O artigo que se segue contém uma reflexão pertinente e
fundamentada de um aspecto importante do combate à pandemia, silenciado pelos
grandes meios de comunicação, pelo que julgamos de grande interesse a sua
leitura.
Aproveitamos para recomendar vivamente ao leitor para
acompanhar os sites https://www.oladooculto.com/ e https://www.abrilabril.pt/ para estar a
par do «outro lado das notícias».
JMS
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The
following article contains a pertinent and well-founded reflection regarding
an important aspect of the fight against the pandemic, silenced by the
mainstream media, which is why we believe that it is of great interest to
read it.
Please
note that we translate directly from the Portuguese, which may cause
deviations from original English terms of some citations unavailable to us.
JMS
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A BANALIZAÇÃO DA EXCEPÇÃO
José Goulão
Exclusivo: O Lado
Oculto/AbrilAbril
2020-04-22
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THE BANALIZATION OF EXCEPTION
José
Goulão
2020-04-22
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Se há domínio onde
a futurologia está avançada, tocando mesmo o nível zero de erro, é o das
pandemias virais. O Event 201, realizado em Outubro de 2019 em Nova York [*],
antecipou apenas em dois meses o terrível mergulho no desconhecido que
estamos a viver. É certo que a vocação assassina do coronavírus parece pecar
por escassa em relação às previsões dos adivinhos – 65 milhões de mortos -
mas já iremos perceber que a componente de pânico tem papel reservado nestas
matérias. Porém, ao cabo de uma década de sucessivas “antecipações
científicas”, de que o Event 201 foi a etapa mais recente, há que dar relevo
ao acontecimento fundador destes exercícios visionários, datado de 2010 e que
revela um realismo gritante. Sobretudo na vertente que começa a ganhar forma
à escala global: a imposição do autoritarismo ou a vulgarização do
excepcionalismo.
[*] O Evento 201 foi
um exercício de simulação decorrido em 18 de Outubro de 2019 no hotel The
Pierre, Manhattan, organizado pelo Centro John Hopkins, com o Fórum Económico
Mundial e a Fundação Bill e Melinda Gates. Comparència só por convite
(exclusivo da Bloomberg). Banqueiros, grandes empresários e responsáveis de
organismos financeiros mundiais reuniram-se para explorar ideias dos impactos
económicos e sociais mundiais de "um surto intercontinental grave e
altamente transmissível" por um coronavírus. O vídeo difundido na
Internet pelos organizadores do exercício profetiza as campanhas oficias
contra o covid-19 quase de modo premonitório. Ver mais aqui.
– JMS.
Corria o ano de 2010, como já se disse, quando a Fundação
Rockefeller, em colaboração com a Global Business Network do futurólogo Peter
Schwartz, publicou uma espécie de livro branco com “Cenários para o Futuro da
Tecnologia e do Desenvolvimento Internacional”.
A Fundação Rockefeller, abra-se aqui um parêntesis, é um
ícone do neoliberalismo globalista – actualmente em rivalidade cega com o
neoliberalismo populista – a par de outras entidades como o Fórum Económico
Mundial, que se realiza anualmente em Davos, o “filantropo” George Soros e a
sua “Fundação Sociedade Aberta” especializada em “revoluções coloridas”, a
Fundação John Hopkins e a Fundação Bill e Melinda Gates, todos eles
associados às continuadas projecções de pandemias virais - e não é certamente
por coincidência.
Um dos capítulos do livro branco da Fundação Rockefeller
intitula-se Lock Step e antecipa, então para 2012, uma pandemia provocada por
uma “nova estirpe de gripe extremamente virulenta e mortal”. Neste caso as
previsões são de oito milhões de mortes em sete meses, além de um “efeito
nefasto na economia: a mobilidade internacional de pessoas e bens é suspensa
debilitando indústrias como o turismo, interrompendo as redes de
abastecimento global (…) encerrando lojas e escritórios durante vários meses,
sem trabalhadores nem clientes”.
