmentido algumas delas, incluindo uma jornalista do JN e o dramaturgo José L. Peixoto) Goste-se ou não se goste do regime norte-coreano – que não é marxista e tem características que não apoiamos – o povo da Coreia do Norte tem o direito de se defender.
 
Concordamos com as seguintes palavras da comentadora Margaret Kimberley da Black Agenda Report dos EUA (artigo do ML Today):

«A República Democrática Popular da Coreia (RDPC), geralmente chamada Coreia do Norte, tem o direito de testar e desenvolver tantas armas quantas quiser. Não precisa da autorização de nenhum país para melhorar o seu arsenal e, tendo em conta a história de agressão dos EUA, é sensata ao fazê-lo. Qualquer país que os EUA considerem como inimigo, e que não tenha uma defesa forte, corre o perigo de acabar como o Iraque e a Líbia invadido ou destruído por outros meios.
  
Não há razões para os americanos prestarem atenção sobre a conversa dos mísseis da RDPC alcançarem o Alasca ou qualquer outra parte do nosso país. Os EUA têm mais armas, nucleares e convencionais, do que qualquer outra nação do mundo e é por isso a maior ameaça à paz. O único perigo do programa de mísseis da RDPC provém das reacções americanas a ele»
  
A agressão imperialista da Venezuela e os 7 milhões de votos da oposição
 
Continua forte a agressão imperialista da Venezuela conduzida no terreno pelos seus agentes de guerra económica e por grupos fascistas violentos que têm cometido as maiores barbaridades – incêndio de 51 autocarros, incluindo escolares e um com oficiais governamentais, assassinatos de cidadãos, acções terroristas, etc.; agentes e grupos pagos pelos EUA. O governo do PSUV convocou eleições para uma Assembleia Constituinte com o objectivo de dispor de uma Constituição alinhada com as conquistas populares e proporcionando formas legais, não revolucionárias, de combate à agressão imperialista-fascista.
 
A oposição burguesa, para-fascista, que tanto desejava uma nova Constituição há 4 anos atrás, agora já não quer. Realizou um referendo contra as eleições da Constituinte. Como era de esperar os media pró-imperialistas, globalmente hegemónicos, anunciaram em grandes parangonas – também os grandes jornais portugueses -- os resultados de tal referendo: mais de 7 milhões votaram contra!
 
Mas não dizem que:
 
-- O referendo foi ilegal, realizado sem qualquer coordenação institucional.
 
-- Precisamente porque foi ilegal, o escrutínio foi todo controlado pelos caciques da oposição, sem qualquer fiscalização independente.
 
-- É sabido que em mobilizações anteriores – eleitorais e no abaixo-assinado para a remoção de Maduro -- a oposição sempre recorreu a falcatruas que foram devidamente expostas e documentadas: votos/assinaturas de mortos, votos/assinaturas duplicadas, etc. É fácil imaginar que níveis terão atingido as falcatruas num referendo todo controlado pela oposição.
 
-- O número de eleitores venezuelanos é de 20 milhões. Mesmo sem ligar a falcatruas os 7 milhões estão longe de uma maioria.
 
Note-se que a situação da Venezuela continua difícil. Noutro artigo, observámos: a existência em instituições do estado de falsos apoiantes da revolução; a não resolução da questão central da natureza de classe do estado; a incorrecção e ilusões em torno da expressão «socialismo do século XXI».
 
Um documento do passado 19 de Abril do Partido Comunista Venezuelano, conclamando à «mais ampla unidade de acção anti-imperialista para derrotar o plano desestabilizador e golpista» é importante e esclarecedor. Alguns excertos, com itálicos nossos:
 
«… [A oligarquia e extrema-direita] para além da violência antipopular que significa o açambarcamento e alto custo de vida, pôs em marcha actos terroristas nas últimas semanas em várias cidades, acompanhada de uma guerra nacional e internacional dos media, a fim de gerar confusão e instigar ao confronto entre cidadãos, criando um estado geral de caos e violência que leve a um desenlace cruento do conflito político, por meio de um golpe de estado e/ou ingerência directa do imperialismo norte-americano e das instituições internacionais ao seu serviço. … Com tais fins, a direita pró-ianque exerce pressão sobre a oficialidade das FANB [Forças Armadas Nacionais Bolivarianas] com diversas formas de manipulação e chantagem…
 
