A morte de Fidel Castro,
como seria de esperar, foi aproveitada pelos meios de comunicação, obedientes
ao Império Ianque & C.ª, para uma espécie de apoteose do vilipêndio
sistemático a que votaram este grande revolucionário, figura ímpar da História
pela sua defesa consequente e intransigente dos oprimidos, e pela construção e
defesa do socialismo, juntamente com o povo cubano. Isto, apesar das
dificuldades enormes, enormíssimas, que o Império levantou à livre determinação
do povo cubano. Dificuldade a que acresceram as levantadas pelo colapso trágico
do socialismo na URSS e na Europa de Leste, traído por dentro.
Fidel, por razões óbvias,
foi uma figura muito incómoda para o Império. Para além do vilipêndio –
chamaram-lhe e chamam-lhe de tudo, “ditador”, “tirano”, “criminoso”, etc. –, o
ódio do Império foi de tal ordem que Fidel sofreu centenas de tentativas de
assassinato por mercenários pagos pelos serviços secretos dos EUA. Todas, bem
documentadas. Trump também já se apressou a chamar-lhe ditador e a opor-se a
que Obama participe nas cerimónias em Cuba.
Uma apreciação do
socialismo cubano e do papel de Fidel e seus companheiros, ficará para outra
oportunidade. Veremos, então, o sem sentido de se lhe chamar ditador, etc.
Queremos aqui tão-somente
colocar uma questão: -- Será que é preciso ser-se comunista para se gostar de
Fidel?
Não, não é. Fidel sempre foi altamente apreciado por inúmeros não comunistas, desde
Nelson Mandela -- que em vários fóruns sempre elogiou altamente a contribuição
para a paz e direitos dos povos oprimidos do estadista e revolucionário cubano
--, passando por outras figuras políticas (como o pai do actual PM do Canadá,
mas o filho não concorda com o pai, pelo menos totalmente), intelectuais – como
o escritor e prémio Nobel, Gabriel Garcia Marquez --, desportistas – Maradona
--, chegando inclusive à Igreja Católica, de que um exemplo notável é o de uma
congregação de frades dominicanos brasileiros encabeçada por Frei Betto. Um
livro de grande interesse sobre Fidel foi precisamente escrito por Frei Betto,
publicado no Brasil com o título “Fidel e a Religião”. Aí se retrata com factos
concretos o humanismo e respeito pelos direitos humanos de Fidel. E retratam-se
também outros factos menos conhecidos, como, por exemplo, a presença de padres
na guerrilha e o facto de Fidel ter sido padrinho de baptismo de muitos
cubanos. Tanto quanto sabemos esse livro não foi editado em Portugal.
Certamente por ser considerado “subversivo” pela cerejeirista igreja
portuguesa, com séculos e séculos de ignorância e obscurantismo “ao serviço do
povo”. Nah… para a igreja portuguesa o que é mesmo bom são os pastorinhos de
Fátima, que proporcionaram os gritos histéricos de “Senhooor!!! Salvai a Rúúússia!!!”ouvidos
por nós em verdes anos na respectiva basílica.
E por falar em Portugal,
voltemos ao título deste apontamento. É que os meios de comunicação
portugueses, com destaque para a TV, distinguiram-se mais uma vez
brilhantemente no vilipêndio ao serviço do Império.
Dir-me-ão: -- Mas não o
fizeram todas as TVs por esse “ocidente” fora? Bom, não foi bem assim. Como em
tudo, há sempre flutuações em torno de uma tendência central. A flutuação da TV
portuguesa (sabem, aquela que nós pagamos para estarem lá uns melros de extrema
mediocridade e reaccionarismo a ganhar balúrdios) foi no sentido da indecência.
Alinhadinha com a indecência da CNN, a actual “Voz da América”. Mas também
houve flutuações no sentido da decência. Ouvimos, concretamente, um programa da
TV estatal holandesa (o programa Andere
Tijden = “Outros Tempos”). Nele foi passado um documentário recente do
cineasta Oliver Stone. Não existe a mínima dúvida de que Oliver Stone não é um
comunista. Mas constitui mais um exemplo de que não é preciso ser-se comunista para
fazer uma apreciação equilibrada de Fidel. Stone, no seu documentário, revela a
decência e a honestidade de quem simplesmente deseja conhecer a verdade, sem
aquela arrogância de quem julga já saber tudo, tão frequente nas altíssimas mediocridades
dos meios de comunicação portugueses, com especial destaque da TV.
Infelizmente, não encontrámos esse documentário no YouTube. Mas encontrámos outros de Stone sobre Fidel. Todos de
interesse. Aqui os deixamos ficar, com outros dois, um dos quais sobre Mandela
e Fidel.
Vídeos (são curtos):
Fidel
Castro - Oliver Stone - La Historia NO Contada .