“Uma liderança mais
autoritária”
Uma consequência da pandemia que percorre todo o trabalho
da Fundação Rockefeller, e merece especial atenção dos autores, é “o apertado
controlo governamental de cima para baixo e uma liderança mais autoritária”,
com “crescente pressão sobre os cidadãos”. Um cenário que mais adiante é
explicado desta maneira: “Dirigentes nacionais em todo o mundo reforçam a sua
autoridade e impõem regras e restrições herméticas, desde o uso obrigatório
de máscaras faciais até à verificação da temperatura corporal nas entradas de
espaços comuns como estações de comboios e supermercados”.
Até que os autores da previsão chegam ao que parece ser o
fulcro da mensagem futurista: “Mesmo depois de a pandemia ter sido
ultrapassada o controlo e a supervisão mais autoritários das cidades
continuaram e intensificaram-se”; como “protecção contra a disseminação de
problemas cada vez mais globais – de pandemias ao terrorismo internacional, a
crises ambientais e ao aumento da pobreza – os dirigentes mundiais
apoderaram-se de maneira mais firme do poder”.
E assim os cenários da Fundação Rockefeller e respectivos
parceiros saltam dez anos a instalam-nos na antecâmara de uma actualidade que
não parece distante se olharmos bem o que nos cerca na perspectiva das
ambições do regime neoliberal global. Há muito que, de crise em crise, o
sistema vem dando sinais de que está cada vez mais tentado pelo autoritarismo
original, afastando-se da democracia ainda que esta funcione de modo
meramente formal.
Não é necessário ser futurólogo para prever que a
“recuperação económica” dos efeitos da pandemia na perspectiva neoliberal
exigirá ainda menos direitos civis, sociais e humanos, mais austeridade,
maior e mais férreo controlo sobre as movimentações de massas. Aliás o
reaparecimento em cena da Comissão Europeia para gerir a “reabertura” social,
depois de ter hibernado profundamente em pleno combate aos efeitos da doença,
é um sinal óbvio do que está para vir. É um indício de que o regresso à
“normalidade” significará o funcionamento pleno da ditadura da economia sobre
as preocupações humanas que a pandemia suscitou pontualmente e contra a
corrente. Não esqueçamos, por exemplo, que muitas das trágicas consequências
da pandemia do COVID-19 têm vindo a ser provocadas pelos ataques devastadores
contra os sistemas públicos de saúde comandados por entidades neoliberais
como a Comissão Europeia, o FMI, o Banco Central Europeu e o Eurogrupo mais a
sua corte de obsessivos do défice.
O capítulo Lock Step da publicação da Fundação
Rockefeller, na senda do que têm afirmado vários expoentes do globalismo, não
prevê que sejam necessários cenários de violência para garantir o reforço de
medidas autoritárias. Considera que a instauração de normas deste tipo será
facilitada perante “cidadãos assustados que voluntariamente abandonam parte
da sua soberania – e privacidade – a Estados mais paternalistas, em troca de
maior segurança e estabilidade”, mercê de uma situação que os torna
“tolerantes e mesmo ansiosos por comando e até supervisão de cima para
baixo”.
Estas palavras não são mais do que uma expressão do
pensamento de Henry Kissinger, esse terrorista globalista que dirigiu a
primeira aplicação da ortodoxia neoliberal, no Chile do fascista Pinochet,
quando afirmou em 1992, na reunião do Grupo de Bilderberg em Evian, França:
“A única coisa de que o homem tem medo é do desconhecido; quando são
colocadas perante um cenário desse tipo as pessoas renunciam de bom grado aos
seus direitos individuais, trocando-os pela garantia do seu bem-estar
assegurado pelo governo mundial”. Agora, em plena pandemia, o mesmo Kissinger
escreveu no Wall Street Journal que “a resposta às necessidades do momento,
em última análise, deve ser associada a uma visão e um programa globais de
colaboração”.
Não é de admirar que a indução de pânico, a multiplicação
de cenários apocalípticos associadas a situações realmente graves que exigem
medidas de excepção acabem por facilitar a imposição de sistemas de
vigilância total a pessoas que “abandonam voluntariamente parte da sua
soberania – e privacidade – a Estados mais paternalistas”, como anteviu a
Fundação Rockefeller, de que aliás Henry Kissinger tem sido a figura mais
emblemática.
A passagem à
prática
A experiência vivida por Edward Snowden, o ex-agente da CIA
e da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos que divulgou ao
mundo os principais programas de espionagem global, diz-lhe que medidas
aplicadas actualmente com carácter de excepção irão permanecer no futuro e
que os dados recolhidos no quadro do combate à pandemia ficarão registados e
serão processados para os fins múltiplos que os seus possuidores entendam
necessários.