É necessária e urgente a acção conjunta e a articulação entre o alto governo, os partidos do Gran Polo Patriótico, as forças do movimento trabalhador e popular e a oficialidade patriótica da FANB. É necessário um PLANO UNITÁRIO PATRIÓTICO E POPULAR para derrotar a direita terrorista e o imperialismo.
 
O povo trabalhador venezuelano requer que os sectores da pequena burguesia que exercem a hegemonia no Executivo Nacional, nos outros poderes públicos e no partido do governo [PSUV], abandonem de imediato toda a conduta sectária e auto-suficiente, conduta que tem debilitado o processo bolivariano e serve na prática o plano do inimigo.
 
O PCV tem insistido desde há anos na necessidade de uma direcção unitária e colectiva do processo bolivariano de mudanças, mas as tendências pequeno burguesas que exerceram a direcção hegemónica do governo não prestaram atenção a estes apelos e propostas…
 
… frente às vacilações e inconsequências da pequena burguesia no exercício do poder, chamamos os sectores mais conscientes e combativos do movimento dos trabalhadores e popular, do campesinato, das camadas médias e intelectuais revolucionárias, e da oficialidade patriótica, a forjar um bloco de forças que encabece a ampla aliança patriótica e anti-imperialista para frustrar os planos sediciosos da direita pró-ianque, e também para remover as tendências reformistas-entreguistas que desde as instâncias do poder tendem a favorecer os sectores da alta burguesia, pactuando com a social-democracia de direita…»
Saudi Arabia, prominent member of the US & Co. empire,  finances terrorism

From Jornal de Notícias (JN), 11 July 2017: Conclusion of two British reports, one from the government, the other from the independent and conservative think tank Henry Jackson Society (HJS):
 
“Saudi Arabia is the main financing source of Islamic extremism. This is the country leading the quartet of Arab countries which decided to boycott the neighbor Qatar because… it financed terrorist groups.”
  
Nevertheless, as JN recognizes, Great-Britain sells armament to Saudi Arabia.
 
The HFS report says further: “Saudi Arabia has sponsored since 60-ies decade an effort of many millions of dollars (about 1,800 millions of dollars per year) to export the Wahabi Islam [the most conservative form of Islam] across the Islamic world, including the Muslim communities in the West”, for the direct support of mosques and Koranic schools which “host extremist preachers and the distribution of extremist literature”, “If several Gulf countries and Iran have been responsible in advancing extremism, Saudi Arabia is nonetheless at the top.”
 
There are German fascist forces behind terrorism
 
 
A story worthy of a mystery author – or dramatist – has been hitting German headlines. It began when police at the Vienna airport in Austria arrested a first lieutenant of the German Bundeswehr army when he picked up a pistol hidden some weeks earlier in a bathroom. He denied it was his and was released. But his fingerprints somehow matched those of a [Syrian] refugee who had applied for German asylum two years earlier…
 
This young blond German officer, 28, had been registered in the German states of Hesse and Bavaria as a refugee from Damascus in Syria. He had said he was Catholic but the men of ISIS had persecuted him and killed some of his family because of his partially Jewish background and Jewish name – “David Benjamin”.  Strangely enough, he spoke little or no Arabic and was questioned in French – with a German accent. No-one had ever been suspicious, or so it was claimed. He then seems to have commuted between his job as officer in a mixed French-German unit in French Alsace and his false existence as a Syrian refugee in Germany.
 