Un día
con Fidel
Fidel
Castro y Oliver Stone en la ELAM
DOCUMENTAL
Mandela y Fidel
A morte de Fidel Castro,
como seria de esperar, foi aproveitada pelos meios de comunicação, obedientes
ao Império Ianque & C.ª, para uma espécie de apoteose do vilipêndio
sistemático a que votaram este grande revolucionário, figura ímpar da História
pela sua defesa consequente e intransigente dos oprimidos, e pela construção e
defesa do socialismo, juntamente com o povo cubano. Isto, apesar das
dificuldades enormes, enormíssimas, que o Império levantou à livre determinação
do povo cubano. Dificuldade a que acresceram as levantadas pelo colapso trágico
do socialismo na URSS e na Europa de Leste, traído por dentro.
Fidel, por razões óbvias,
foi uma figura muito incómoda para o Império. Para além do vilipêndio –
chamaram-lhe e chamam-lhe de tudo, “ditador”, “tirano”, “criminoso”, etc. –, o
ódio do Império foi de tal ordem que Fidel sofreu centenas de tentativas de
assassinato por mercenários pagos pelos serviços secretos dos EUA. Todas, bem
documentadas. Trump também já se apressou a chamar-lhe ditador e a opor-se a
que Obama participe nas cerimónias em Cuba.
Uma apreciação do
socialismo cubano e do papel de Fidel e seus companheiros, ficará para outra
oportunidade. Veremos, então, o sem sentido de se lhe chamar ditador, etc.
Queremos aqui tão-somente
colocar uma questão: -- Será que é preciso ser-se comunista para se gostar de
Fidel?
Não, não é. Fidel sempre foi altamente apreciado por inúmeros não comunistas, desde
Nelson Mandela -- que em vários fóruns sempre elogiou altamente a contribuição
para a paz e direitos dos povos oprimidos do estadista e revolucionário cubano
--, passando por outras figuras políticas (como o pai do actual PM do Canadá,
mas o filho não concorda com o pai, pelo menos totalmente), intelectuais – como
o escritor e prémio Nobel, Gabriel Garcia Marquez --, desportistas – Maradona
--, chegando inclusive à Igreja Católica, de que um exemplo notável é o de uma
congregação de frades dominicanos brasileiros encabeçada por Frei Betto. Um
livro de grande interesse sobre Fidel foi precisamente escrito por Frei Betto,
publicado no Brasil com o título “Fidel e a Religião”. Aí se retrata com factos
concretos o humanismo e respeito pelos direitos humanos de Fidel. E retratam-se
também outros factos menos conhecidos, como, por exemplo, a presença de padres
na guerrilha e o facto de Fidel ter sido padrinho de baptismo de muitos
cubanos. Tanto quanto sabemos esse livro não foi editado em Portugal.
Certamente por ser considerado “subversivo” pela cerejeirista igreja
portuguesa, com séculos e séculos de ignorância e obscurantismo “ao serviço do
povo”. Nah… para a igreja portuguesa o que é mesmo bom são os pastorinhos de
Fátima, que proporcionaram os gritos histéricos de “Senhooor!!! Salvai a Rúúússia!!!”ouvidos
por nós em verdes anos na respectiva basílica.
E por falar em Portugal,
voltemos ao título deste apontamento. É que os meios de comunicação
portugueses, com destaque para a TV, distinguiram-se mais uma vez
brilhantemente no vilipêndio ao serviço do Império.
Dir-me-ão: -- Mas não o
fizeram todas as TVs por esse “ocidente” fora? Bom, não foi bem assim. Como em
tudo, há sempre flutuações em torno de uma tendência central. A flutuação da TV
portuguesa (sabem, aquela que nós pagamos para estarem lá uns melros de extrema
mediocridade e reaccionarismo a ganhar balúrdios) foi no sentido da indecência.
Alinhadinha com a indecência da CNN, a actual “Voz da América”. Mas também
houve flutuações no sentido da decência. Ouvimos, concretamente, um programa da
TV estatal holandesa (o programa Andere
Tijden = “Outros Tempos”). Nele foi passado um documentário recente do
cineasta Oliver Stone. Não existe a mínima dúvida de que Oliver Stone não é um
comunista. Mas constitui mais um exemplo de que não é preciso ser-se comunista para
fazer uma apreciação equilibrada de Fidel. Stone, no seu documentário, revela a
decência e a honestidade de quem simplesmente deseja conhecer a verdade, sem
aquela arrogância de quem julga já saber tudo, tão frequente nas altíssimas mediocridades
dos meios de comunicação portugueses, com especial destaque da TV.
Infelizmente, não encontrámos esse documentário no YouTube. Mas encontrámos outros de Stone sobre Fidel. Todos de
interesse. Aqui os deixamos ficar, com outros dois, um dos quais sobre Mandela
e Fidel.
Vídeos (são curtos):
Fidel
Castro - Oliver Stone - La Historia NO Contada .
Un día
con Fidel
Fidel
Castro y Oliver Stone en la ELAM
DOCUMENTAL
Mandela y Fidel