Não se pense, porém, que enquanto se vive o
excepcionalismo o passo para a sua banalização ainda está apenas no domínio das
intenções.
No dia 8 de Março, numa entrevista à estação de televisão
CBS News, o globalista Bill Gates garantiu que “a normalidade” e os
ajuntamentos de pessoas “não voltarão, de modo algum”, até que haja uma
vacinação em massa.
As pessoas, muito naturalmente, anseiam por uma vacina
contra o novo coronavírus tendo em conta a situação real e também a
multiplicação de previsões catastróficas.
Porém, Bill Gates, também ele um “filantropo”, tem da
vacinação global uma ideia muito própria como grande accionista de vários
gigantes transnacionais dos medicamentos. A sua “vacinação global” está
intimamente ligada ao projecto ID2020 para instaurar métodos de identificação
dos cidadãos à escala planetária através da introdução de nanochips sob a
pele das pessoas, usando as vacinas como veículos de inserção. Delírio de
imaginação? Teoria da conspiração? Nada disso: a experiência piloto está em
desenvolvimento no Bangladesh, numa colaboração entre os círculos de Bill
Gates, o governo de Dacca e o Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT)
porque “cada pessoa tem o direito a saber quem é” e a “ser parte da moderna
economia”.
A vacinação contra o coronavírus não entrará ainda,
eventualmente, neste programa. Mas pode ser parte de novos passos no sentido
do autoritarismo e do controlo dos movimentos de pessoas.
O que se escreveu não é especulação; assenta no pensamento
do próprio Gates manifestado durante a mesma entrevista à CBS News.
“Eventualmente”, disse, “teremos de ter certificados de quem é uma pessoa
recuperada, quem é uma pessoa vacinada” que regulem os movimentos de seres
humanos através do mundo. “Então eventualmente haverá uma prova de imunidade
digital que ajudará a facilitar a reabertura global”. Entretanto, admite o
“filantropo” Gates, “as reuniões de massas podem ser proibidas até que seja
possível um programa de vacinação em larga escala”.
Enquanto esse dia não chega, a Google e a Apple, fundada
por Bill Gates – o globalista que também se dedica à “Agenda Verde” e à
geoengenharia para que o planeta se “adapte” às alterações climáticas -
puseram em marcha o sistema de rastreamento de pessoas infectadas com
COVID-19 com base em dados dos smartphones. Naturalmente, uma vez aberto o
caminho, as mesmas instituições que perseguem telemóveis por causa do combate
à pandemia poderão fazê-lo por outra qualquer razão que tenha a ver com a
“segurança da sociedade”. O combate a uma pandemia é, como se percebe, um
manancial de aquisições, potenciadas agora pela evolução da inteligência
artificial. Ao serviço de “pessoas tolerantes e até ansiosas por comando e
supervisão de cima para baixo” assumidos por “Estados paternalistas”.
COVID-19 e biologia
matemática
É cedo para ter certezas sobre muitos dos aspectos que
caracterizam a pandemia de COVID-19. Desde logo a sua origem, que ficará para
sempre enterrada no entulho de desinformação que tem uma dimensão
directamente proporcional à vontade de que a verdade não seja esclarecida –
afinal o paradigma prevalecente em torno do imbróglio.
Que se trata de um gravíssimo e trágico problema de saúde
pública não existem dúvidas. Há situações, porém, que exigem reflexão serena
e objectiva, sobretudo quando se determinam opções securitárias apresentadas
como soluções únicas e absolutas e que acabam por ter a sua quota-parte na campânula
de pânico que envolve o tratamento da pandemia.
O pânico é uma forma de manipulação que facilita a
introdução de normas rígidas – mesmo que flutuando ao ritmo das
circunstâncias ou dos desígnios político-sanitário-económicos - num terreno
onde escasseiam dados objectivos e informações estatísticas mais afinadas
para lá das fatalidades e dos números de infecções. Seria interessante, por
exemplo, conhecer as taxas de recuperação ao COVID-19 sem auxílio de
medicamentos ou com medicamentos de utilização corrente.