… it seems he was planning to commit some crime which would then be blamed on Syrian immigrants, in line with a current media wave against “criminal foreigners”. Two things are known: his accomplice, a 24-year-old German student now also under arrest, stored munition for the lieutenant. And a “death list” found in his quarters includes the name of a young woman delegate of the LINKE in the Berlin Assembly who is known for her defense of immigrants…
  
How could the Bundeswehr, including the military snooping department (with the acronym MAD) somehow miss out on such strange goings-on? It now seems that they did indeed  know; the French military college where he had taken courses advised the German military authorities two years ago that his final thesis was racist and pro-fascist. Somehow this did not overly disturb anyone.
 
Ursula von der Leyen, the ambitious Defense Minister, hitherto preoccupied with building up an aggressively-oriented Bundeswehr… Now, suddenly, she was on the defensive – or not quite so suddenly, since more and more reports have surfaced in recent months of brutal customs in the armed forces... she took the unprecedented step of admitting weaknesses in processing and leaning doors open to “extremists” who are not supposed to be in the Bundeswehr – but always have been, sometimes at the top. [The German barracks were until recently full with memorabilia of the Nazis and the Wehrmacht. Only withdrawn because of an inspection.]   
 
How many knew of the officer’s double existence – and perhaps of his plot? How many have similar views? The story echoes the case of the National Socialist Underground group which murdered nine Greek or Turkish immigrants and one German policewoman and set off a disastrous bomb in a largely Turkish neighborhood. The trial of Beate Zschäpe, a surviving member of the group, is now in its 5th year in Munich while Bundestag investigations drag on – and there are more and more suspicious connections between the murders and official authorities who have somehow been shredding key documents incriminating secret service agents and politicians at high levels, and now, strangely enough, even the American FBI!”  
 
These news, which have been muffled by the media, are also reported in a presentation (in English) by Victor Grossman, an American communist living in Germany since the end of WWII, presently a member of the communist wing of Die Linke. We deem this presentation as of high interest on the dangers posed by Germany today, namely on the creation of a European army which would dominate the EU. Many European PCs seem aloof of this danger. As told by Grossman, “It will be wise to follow developments in Germany as close as you can”, “Germany represents a very great, great danger”.
 
US provocations against North Korea
 
The provocations of US and its allies Japan and South Korea against North Korea are on the rise. Among them, the installation of the American Terminal High Altitude Air Defense (THAAD) system in South Korea which poses a very real threat.
 
These provocations are a threat to world peace. An aggression led by the US or its proxies to North Korea has a high probability of involving China on the North Korean side.
 
Japan occupied Korea in 1910 exploiting it in the most brutal way and committing the worst atrocities against its people. At the end of WWII the Korean people engaged on a revolutionary fight to recuperate its sovereignty. The popular support was so overwhelming that at a certain time almost the whole peninsula was freed. The US then launched an aggression war (Korean war) and were able to establish a client state – South Korea – with tight economic relations to Japan and Taiwan. South Korea + Japan + Taiwan: the US pivot in the Pacific to “contain” China and exert a certain degree of domination in the China Sea, where there is oil.
 
A socialist type regime was built in North Korea. The US has always, and from the beginning, imposed sanctions and threatened North Korea with a war. The Americans have also launched systematic campaigns of slander, including the most extravagant lies. (Visitors of North Korea have refuted some of them, including a journalist of JN and the dramatist José L. Peixoto) Independently of whether or not one likes the North Korean regime – which is a non Marxist regime and has features which we do not endorse – the North Korean people have the right to defend themselves.
 
We agree with the following statements of the commentator Margaret Kimberley from the US Black Agenda Report (posted in ML Today):
 
The Democratic People’s Republic of Korea (DPRK), commonly known as North Korea, has the right to test and develop as many weapons as it likes. It doesn’t need another country’s permission to enhance its arsenal and, given America’s history of aggression, it is wise to do so. Any country deemed an enemy of the United States that doesn’t have a strong defense is in danger of ending up like Iraq or Libya, invaded or destroyed by other means.
 
There is no reason for Americans to pay attention to drivel about DPRK missiles reaching Alaska or any other part of this country. The United States has more weapons, nuclear and conventional, than any other nation in the world and is therefore the greatest threat to peace. The only danger from the DPRK’s missile program comes from American reactions to it.”
 
