Divulgamos um artigo do Avante! que diz muito – o essencial -- sobre o que se passa na Bielorrússia em poucas palavras. |
We
publicize an article from Avante!
that says a lot -- the essentials -- about what's going on in |
Abutres Jorge Cadima Avante! 10-09-2020 |
Vultures by Jorge Cadima Avante! 2020-09-10 |
Para perceber o que se passa na Bielorrússia basta ler Anders Aslund, um dos arquitectos da «terapia de choque» que restaurou o capitalismo na Rússia após 1991. Aslund é um criminoso da guerra de classes. Numa década, o PIB russo caiu para quase metade (data.worldbank.org). A esperança de vida dos homens russos desceu para 59,8 anos (Relatório Desenvolvimento Humano PNUD, 2000) e o país estava à beira do colapso. Mas a pilhagem não criou só miséria e morte – criou os milionários russos e encheu as contas dos oligarcas demo-ocidentais: entre 1992 e 1998 a fuga de capitais da Rússia para os bancos ocidentais atingiu 210 mil milhões de dólares (Financial Times, 27.8.99). Diz agora Aslund (www.intellinews.com, 15.8.20): «Quem visita a Bielorrússia fica surpreendido: trata-se da última economia soviética, mas na realidade funciona. […] A sua economia altamente industrializada é dominada por cerca de 40 empresas estatais, em particular na indústria pesada. Ainda produzem produtos soviéticos […] mas são os melhores produtos soviéticos que alguma vez viram. […] Os problemas macro-económicos são diminutos. A inflação está sob controlo, em cerca de 5%. O deficit orçamental oficial é minúsculo, e a dívida pública total limita-se a 35% do PIB. […] Em geral a administração estatal está de boa saúde, provavelmente a melhor da ex-União Soviética. […] A Bielorrússia não tem grandes homens de negócios ou oligarcas privados. A corrupção é até ao momento surpreendentemente limitada». Apetece dizer: claro! Mas Aslund não está a debitar elogios. Está a apresentar o catálogo de vendas do que espera ser a próxima temporada da mega-produção «pilhagem a Leste». Não vislumbra doença, mas exige a cura: «A maioria das grandes empresas terá de ser privatizada». Para serem saqueadas pelo capital imperialista (enchendo alguns bolsos) e depois fechadas (destruindo a concorrência). Nem os Estaleiros Navais de Gdansk, berço do Solidariedade, escaparam a esse destino. A preocupação de Aslund é que «uma venda aberta resulte em donos russos de quase tudo». Não foi para isto que deu vida aos oligarcas, a quem agora chama «lobos russos que rondam as suas potenciais vítimas». Para Aslund, só os abutres euro-americanos têm direito ao saque. O presidente Lukachenko não está na mira pelo mal que
possa ter feito, mas pelo bem que fez ao defender a economia da Bielorrússia
dos apetites vorazes do grande capital globalista
e também dos oligarcas russos, mantendo «três quartos da economia no sector
público». Fosse outra a sua opção e, como Guaidó, seria considerado Presidente legítimo com zero votos. Teria o
tratamento mediático dos democráticos
Emirados Árabes Unidos, apreciados por Israel, os EUA e o legitimamente eleito Rei Emérito de Espanha que
para lá fugiu de prestar contas à justiça. Os discursos sobre manifestantes
pró-democracia de Macron, Trump ou Biden são para enganar incautos.
Pergunte-se aos Coletes Amarelos, contra os quais vale tudo – até arrancar olhos,
às vítimas da violência policial nos EUA ou aos muitos milhares de nova-iorquinos
que todos os dias fazem bichas de quarteirões para receber comida doada (New York Post, 22.8.20) enquanto os multimilionários
aproveitam a pandemia para encher os bolsos. |
To
understand what's going on in Aslund
(www.intellinews.com, 1920-08-15) says now: “Anyone visiting But
Aslund is not pouring out praise. He is displaying the sales catalogue of what
he expects to be the next season of the mega-production "looting the East".
He doesn’t detect any sign of disease, but demands a cure: "Most large companies will have to be privatized."
To be plundered by imperialist capital (filling up some pockets) and then closed
(destroying competition). Not even the President
Lukachenko is under fire not for the wrong he may have done, but for the good
he did in defending the Belarusian economy from the voracious appetites of big
globalist capital and also from Russian oligarchs, maintaining "three quarters
of the economy in the public sector". Had he taken another option, he would
be considered, like Guaidó, a legitimate
President even with zero votes. He would have had the media consideration
as the democratic Macron,
Trump or Biden's speeches about pro-democracy protesters are aimed at fooling
the unwary. Just ask the Yellow Vests, against whom anything goes -- even gouging
out eyes, the victims of police violence in the |