A principal componente do pânico tem mais a ver, contudo,
com as estimativas que vêm determinando a adopção de medidas extremas, elas
mesmas parecendo réplicas das antevisões apocalípticas que foram sendo
projectadas por uma orquestrada corrente de futurólogos neoliberais e
globalistas.
Papel central na formatação dessa componente tem sido
desempenhado, desde o início do século, pela chamada “biologia matemática”
praticada por Neil Ferguson, do Imperial College de Londres; um método que
parte de estatísticas, por vezes desactualizadas, para projectar
comportamentos humanos.
Foi uma nota confidencial de Ferguson segundo a qual a
pandemia mataria meio milhão de franceses, remetida em 12 de Março, que levou
o presidente Macron à sua dramática intervenção da qual resultou o
confinamento generalizado. Há mais de 20 mil mortes em França, porém longe
das contas feitas pela biologia matemática. Assim como os números reais estão
longe dos 550 mil mortos no Reino Unido e dos 1,2 milhões nos Estados Unidos
previstos na mesma ocasião por Ferguson.
Poderá argumentar-se: as advertências de Ferguson evitaram
que se chegasse tão longe. Ao que poderá contrapor-se o caso sueco que, sem
estados de emergência, gere a crise com números do mesmo nível dos ocorridos
com regimes de contenção mais rigorosos. É cedo, portanto, para haver
certezas.
Daí que a banalização de medidas de excepção à espera de
uma eventual vacina pareça o aprofundamento de um caminho vocacionado para se
estender para lá de uma imunização contra o coronavírus; a qual, por isso,
não nos vacinará contra o autoritarismo de que o neoliberalismo necessitará
cada vez mais para sobreviver.
A “biologia matemática” de Ferguson não se “enganou” só
agora. Isso está na essência da sua existência. Em 2001 convenceu Tony Blair
a abater seis milhões de bovinos para combater a febre aftosa e a deitar para
o lixo 10 mil milhões de libras, um acto que faz parte hoje da lista das
grandes aberrações; em 2002 profetizou que a doença das “vacas loucas”
mataria entre 50 mil e 150 mil britânicos mas, felizmente, não passou dos
177; em 2005 seria a gripe das aves a ceifar as vidas de cerca de 65 mil
cidadãos britânicos e, mais uma vez felizmente, o número não chegou aos 500.
Quer isto dizer que cada caso de pandemia, real ou
encenada, é servido com uma dose acrescida de sementes de pânico. Ignoram-se
quais os efeitos desta constante no combate às doenças; não se ignora, no
entanto, que o “medo do desconhecido”, como diria Kissinger, deixa as pessoas
de “braços abertos” para o que lhes queiram impor.
Talvez alguém considere que prevenir através do pavor seja
melhor do que remediar com medicamentos ou estados de emergência. Mas se,
afinal, os estados de emergência, totais ou parciais, parecem talhados para
sobreviver à cura e à imunização dos fenómenos virais, então talvez seja
altura de os cidadãos se prevenirem denunciando e combatendo já as excepções
aos direitos civis, sociais e humanos em vez de tentarem remediar depois o
que não terá remédio.
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If there is a field where
futurology is in an advanced state, even approaching zero error, that field
is viral pandemics. The “Event 201”, held in October 2019 in
[*]The Event 201 was a simulation exercise that took
place on October 18, 2019 at The
It
was 2010, as told above, when the Rockefeller Foundation, in collaboration
with the futuristic Peter Schwartz's Global Business Network, published a
sort of white book with “Scenarios for the Future of Technology and
International Development”.
The
Rockefeller Foundation, let’s open parentheses here, is an icon of globalist
neoliberalism -- currently in blind rivalry with populist neoliberalism --
alongside other entities such as the World Economic Forum which takes place
annually at Davos, the “philanthropist” George Soros and his "Open
Society Foundation" expert in "colored revolutions", the John
Hopkins Foundation and the Bill and Melinda Gates Foundation, all of which
are associated with continued projections of viral pandemics. And this is
certainly not a coincidence.