The imperialist aggression to Venezuela and the 7 million votes of the opposition
 
The imperialist aggression to Venezuela goes on in full strength. It’s being conducted on the ground by its agents of economic war and by violent fascist groups who have committed the worst barbarities – setting 51 buses on fire, including school buses and one with government officials, murdering citizens, terrorist actions, etc.; agents and groups paid by the USA. The PSUV government called for electing a Constituent Assembly with the aim of drawing up a Constitution in line with the social conquests of the people and also of providing legal (non revolutionary) forms of counteracting the imperialist-fascist aggression.
 
The bourgeois, para-fascist opposition, which so much cried out for a new Constitution four years ago, has now dropped that claim. It organized a referendum against the elections to the Constituent. As was to be expected, the pro-imperialist and globally hegemonic media – the large circulation Portuguese newspapers too – announced in big headlines the results of such referendum: over 7 million people voted against!
 
But here is what they don’t say:
 
-- The referendum was illegal, carried on without any institutional coordination whatsoever.
 
-- Precisely because it was illegal, the scrutiny was totally controlled by the opposition chieftains, without any independent monitoring.
 
-- It’s well-known that in all previous mobilizations – elections and the subscription for the impeachment of Maduro – the opposition always resorted to trickeries which were duly exposed and documented: votes/signatures of dead people, duplicate votes/signatures, etc. One can easily imagine the amount reached by such trickeries in a referendum totally controlled by the opposition.
 
-- The number of Venezuelan voters is of 20 million. Even if one leaves aside the trickeries the 7 million votes are far from a majority.
 
Let us remark that the situation in Venezuela is anything but easy. We observed in another article: the existence in state institutions of phony supporters of the revolution; the non resolution of the central issue of the class nature of the state; the incorrectness and illusions around the expression “socialism for the 21st century”.
 
A document of the Communist Party of Venezuela dating from last April and calling for the “most ample unity of anti-imperialist action to defeat the destabilizing and coup-plotter plan” is an important and clarifying one. Here are some excerpts with our italics:
 
“… [The oligarchy and far-right] in addition to the anti-people violence implied by stockpiling and high cost of life, carried out terrorist acts in the last weeks in several cities, accompanied by a national and international media war, aimed at generating confusion and instigating confrontations among citizens, creating a general  state of chaos and violence, leading to a bloody denouement of the political conflict, either by means of a coup d’état and/or by direct intervention of the north-American imperialism and the international institutions at its service… For that purpose, the pro-American right exerts pressure over the officers of the FANB [National Bolivarian Armed Forces] resorting to several forms of manipulation and blackmailing …
  
It is necessary and urgent the joint action and articulation between the government leadership, the parties of the Gran Polo Patriótico, the forces of the workers and popular movements, and the patriotic officers of the FANB. A PATRIOTIC AND POPULAR UNITARY PLAN is needed in order to defeat the terrorist right wing and the imperialism.
 
The Venezuelan working people demands that the sectors of the petty bourgeoisie which exert their hegemony in the National Executive, in the other public powers and in the party of the government [PSUV], abandon immediately any and every kind of sectarian and self-sufficient behavior, which has undermined the Bolivarian process and serves in actual practice the plans of the enemy.
 
The CPV has insisted since years ago on the need of a unitary and collective direction of the Bolivarian process of changes, but the petty bourgeois tendencies which have exerted the hegemonic direction of the government did not pay any attention to these appeals and proposals …
 
… in the face of the wavering and inconsequence of the petty bourgeoisie in the exercise of power, we appeal to the most conscious and fighting sectors of the workers and popular movement, of the peasantry, of the revolutionary middle layers and intellectuals, and to the patriotic officers, to build up a bloc of forces heading an ample patriotic and anti-imperialist alliance in order to frustrate the seditious plans of the pro-American right wing, and to also remove the reformist-surrenderist tendencies flowing from the bodies of the power which tend to favor the sectors of the big bourgeoisie, in collusion with the right wing social-democracy …”