One
of the chapters of the Rockefeller Foundation's white book is called Lock
Step and it anticipated at the time for 2012, a pandemic caused by a “new
strain of extremely virulent and deadly flu”. In this case, the forecast is
eight million deaths in seven months, and in addition an “adverse effect on
the economy: the international mobility of people and goods is suspended,
industries such as tourism become weaker, interrupting global supply networks
[…] closing up stores and offices for several months, without workers or
customers.”
A "More Authoritarian
Leadership"
One
consequence of the pandemic that runs through all the work of the Rockefeller
Foundation, and deserves special attention from the authors, is "the
tight top-down government control and more authoritarian leadership",
with "increasing pressure on citizens." A scenario that is further
explained this way: “National leaders around the world will reinforce their
authority and impose hermetic rules and restrictions, ranging from the
mandatory use of face masks to the verification of body temperature at the
entrance of common spaces such as train stations and supermarkets.”
Following
this, the authors of the forecast come to what seems the heart of the
futuristic message: “Even after the pandemic has been overcome, the most
authoritarian control and supervision of the cities will be carried on and
intensified”, as a "protection against the spread of increasingly global
problems -- from pandemics to international terrorism, to environmental
crises and the increase in poverty -- world leaders will have taken a
stronger grip on power."
Thus,
the scenarios of the Rockefeller Foundation and their partners stand as a
ten-year anticipation, and place us in the antechamber of a tomorrow that
does not seem that distant if we look closely at what surrounds us in the
perspective of the ambitions of the global neoliberal regime. Since a long
time, and crisis after crisis, the system has been showing signs that it is
increasingly tempted by the authoritarianism of its inception, moving away
from democracy even though it operates in a merely formal way.
There
is no need to be a futurologist to predict that the “economic recovery” from
the effects of the pandemic, in the neoliberal perspective, will require even
less civil, social, and human rights, more austerity, and a greater and more
ironclad control over mass movements. In fact, the reappearance of the
European Commission on the stage to manage the social “reopening”, after
having deeply hibernated during full combat against the effects of the
disease, is an obvious sign of what is to come. It is an indication that the
return to “normality” will mean the full functioning of the dictatorship of
the economy over the human concerns that the pandemic promptly raised and
against the tide. Let us not forget, for example, that many of the tragic
consequences of the COVID-19 pandemic have been caused by the devastating
attacks on public health systems led by neoliberal entities such as the
European Commission, the IMF, the European Central Bank, and the Eurogroup
plus their deficit-cut-obsessive cohort.
The
Lock Step chapter of the publication of the Rockefeller Foundation, in the
wake of what several exponents of globalism have affirmed, does not foresee
the need of violent scenarios to guarantee the reinforcement of authoritarian
measures. It envisages that the establishment of such rules will be
facilitated by “frightened citizens who voluntarily abandon part of their
sovereignty -- and privacy -- to more paternalistic States, in exchange for
greater security and stability,” due to a situation that makes them “tolerant
and even eager for top-down command and supervision.”
These
words are nothing else than an expression of Henry Kissinger’s thought, the
globalist terrorist who directed the first application of neoliberal
orthodoxy in Chile by the fascist Pinochet, when he stated in 1992, at the
meeting of the Bilderberg Group in Evian, France: “The only thing that man is
afraid of is the unknown; when faced with such a scenario, people willingly
renounce their individual rights, exchanging them for the guarantee of their
well-being ensured by the world government”. Today, in the middle of a
pandemic, the same Kissinger wrote in the Wall Street Journal that "the
answer to the needs of the moment, in the final analysis, must be associated
with a global vision and program of collaboration".
It
is not surprising that the induction of panic, the multiplication of
apocalyptic scenarios associated with really serious situations that require
exceptional measures, end up facilitating the imposition of total
surveillance systems on people who “voluntarily abandon part of their
sovereignty -- and privacy -- to more paternalistic states,” as predicted by
the Rockefeller Foundation, of which Henry Kissinger has indeed been the most
emblematic figure.
Putting into practice
The
experience lived by Edward Snowden, the former CIA agent of the US National
Security Agency (NSA) who disclosed the main global espionage programs to the
world, made him saying that the measures currently applied as an exception
will remain in the future and that the data collected in the framework of the
fight against the pandemic will be recorded and will be processed for the
multiple purposes that its owners deem necessary.
Let
us not take for granted, however, that even though we live in exceptionalism
the step towards banalization is still only in the domain of intentions.
On
March 8, in an interview with the CBS News television station, the globalist
Bill Gates guaranteed that "normalcy" and the gatherings of people
"will not come back at all" until there is a massive vaccination.
People,
naturally, yearn for a vaccine against the new coronavirus, taking into
account the real situation and also the multiplication of catastrophic
predictions.
Bill
Gates, however, who is also a “philanthropist”, has an idea of global
vaccination of his own as a major shareholder in several transnational
pharmaceutical giants. His “global vaccination” is closely linked to the
ID2020 project of introducing citizen identification methods on a planetary
scale, through the introduction of nanochips under people's skin, using
vaccines as insertion vehicles. Delirium of magination? Conspiracy theory?
None of this: a pilot experiment is underway in
The
vaccination against coronavirus will not eventually be part yet of this
program. But it can be part of new steps towards authoritarianism and the
control of people's movements.
This
is not speculation; it is based on the thought of Gates himself expressed
during the same interview with CBS News. "Eventually," he said,
"we will have to have certificates of who is a recovered person, and who
is a vaccinated person" in order to track the movements of human beings
across the world. "There will be then eventually a proof of digital
immunity that will help facilitate the global reopening." However,
admits the “philanthropist” Gates, “mass meetings may be banned until a
large-scale vaccination program is possible.”
As
we are waiting for that day to come, Google and Apple, founded by Bill Gates
-- the globalist who also devotes himself to the "Green Agenda" and
geo-engineering so that the planet "adapts" to climate change –
have set in motion the tracking system of people infected with COVID-19 based
on smartphone data. Of course, once the path is clear, the same institutions
that track cell phones justified by the fight against the pandemic will be
able to do so for any other reason that has to do with the “security of
society”. The fight against a pandemic is, as we see, a source of assets, now
enhanced by the evolution of artificial intelligence. At the service of
"tolerant people and even eager for top-down command and
supervision" assumed by "paternalistic states."
COVID-19 and mathematical biology
It
is too early to be sure about many of the aspects that characterize the
COVID-19 pandemic. For a starter, its origin, which will be forever buried in
the rubble of disinformation, in its turn with a dimension directly
proportional to the desire for the truth not to be clarified -- after all,
the prevailing paradigm surrounding the imbroglio.
There
is no doubt that this is a very serious and tragic public health problem.
There are situations, however, that require a serene and objective
reflection, especially when assessing security proposals presented as unique
and definitive solutions and that end up having their share in the panic hood
that involves the treatment of the pandemic.
Panic
is a form of manipulation that facilitates the introduction of rigid norms --
even if they fluctuate to the rhythm of circumstances or
political-sanitary-economic designs -- in a field where there is a lack of
objective data and of more in-depth statistical information beyond numbers of
victims and infections. It would be interesting, for example, to know the
recovery rates for COVID-19 without the aid of medicines or with medicines in
common use.
The
main component of panic has more to do, however, with the estimates that have
determined the adoption of extreme measures, themselves looking like replicas
of the apocalyptic forecasts that were being projected by an orchestrated stream
of neoliberal and globalist futurologists.
A
central role in the formatting of this component has been played, since the
beginning of the century, by the so-called “mathematical biology” practiced
by Neil Ferguson, from Imperial College, London; a method based on
statistics, sometimes outdated, to predict human behavior.
It
was a confidential note sent by
It
could be argued:
That
is why the banalization of exceptional measures waiting for an eventual
vaccine seems to deepen a path aimed at extending beyond an immunization
against the coronavirus; which, therefore, will not vaccinate us against the
authoritarianism that neoliberalism is in an increasingly need in order to
survive.
It
was not only now that
This
means that each case of a pandemic, real or staged, is served with an
increased dose of panic seeds. The effects of this component are ignored in
the fight against diseases; it is not ignored, however, that the “fear of the
unknown”, as Kissinger would put it, leaves people with “open arms” for
whatever they want to impose on them.
Perhaps
someone thinks that preventing through fear is better than remedying with
medication or states of emergency. But if, after all, states of emergency,
total or partial, seem tailored to survive the cure and the immunization of
viral phenomena, then perhaps is time for citizens to protect themselves by
denouncing and combating exceptions to civil, social and human rights instead
of trying to remedy afterwards what will have no remedy.
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